quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A filosofia da pedra


Olhamos para esse objecto e pensamos, não passa de uma simples pedra. Os nossos antepassados ainda conseguiram ir mais além, aonde hoje já não se vai para estudar o que significa uma pedra, e a utilização que lhe deram. Na construção , na caça, no fogo, na guerra, uma (ou muitas) pedras valeram-nos a sobrevivência. E aqui se nota o valor da evolução que teve para nós ao chegar aos dias de hoje, estudar a utilização que uma pedra pode significar, eis que ninguém se lembra de filosofar sobre elas, significativo de que nenhuma importância lhes damos.

Pensamos, que só nos servem para dificultar no caminho, bem que se fazem maravilhas com elas, que tão nobres calceteiros, são capazes de fazer o trabalho que muitos pisamos.

Uma pedra tem o movimento que lhe damos, impulsionamos a isto, então que de um ser inanimado, parará no mesmo sitio, poderão correr o mundo pela nossa força, serão elas que também transformam a diferença de toda a natureza.

Mas o que disto nos vem à memória, pedras valiosas, ou aquilo que ainda não vimos mas que por anseio tanto desejamos, será de alguma forma existente,, que exista uma pedra filosofal? Não passa daquilo que criamos (por enquanto). Mas e as simples, as simples pedras, que valor alguma tem para nós, se não tem para vocês, proponho que façam dela um pisa-papéis e verão se, não terá alguma utilidade, e que por certo se sentarem em frente dela, vos levará a pensar o que significam as pedras para nós.

Estamos assim a criar a nossa filosofia sobre o seu valor.

Coleccionadores de pedras, que vêem nelas as suas diferenças, assim vêem o valor que demonstram as pedras, num mundo, aonde são ignoradas. Porquê? Talvez porque não lhe vejamos a importância, que até podem ter ao que lhes queiramos dar.

Recordando António Gedeão, esta brilhante música, transporta-me para o que pode significar aquilo que procuramos nelas e transformem a nossa vida, dando-se assim pelo titulo da musica uma pedra que nos rejuvenesça:


Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer
Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos
Como estes pinheiros altos
Que em verde e oiro se agitam
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul
Eles não sabem que sonho
É vinho, é espuma, é fermento
Bichinho alacre e sedento
De focinho pontiagudo
Em perpétuo movimento
Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel
Base, fuste ou capitel
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista
Mapa do mundo distante
Rosa dos ventos, infante
Caravela quinhentista
Que é cabo da boa-esperança
Ouro, canela, marfim
Florete de espadachim
Bastidor, passo de dança
Columbina e arlequim
Passarola voadora
Pára-raios, locomotiva
Barco de proa festiva
Alto-forno, geradora
Cisão do átomo, radar
Ultra-som, televisão
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar
Eles não sabem nem sonham
Que o sonho comanda a vida
E que sempre que o homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos duma criança


Ou que tão bem Fernando Pessoa exprime e sintetiza na sua poesia, (não fossem as pedras):


Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
Mas não esqueço de que minha vida
É a maior empresa do mundo…
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
Apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
Se tornar um autor da própria história…
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
Um oásis no recôndito da sua alma…
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “Não”!!!
É ter segurança para receber uma crítica,
Mesmo que injusta…


Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo…

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

D...existir(!?)...


Quem de muitos não desiste, por uma só vez!? Desistir de viver? Ou mais dos que não o fazem, por tantas vezes na vida. Abençoados serão, os comentários que logo seremos brindados de logo assim de outrem, logo como que a, querer demonstrar que a sua razão é superior, ou que a tem. Assim dizem que “desistir é sinal de fraqueza”. Mas fraqueza, porquê? Eu admito que tenho as minhas fraquezas, mas não, que me ache fraco de todo por isso! Quantas vezes não tive de fazer, para novamente o recomeçar!? E não aprenderei algo com isso? Claro que sim, aprende-se e isso não é um sinónimo de fraqueza, troco por um sinal, esse, de grandeza, aceitar as nossas falhas, corrigir, aprender, construir.

Assim é que, eu existo por isso, não desistir do que a vida me coloca em prova, mas se o tiver de ser que se aceite com determinação, preenchendo que nos enfraquece, e contrabalançando o nosso pêndulo, na forma de conseguirmos o nosso equilíbrio. Só o fazemos e conseguimos, não só com as nossas vitórias que atingimos, mas também com os nossos fracassos que reparamos.

Dizem quem desiste de uma vida, é um fracassado (outros dirão que coragem é, preciso para tal) não recrimino ninguém. Para isso é preciso uma vida de muita luta e sacrifício. E ver que, não conseguem atingir uma parte do bom que suplante o mau que lhes ocorra. A vida não é só beleza, igualmente para muitos, e assim tomem a decisão de alguma forma terminar isto. E quem escuta as minhas palavras assim pensará que é só preciso a morte para solucionar-nos, dos nossos pequenos ( que se pode transformar) a grandiosos problema’s. Por vezes com a vida, se pode encontrar o que não conseguimos nesse caminho, passar para outros, ou assim viver uma nova vida, desistir da que não nos realiza, e encontrar a que nos faça existir (por completo).

A minha vida é preenchida de desistências, mas isso fez-me ver o valor que carreguei para compreender então a minha existência por aqui neste espaço, fez-me aprender que conforme o que deixemos, de insistir, por coisas que não comprovam algum resultado, melhor será ponderar fazê-lo de outra forma, e que isso vai-me preenchendo, a mim, à minha sabedoria, ou a vida, comprova que por cada fraqueza que digam que seja, transformo isso numa vitória, o conseguir o que se me propõe, o que a vida me dá.

A minha desistência (as nossas), fazem parte das nossas existências, as nossas
vivências, que claro, tão poucos as queiram aceitar, porque custa, se pode tornar árduo, corrigir e transformar as coisas que dela fazem parte. Faz parte de nós viver e mais, por este pensamento, será tão claro o que nós podemos concluir e retirar de tudo isto:

"É preciso dar um passo para trás, para dar dois passos para frente"


Vladimir Ilitch Lenin

Isto não é desistir!...

D..existindo ou não, empenhem as vossas forças e gosto por tudo o que assim tiver de ser, mesmo recomeçando novamente. E em tantas coisas o podemos fazer por tantas vezes na vida.

Pensamento do dia...



O sorriso, é a mascara que oculta a tristeza.

Nuno Lopes

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

É fácil viver... (ou), viver é fácil?


Complicado, não? Então vamos tentar desmistificar um pouco isso. Dizem (ou se me dizem) que tudo isto é fácil, mas dou por mim que só me querem confundir, por certo. Mas é fácil viver? Talvez seja. Para quem tem a vida facilitada por si que não lhes exige o mínimo esforço. A minha não é assim o que se torna mais complicado que os outros, ou a de alguns também assim o acharão. E por que não será fácil, porque nos exige esforço, dedicação, empenho e saber consolidar e estimar as nossas relações, o que se pode ver que nada nela por si é dado. Ou talvez um pouco até seja, mas, exige-nos o que refiro. Então que a nossa vida não se demonstra simplificada, não ser o que se excluem aqueles que nasceram num berço de ouro, mas será que saberão viver ou o que ela representa, de tudo dado, que tampouco ou certamente saberão as exigências de vida.

Hoje aos nossos dias mais difícil o é, a maior pressão, exigência, condicionalismos, e responsabilidade nos faça empenharmo-nos de uma forma que, ao mínimo erro nos sejam exigidas as responsabilidades, e que por, ou muitas vezes não existe um espaço de tolerância. Pergunta-se que sociedade é esta (que) estamos a criar? Uma sociedade que está preste adoecer face ás suas exigências, e dizemos que é fácil! Mais difícil será se isso que nos pode acontecer. Acompanhar o seu passo quando o trocamos.

Ao contrário do que diga, complicar até pode ser fácil, agora, simplificar já não pareça assim tanto. Dizemos que fazer coisas complicadas exige-se mais de nós, mas e o que é simples? Coisas que simples sem as conseguir complicar, é uma tarefa por certo difícil. Assim que penso que só olhamos para a complexidade das coisas, mas, alguns quando me dizem que admiram as coisas simples, tento descobrir mais isso, que também nos pede e não é por ser simples que não nos dê trabalho ou nos exija a pensar nisso.

É simples viver sem preocupações, mas… quem não as tem? Todos nós as temos, e até andamos preocupados com isso, por vezes até demais. Então não é simples viver, ou conviver digamos, com isso! Mais fácil seria se, nada disso existisse e conseguíssemos viver despreocupados e alheios dos nossos problemas. Mas torna-se difícil ultrapassá-los. Por vezes até nos pode acontecer em que, ou por sorte ou acerto tomemos o caminho mais fácil, mas nada está previsto. O que digamos mais facilmente seria termos um guião para lermos o que circunda a nossa vida e tornar as coisas fáceis.

Talvez se torne, se soubermos, tentar, desfrutar das coisas ao sabor do que se vai criando e nós senti-las na forma mais esplendorosa.

De forma mais simplificada ou não, que vivamos, interpretemos e desmistifiquemos o que ela é e de uma forma outra o que mais nos convier, que vivamos na nossa e única maneira. Até pode parecer simples, mas se tornar complicado, teremos a capacidade para dar as voltas a isso, ou vice-versa!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Podes contar comigo!


É o que conta! Sabermos que alguém, pode estar sempre ali para nós. Como nós aos outros. Contamos uns para os outros e é isso que vale nas relações humanas. Não existe alguém que não tenha um pouco de selectividade, procuramos sempre nas nossas relações a pessoa que pode estar para nós. Presente! Eu sou selectivo não o nego, procuro o melhor de e para mim, e as pessoas que devem fazer parte da minha vida deverão sê-lo especiais, não desejo ninguém que não queira fazer parte de um grupo que é o meu e não marque com a sua presença, então sendo duro, isso de nada vale. Números!? A minha matemática é simples… não procuro ser popular, como o que verifico muito hoje, que ter, os supostos amigos (aquilo que chamam, mas, não passam de algumas estátuas) é estar in. Eu não sou in. Nisso estou out! Cada pessoa para mim é especial e devo-o, mas também tem de revelar aquilo que é para mim e eu demonstrarei aquilo que sou.

Eu não tenho amigos. Eu sou amigo! É isto que se deve lembrar. Não me reservo pela quantidade de pessoas que se incluem na minha vida. Nunca foi sinónimo de nada. Mas alguns assim o acham, o que desejo é a presença daqueles, poucos, que querem fazer parte de mim. E é isso que eu me dou aos outros, poder ter o meu tempo para lhes dedicar. Ter muito torna-se limitado, quando pensamos que não.

Queres a minha amizade? Tê-la-ás! Mas não é dada. Não a posso desperdiçar. Faz-se (o muito que se tem) por ela. É uma coisa que me vou dando com o tempo que corre. Não sou amigo no primeiro dia que conheço, vou sendo nos últimos dias que vou tendo para ti. A cada um vais-me conquistando, o que fizeres por isso. Se ficas parado, algo se desvanece, morre! E eu não estou aqui para matar amizades, estou para lhes dar vida! E ela é isso, a vida que damos, o que lhe damos e o que constrói nas nossas pequenas e grandiosas vivências.

Vou sendo amigos aos poucos, se tudo desse, perderíamos o valor que ela tem, mas não digo que não dê tudo por um amigo, faço-o se realmente necessário. Temos de saber aquilo que damos. Amizade é dar, não negar que recebemos e sabermos que é partilha.

O que não é amizade, mas aquilo que chamamos de amigos, aquilo que dizemos faz parte do nossos números, faz parte da nossa vida, não o podemos negar, mas não tem o peso especial do que é para nós um amigo. Como chamamos de amigos a todo o mundo. Eu não estou em saldos para o ser.

O que posso contar (não é os números que não estou aqui a contabilizar nada nem a fazer contas de cabeça. De cabeça é só aquilo que tenho, do que me lembro os meus amigos. Estou a sim a crer-me, que posso contar, destes) de ti, espero-o sempre, como de mim darei de tudo o que me é permitido dar para ti. Nada é fácil e dar-me de mim tem os seus custos, mas de nada te faço pagar ou cobro por isso, afinal não sou aqui nenhum cobrador do fraque.

Sou aquilo que é simples, um amigo, e complexo por si!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Abra o jogo...


Uma relacão é semelhante a um jogo de ping-pong. Lançamos sempre a bola a quem connosco joga, seja qual for. E assim esperamos ser retribuídos e voltar a dar, é sempre neste movimento em que fazemos por que o jogo permaneça. Certo é, em que falhamos ou fica presa na rede. Assim temos de decidir que desejamos continuar, mas por muito que pareça esta analogia, numa relação não há vencedores. A maior vitória é dar a cadência do nosso jogo e esta será revelação dos vencedores. São estes que ganham com uma relação.

O que falha no jogo diz-nos, o que nos exige, para erguer e manter as nossas relações. Acontece de tudo, separações, reencontros, vivências conjuntas, sentimentos de empatia, ou mais profundos, mesmo que pensemos que não sejamos pessoas de muitas relações, o facto de pronunciar meias palavras com alguém já estamos por nós a relacionarmo-nos.

Exige-se sacrifício em tê-las, alguns que julguem que seja um dado adquirido, que, não se dêem conta que tão cedo elas se vão. Exige tanto de nós como dos outros, mas temos de saber que é um trabalho conjunto, na procura no nosso bem-estar. Este nosso bem-estar é um sintoma global, que se diz nosso, o que está incluso nessa relação. Então que não é a olhar para nós próprios mas sim nós (eu+tu).

Perdemos e ganhamos como o jogo, relações muitas ficam ad eternum. É isto que na nossa vida temos, estamos sempre com intuito de relacionarmo-nos e criar laços que ajudem a suportar o que a vida nos designa, como assim a amparar quem nos segue e indicar caminhos, todos fazemos de tudo no meio disso.

Quando crescemos criamos logo uma relação pai/mãe que isso é o que nos vai ensinar, o que tão importante é, isso para nós e as pessoas na nossa vida, sem elas nada viveríamos, ou que não me acreditando que conseguíssemos sobreviver. Precisamos de comunicar, amar, desejar e que isso é, que estabelece como suportam relações, morreríamos de pobreza interior sem nada do que tivéssemos.

Cuide das suas relações e empenhe-se, muitas glórias serão presenteadas a nós e quem nos acompanha e os louros serão merecidos, de todos os vencedores que elas fazem e nada deixam que terminem.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Pensamento do dia...


Crio uma ilusão paralela à minha realidade... o acreditar; acreditar que... (nada será real!), assim se cria a des'Ilusão'.


Nuno Lopes

Comple(ta)mento


Todos achamos que nascemos completos! Não! Nada de mais errado, a vida nos vão completando a cada passo. Cada ensinamento que retiramos dela é o que nos completa, o que nos acrescenta em nós o que podemos achar o nosso complemento de vida.

Agarremos num ponto do que achamos que é completo por si. O amor. O amor é uma construção que criamos, é a nossa criação que desejamos, nada o é sozinho. É preciso sempre algo para amar. Nós não conseguimos amar o nada, nunca deu isso resultados. Procuramos sempre aquilo que dizemos, alguém que nos complete, assim vamos criando a nossa relação. Podemos achar que consigamos atingir um amor completo. Muito dificilmente, será preciso conhecer profundamente com quem estamos e todo o redor das nossas relações. Mas procuramos a cada dia completar uma relação que é a aposta da nossa dedicação. Assim que isto quase como um jogo, se assim quisermos; por assim dizer o nosso quebra-cabeças, tentamos desmistificar tudo na busca da nossa solução, e isso é o nosso bem estar e dela própria.

Sentes-te completo sem aquele que amas? Não! Não será amor isso certamente. Sem amizade, ninguém vive sem um amigo, o que nos diz quando nos sentimos incompletos. Procuramos nos outros e em nós o que nos pode completar. Precisamos de preencher o nosso vazio. E com a vida vamos contribuindo com cada coisa que nos dê o alento que completa o nosso ser.

Tal como achamos que ( por vezes até por algum egoísmo, mas devemos ver que, amar não combina com o próprio, amar é partilhar, a não ser que amemos a nós próprios)completar os nossos desejos, procuramos dar mais aos outros, e o que complementa é esta troca, a partilha.

A cada ensinamento da vida, sentimo-nos mais, completamente mais. Mais seres de uma completa sabedoria, o que o saber nos dá o que tudo nos acrescenta em nós. Mas não o podemos dizer que, atinjamos o limite dela, haverá sempre muito a saber, o que nascemos incompletos de todos e partimos um pouco mais que incompletos.

Todos procuramos completar esse jogo de vida, é assim o sinal de que vamos a cada desafio nos cria a capacidade de podermos findar uma etapa e criar outra. Por cada uma completamente diferente no global é criado aquele conjunto que definimos (n)a nossa vida.

Seres (in)completos na busca do que nos pode dar ao que necessitamos na vida, nela precisamos assim de completá-la. É isso a nossa criação…

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Pensamento do dia...


Se me dizem que o coração de um homem é de gelo, não que me admire, que se derreta todo.

Nuno Lopes

Contra_tempo...


Quando por muitas vezes não andamos desconectados no tempo, fora do seu ritmo natural. Nunca o conseguimos segurar! Isto é se o conseguíssemos alguma vez. O tempo é como o vento, uma brisa que sopra em direcção de um sentido, mas somos capazes de ser levados por ela, quando que por vezes nos tentemos agarrar a algo, nada nos segura. Não sabemos se queremos ser levados pelo vento ou se o nosso lugar será esse em que estamos antes de sentir esse sopro. Deixar-nos levar ou ficar.

Pressinto que nada consigo agarrar, tudo se vai e melhor, se passa. E esse aqui é o tempo; sempre a fugir, não que nunca o controlemos, se isto é, se somos assim capazes. Ou não somos capazes de controlar o tempo que nos comanda, é um sem-tempo que o possamos ter. Uma alucinação, uma vida que o é, de movimentos temporais que nos ultrapassam, sempre a um ritmo desenfreado que nos sintamos assim desconectados do tempo que passa. Tento por um travão nele e num pára-arranca ir avançando aos poucos. Mas perdemos por muitas vezes o controle do nosso carro. E por muitos vezes andamos contra os limites de velocidade, ora acima; ora abaixo. Ou o tempo que nos engana ao ritmo que andamos.

Às vezes, já era tempo para parar (tudo isso). E o conseguirmos aproveitar. A cada instante, da nossa vida o tempo que nos é dado. Mas acerca-nos que nada é desfrutado da melhor forma, como realmente o deveria ser, estamos assim de fora do tempo que deveríamos acompanhar.

O homem acha-se que tomou controlo do tempo. Mas, não! Não que para isso tivesse inventado o calendário, o relógio. Pode assim ajudá-lo a sentir-se controlado ao que anda. Ele anda ( o tempo) que nunca pare. Sempre num sentido cada segundo, hora, dia, gira sempre ao avanço do próximo. Podemos achar que para controlar ( e pará-lo) é deixar de dar corda ao nosso relógio, mas isso, é o que julgamos e bem sabemos, é o nosso descontrole. Ou pára o tempo ou nós. De alguma forma assim o nosso sentimento de que nos acerca de estarmos perdidos no tempo, não que no só sentido de acharmos retrógrados, assim estamos é parados por meio de várias alucinações, e isto é o tempo que se cria e se vai… ou vamos tentando fazer para que passe o seu efeito e podermos com a nossa calmaria poder tomar o seu rumo.

Sentir a seu tempo, cada segundo da nossa vida é aproveitar o que ela nos traga… e assim nos dá o aproveitamento que daí advém e podemos retirar; o tempo de vida! Não que, um dia se passe esse tempo da nossa validade e aí é podemos dizer que o tempo não nos conta para nada! Então que agora aprendamos a caminhar no nosso tempo (de vida).

Pensamento do dia...


A mais cruel.. pena a que me posso julgar, é tornar-me assassino do meu próprio amor.


Nuno Lopes

sábado, 13 de novembro de 2010

Um adeus, que soa, até breve...


Pergunto, quem tem a coragem deste grandioso senhor, dar-se aos outros e num gesto de cortesia dizer a adeus a quem passa, e a vida vai passando, o ritmo da cidade, como se passará ao esquecimento de muitos, como de alguns reconhecerão a aura de quem por ali passará e relembra a quem a isto se dedicava em nos congratular com tamanho gesto.

Eu nunca direi adeus, será sempre um até breve, porque muitos não partem e logo nos reencontramos, assim esta pequena e grandiosa pessoa fará parte da memória de muitos; mesmo se já não fazendo nosso quotidiano. São estas histórias que caracterizam e marcam um lugar. O lugar dele e de muitos que assim se cruzam. E por cumprimentos assim se saudavam.

Dizer-se um bom dia hoje é caro, por isso vê-se a pobreza que abunda. Mais pobres ficamos quando alguém que saúda, e deixa de o fazer, deixa saudosismo, claro!

Como é curioso, como muitos reconhecem a marca que o Sr. João deixava nas nossas vidas, muitos apelidavam de maluquinho, ou não sabendo a história por trás era um como tantos outros que vagabundeiam pelas nossas ruas. Mas maluquinho porquê!? Pela diferença da sua educação em nos querer dizer adeus? Se calhar somos nós que pensamos assim! Tão raro é na minha vida, alguém anónimo me dizer adeus, para não dizer nunca. Normal é fazer-se piretes e outros gestos ofensivos, e estes não são malucos, não senhor! Isto é que deve ser normal para muitos. Como estes valores e critérios andam trocados ou perdidos.

Normal deveria ser a educação e não a sua deselegância.

Mas assim se o chamam então maluco sou eu que penso que ele fazia para muitos seria uma saudável loucura, e que mais coragem, que muitos não a temos. A coragam essa, em nos dizer adeus num dia em que nos voltaremos a encontrar em breve. Se calhar não mais o encontremos ali fisicamente, mas irá sempre de encontro à nossa recordação. Estará sempre vivo por muitos adeus que nos tenha dito, não o foi com a intenção de mais não nos ver. Era apenas um gesto cortês que não mais hoje se vê.

Assim, um olá lhe é merecido no mundo a que veio partilhar connosco, mesmo que por isso já fosse passado, e um adeus que ia trocando seria a tradução de um olá.

Como é belo alguém dar tanto de si, receber em troca o que dava (para não contar certo insultos; isto é que é difícil de receber), de contribuir para um mundo mais solidário. É isto mesmo que precisamos… Mas vamos perdendo. Para não dizer, esta pessoa, por muito que tivéssemos ganho.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dor_Mente




A nossa maior dor localiza-se num espaço, num recôndito espaço que tão pouco pensamos, ou então é aonde mais pensamos que o que é a dor. A dor que a mente provoca é dilacerante, de uma agudicidade que tendemos a dizer assim que o mais grave que nos pode acontecer. Não será uma simples dor de cabeça, que cabeça que queremos aqui falar, mesmo que por ela essa dor possa estar na nossa cabeça, ultrapassa tudo isso, uma dor psicológica, por muitas vezes não existe um cuidado que nos cure. É doloroso sentir isso.

Mas podemos nos sentir assim, sem sentir os pensamentos que temos, serão eles o que podemos aplicar tal como podemos sentir um pé dormente, ou digamos que numa separação de palavras se adequa uma dor-(de)-mente. (De)mente não. Acredito que para sentir qualquer dor teremos de ter a noção do processo que o nosso cérebro faz para desmistificar o que e aonde sentimos isso, que além de física que possa ser, ela é expandida pelo nosso processo mental o que aí desmistificamos a dor e nos esclarecemos o que realmente sentimos.

A dormência mental é tão provocatória que se apodera de nós que nos impede de muito. Do muito que nos desejamos fazer. Apodera-se de nós e faz-nos tornar incapacitantes. Quando por muito pensamos que só isto acontece fisicamente. Nada de mais errado.

Torna-se numa morbilidade mental que nos afecta os nossos pensamentos e ideias. Precisamos de isto também como cuidar do nosso corpo, fazê-lo pela nossa mente, exercitarmo-nos, praticar formas de não cairmos no absentismo mental.

Pensamentos dormentes, em que sentimos um formigueiro na própria que nos causa a maior das confusões, que o pior é sentirmo-nos assim. E de tão pouco vale espreguiçarmo-nos para que passe…

Acho que tão actualmente estamos tomados por isso, tão pouco pensamos, evitamos de o fazer e assim achamos que pensar é cansativo. Talvez o seja para nos levar a um estado de dormência tal. Mas, para nos encontrarmos assim também é provocado por nada fazer, ou pensar, que nos faça adormecer no nada. No mesmo sitio, na mesma posição que provoca esta (pequena, ou) grande mal-estar.

Dormência quer-se dizer um mal estar provocado por uma má posição, o que mentalmente pode-se aplicar, que por algum dissabor de vida, o nosso estado nos leve a tal ponto de adormecimento músculo-cerebral que percamos a sensibilidade e saudabilidade mental.

domingo, 7 de novembro de 2010

As mortalidades da vida...



Já dizia Pedro Paixão, “Nós não morremos uma vez só na vida, morremos muitas”, é verdade meus amigos, quantas vezes não estamos a rezar o nosso luto? Aquela pessoa que perdemos, o projecto que termina, a relação que acaba, tanta coisa que temos de o fazer mesmo, lidamos com a morte, as nossas mortes e não nos apercebemos, tal como aquela que única que pensamos que nos custa na maior imensidão, que nos dói, tantos lutos temos e nos difícil ou custoso é de ultrapassar. Não nos queremos cruzar com ele, mas tanto faz parte de nós que é isso que nos custa. E porquê? Porque estamos vivos. Depois de passarmos a validade nada nos custa, só a quem aqui estar para viver essa perda que somos nós. Assim nosso luto que o deveria ser transfigura-se para outras pessoas.

Lutos há que terminam e começam numa nova vida, que seria e pode ser isso que nos motive. Assim estamos a colocar esperanças em nós, estamos na busca de algo que minimize a nossa dor e nos faça centrar no melhor que assim achemos.

Tal e qual o luto, não gostamos e não queremos perder, mas podemos sempre o ter? Julgo que não! Exige-nos assim (os maiores dos nossos) sacrifícios. Tudo nos pede isso e a forma de puder ultrapassar a mortes que com que nos lidamos é tão grande, de uma enorme intensidade que, nos pede as maiores forças de nós. Tanto nos pede isso, a vida, ou assim, as nossas mortes.

A vida não nos prepara para a morte, faz-nos confrontar com ela que vamos retirando sempre algo, talvez nos dê algumas ajudas, ou não que de todo, temos de aprender, a viver, viver as nossas mortes. Perdas dolorosas ou por muito, mais que isso. Assim pensamos (que) o quanto nos custa de viver. Viver com a morte ao nosso lado, a cada dia, cada momento, então talvez empregue uma expressão ao contrário, somos uns vivos-mortos.

Esta é a nossa mortalidade da vida, muitos se acham que não deveremos falar disso, tão intrinsecamente que está apegada em nós, mas para lidar, e saber, é preciso falar delas, aceitá-las, e seguir a nossa vida, o nosso rumo, que ela não pára, ou não o deverá ser assim. A morte é que nos deixa a marca da vida e esta sobrepõe-se a ela.

A morte pode ser o desencadear à mudança, que façamos por isso, não nos deixemos tomar por ela, que essa sim, pode ser a nossa morte, e nós não o desejamos. Talvez não! Vivam e enterrem isso. Mas quando necessário ajeitando umas flores para embelezar a nossa campa.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Lição de vida


Todos nós procuramos nos formar, precisamos disso na vida, o saber, o incutir-nos de ensinamentos, que nos permita desfrutar do máximo esplendor desta e ter capacidades para executar, tudo o que se nos depara, a assim é que aprender é a mais valia que o ser humano pode dispor para sentir-se preenchido.

Tudo e todos seguem a sua ordem natural. Estudar para poder ter as capacidades e de no seu desempenho, aplicar o seu saber. Mas, o que se aprende por muita teoria , tão pouco se sabe a prática, do que precisamos de ter para apresentar o que se nos exige. Assim que só a vida nos permitirá isso, precisamos de ter as nossas experiências, para poder assim conjugar o que sabemos, do que aprendemos, dos estudos e do que nos ensina a vida. Todos sabemos que esta, (a vida) é uma escola, ninguém se lembra ou tão pouco valor se lhe dá, pois o que realmente interessa é ter-se um canudo e viver-se na ilusão deste. É certo que sem isto de nada somos! Mas porque é que ninguém ainda se lembrou de certificar as experiências de vida ( embora existindo algo de perto para muitas criticas de alguns). Digo-o que mesmo por alguém que tivesse mesmo uma certificação superior isto fosse também obrigatório, reconhecer as nossas capacidades que vamos adquirindo ao longo da vida, não é por ter isso que paramos e tudo sabemos.

Digo que a formação nos dá 95% de saber e teremos 5% de prática reconhecida do que até aqui nos vai sendo incutido. Com a vida esses 95% vão se diluindo para passar a aumentar os outros 5%. Então assim quando atingirmos o ideal, que será 5% de saber e 95% de prática que aplicamos nos nossos deveres, é isto a nossa perfeição . Só a vida e as nossas vivências, nos permitem a isso.

Eu contrariamente, e ao se insurgirem comigo como que seja maluco, vejo talvez as coisas de uma forma contrária. Quero viver a vida, tirar os ensinamentos que ela me tem a dar a mim próprio, ser livre de teorias, e construir as minhas. Aprender toda a sua matéria revelando todo o meu auto-didactismo. Certo um dia chegar em que havendo uma oportunidade em entrar para a escola, aquela que todos acham que por ela não frequentou, de capacidades não tenha para saber o que é a vida, ou estes que nem precisassem disso, até o saibam demais. Assim que espero, pela minha percentagem de experiência, poder ao fim, com toda a matéria que me é facultada e saber o que possui-o e então tirar as conclusões conjugando tudo o que sei e posso saber (ainda mais). É aqui que atingimos o ponto do saber, por outros caminhos.

Não que tenha interesse algum em exercer algo, sendo que mais obrigatoriamente seria para me cultivar e sentir-me preenchido. Mas curiosamente, quando uma pessoa atinge esse ponto de maturidade por outras forma, de nada vale à sociedade, então que arrume os livros e que fique a ali na prateleira, como agora o queremos tanto fazer.

Isto é que o saber da vida de nada vale e nada é se lhes reconhecido. Temos pena destas mentalidades se vão povoando.

A quem julga que não, os anos, são as cadeiras que teremos de concluir, e esta escola é a mais que essencial, que tanto ignoramos. Aproveitem a vida para aprender que por enquanto não nos é obrigado a pagarmos propinas…

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Pensamento do dia...



Levo-me a questionar, se a utilização, que dou aos meus pensamentos ( mente - definição de entendimento, intelecto, espírito, concepção, imaginação ) não será um meio, ou mais, que uma forma para me enganar ( mente - acto de mentir, faltar à verdade, desonestidade ) a mim próprio.


Nuno Lopes

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pensamento do dia...


Não espero muito, que os outros me digam quem eu realmente sou; mas sim, quem eu realmente posso dizer de mim a estes.


Nuno Lopes

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Contra-movimento


Confesso que, por muitas vezes tento perceber a esta velocidade por onde vou. Olho para o mundo e o meu pensamento, tão frenético, dá-me a sensação de que vou a uma velocidade cruzeiro, numa estrada com um limite de velocidade, sempre a transgredir. Os meus pensamentos ultrapassam o mundo que vejo a girar, ora numa velocidade natural ou por vezes mais rápida, mas nada que acompanhe os meus pensamentos, da forma como correm. Assim dizemos.

Gostava por um pé no travão ou poder reduzir isto, de forma a que, pudéssemos acompanhar a paisagem que vemos, neste caminho que fazemos, mas quando damos por nós já atingimos esse limite. Por vezes andamos certos pelo contrário. Andamos em frente pelo caminho que vai ficando para trás. Ou talvez o mais certo, nem esteja a pensar bem e o que isso seja, o contrário do contrário. Se não me fiz entender muito espero, que tenham entendido de alguma forma.

A velocidade da luz de um pensamento, por vezes dá um volta na mente que em poucos segundos, que nós estamos assentes na terra pensamos, que esta não acompanha o nosso movimento. Talvez ela gire uma velocidade que nós não consigamos perceber a sua rapidez. Mas pensamos que esta esteja parada mesmo pelas horas, os dias e tudo que demoram a passar, a clareza e o escuro que vão alternando.

O pensamento, ou os, porque se imaginarmos os tantos que temos, ou o que nos passam em segundos, nem que nos percebamos, e talvez pensarmos que só passe por um pensamento, é de tal forma de uma rapidez atroz que pensarmos que os consigamos acompanhar, um pensamento que nos passe, é talvez um pouco de inverdade.
Mas a que velocidade é essa que vão esses pensamentos, ou pensar aonde vão, estes que não sabemos, por muito o que se propõem atingir. Pensar numa forma, como estou a tentar explicar, comparo isto a um carrossel. Assente na terra, os nossos pensamentos giram à velocidade que queremos e consigamos o fazer e sobre si próprios, e às vezes tentamos levar isto por divertimento, mas isso se o fosse, se nós andássemos nele por uma vez em quando. Mas não! Todos nós controlamos o nosso carrossel, constantemente, mesmo quando o consigamos e assim, isto se torne uma obrigação.

A rapidez de pensamentos, faz-nos por vezes não conseguir os acompanhar, não conseguir suster um, por muitos, alguns não nos entendam. Assim é que neste pequeno mundo que nos pareça parado, não nos consigamos expressar, e pensem que sejamos maníacos numa naturalidade verdadeira.

Assim que, o que nos ultrapassa na nossa mente, num mundo que circula a esta calma velocidade (assim supomos), não conjugue àquilo, que pensamos que deveria ser, à velocidade conjunta e acompanhada por ela.

sábado, 16 de outubro de 2010

Pensamento do dia...



Aprende-se vendo, melhor fazendo e, errando nunca se esquece.


Nuno Lopes

domingo, 10 de outubro de 2010

Documentário: A Ponte (Golden Gate)











Quando a vida nos passa ao lado


O motorista do autocarro da empresa Transportes Sul do Tejo (TST) seguia, ontem de manhã, rumo à Praça de Espanha, em Lisboa, quando, a meio da ponte 25 de Abril, viu um homem a querer atirar-se à água. Eram cerca das 10h45. Não hesitou: parou a carreira, com dezenas de passageiros no interior, e foi falar com a vítima, que já estava com uma perna para lá da vedação, convencendo-a a não se suicidar. Ao que o CM apurou, o homem, de 37 anos, está a passar por um divórcio e na altura em que foi salvo estava transtornado e a chorar – em estado de choque. Foi transportado ao Hospital de Santa Maria, onde recupera. Terá sido a primeira vez que tentou o suicídio.

Algumas testemunhas disseram ao CM que, a princípio, o condutor não estava a conseguir convencer o homem, mas, após lhe ter dado um abraço e falado com ele mais de quinze minutos, encaminhou-o para a via e chamou o 112, que enviou para o local uma equipa médica.

A PSP esteve no local e o trânsito esteve cortado no sentido Sul-Norte cerca de meia hora, provocando longas filas. De referir que o autocarro número 162 fazia o percurso entre a Quinta do Brasileiro, no Seixal, e a Praça de Espanha, em Lisboa. O CM tentou obter uma reacção junto da empresa de transportes TST, mas tal não foi possível até à hora de fecho da edição.


in CM


Quantas vezes não passamos ao lado de vidas, dessas vidas que por um instante, um breve momento poderão cair na fatalidade de cometer algo contra si e a sua vida. E também por assim tão perto da morte. O nosso comodismo ou egoísmo nos faz com que não possamos salvar vidas, ou muito a não-aceitação de tudo isto, de uma pessoa que veja como a única solução a morte, quando muito pela ignorância e a desvalorização destas ou dos sinais que dão revelem os seus desejos e pôr fim ao sofrimento por que passam.

O suicídio é o pó debaixo do nosso tapete, sempre acumular sem dele querermos saber, não compreendo, quando a mim muito me preocupa e de nada disto se fala e discute aonde não existe acções preventivas para tentar erradicar tudo isto, quando tão pouco se sabe que o próprio já há muito ultrapassou as mortes naturais, dominada anteriormente pela a mortalidade nas estradas e isto sempre em tendências de crescer nada ou tão pouco se faz! Aqui só revela então o preconceito existente por ele.

Sabemos nós o sofrimento causador para que uma pessoa cometa este acto? Imenso! Que ultrapassa em tudo e a toda capacidade de uma pessoa racionalmente pensar nas alternativas de pensar ultrapassar as suas dificuldades, e quando mais aqui seria preciso o apoio das pessoas, afastamento é maior, pois nós, tão pouco temos a paciência para ouvir o problema dos outros, ficando e sentindo-se ainda,mais uma pessoa sozinha no mundo, e assim sentido que a pessoa perde pela vida.

Destaco esta noticia pela coragem e atitude desta pessoa que muitos tão pouco foram capazes de fazes para salvar uma vida e pelo gesto que teve que merece mais do que palavas, mereceria ser condecorado e ovacionado pelo que fez, só revela que no meio de tudo existe uma pequena humanidade em nós.

E que essa pessoa se reencontre, consiga prosseguir e tomar o rumo da vida, e como esta muitas demais.


(Aconselho ver o documentário: A ponte)

sábado, 9 de outubro de 2010

As mortes da vida


Já dizia por palavras Pedro Paixão: nós não morremos só uma vez na vida mas muitas vezes! Ao que digo no que concordo, não será só esse fim que nos apresenta: Muitas vezes confrontamo-nos com muitos fins, que, ou se nos põem à prova, como findar de um capítulo, para começarmos uma nova etapa e começarmos a viver novamente. São essas mortes que fazem parte da nossa vida.


Por algumas vezes, não as aceitamos, ou ainda, com algumas dificuldades tentamos transpor isso e por alturas não conseguimos evitar essas pequenas mortes.

Quantas vezes não dizemos, quando algo finda e não desejamos continuar a investir nisso, assim dizemos: para mim morreu; ou, estou morto de cansaço! Vemos essas e as que são as nossas mortes na vida. Quando uma relação, um projecto, um objectivo, uma amizade, a confiança, ou tudo o que assim consideremos, a morte que lhe damos. Não que algo não possa ressuscitar, e também dá-se pequenos milagres e estes são sempre possíveis de presenciar e acreditar que eles sim, existem.

Muitas vezes vamos adiando a própria, acreditando na esperança, mas que pode chegar uma altura, por muitos cuidados que prestemos não existe forma de evitá-la. Também aqui leva ao sofrimento, a dor daquilo que perdemos e não será a usual morte de um corpo. Ela está em tudo ou em todo o lado, nas pequeníssimas coisas ou no que nem se nos dêmos conta. É uma vida carregada de morte. Mas muitas vezes renascemos para ela e assim nos cativa novas coisas, novas etapas, mas o que enterramos fica sempre marcando o seu lugar, digamos que é sempre a nossa cruz que espetamos.

Assim também, há o que exista para dar vida à nossa morte que vivemos, em determinado momento é isto e são estas pessoas que nos seguram a que não nos deixemos levar de todo, por ela e assim, numa frase diríamos que seria ...a morte do artista; Não podemos levar-nos pelo seu vento, pela brisa que por vezes nos faz arrepiar, já quando dizem que ela é um sopro! Viver a nossa morte na vida, no seu extremo, é a nossa morte! E nós não desejamos isso por certo! O que precisamos e ainda muito, é saber lidar com ela, vivê-la de forma a que não nos sintamos transtornados.

Quantas vezes não morri por certas coisas, não fiz nascer outras, e não matei ainda demais muitas outras, são mortes de vida, natural ou tão como aquela que tão bem sabemos quando chega o nosso fim. Ainda muitas acredito que passarei, mas que fazendo sempre o meu luto por elas que julgo sempre necessário me faz compreender e dar o valor que me mereceu se foi o caso assim.

Morte não é só no fim da vida, ela está tão espalhada pelas nossas vivências que nem nos dêmos conta ou aceitá-la.

Pensamento do dia...



Quando me respondem à pergunta que faço:

Estou a passar o tempo...

Replico:

Aproveita-o antes!...

Nuno Lopes

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ausências...


O meu olhar revela aquilo que vejo como o que transmite, a ausência de tudo. De todos nós.

Todos temos assim aquilo que nos demarca e cada vez mais denoto que somo seres marcados pela ausência, de valores sentimentos, emoções, palavras, demonstrações de afectos, partilhas, ao que parece que nos vai faltando algo. A nossa essência. Aquilo que nos marca e é parte da nossa natureza.

O homem e sempre assim o foi que preenchesse com o que pode trazer a si ao seu nível mais emocional que se vai perdendo por não se cultivar interiormente. Tudo isto é necessário, instruímos no nosso aspecto emocional que demonstremos o nosso equilíbrio composto por aquilo que muito descuramos, o que vem de nós.

Olho assim para corpos de carne silenciosos, que nada nos dizem e tão pouco ficamos a saber o que serão. Corpos marcadamente físicos mas ausentes da sua alma, o que é que marca a sua diferença de todos nós, o que revela aquilo que somos e não as diferenças exteriores. A nossa personalidade pode em si coexistir em aspectos semelhantes com outros, mas não, na sua extrema igualdade.

Mas que ausência é essa que nos falta? Falta assim a cada um de nós descobrirmos, não vivermos e deixarmo-nos tomar pela superficialidade do mundo, ao que ele está tão pejado actualmente. De tudo o que o homem descobriu, ainda lhe falta evoluir na sua forma interior e dizer-se que se possa sentir preenchido, mas isso uma vida também o vai lhe dando o alimento que tanto necessita, alimentar a alma e matar a nossa sede conhecimento.

Precisamos de isto para dizermos ou mais sentirmos que somos seres realizados por o que nos seja necessário sobrevivermos e não é só alimentarmos, pois, podemos passar fome de outra forma e isso também nos mata, somos assim tomados pelo tédio que revela o maior perigo do ser humano. E quando isto nos sujeita, tão dificilmente se torna fácil de sair dele e única terapia para nos salvarmos, será embebermos do conhecimento e demonstrarmos as nossa acções tidas por eles, os sentimentos que nos tomam.

A nossa vida começa como um livro em branco, essa é a nossa ausência. Aquilo que vamos escrevendo será aquilo que ela nos permite e no todo fim diremos, que o que ela nos trouxe foi mais do que meras páginas leves, mas com o que lhe juntamos carregadas pelo peso da tinta, descortinando, por isso, o conhecimento que transferimos para nós, nunca diríamos que no fim de um caminho nos realizasse as histórias que escrevemos e contamos, mas quando olhamos para seres que demonstram o peso da idade talvez transmita a ausência da algo que lhes faltou. Será não terem feito o que desejavam? Viver de outra forma? Ou o que lhes faltou para viver? Tanto que nos marca ausência de algo, algo que nos falta e por muito já não conseguimos corresponder ao que mais desejamos e aos intentos destes mesmos, marcassem assim ausência de algo que cava-nos a falta, do que nos podia deixar mais realizados e nos aflora as nossas tristezas.

A vida nunca é perfeita e mesmo que não o seja e que que desejamos e temos a capacidade de tentar colmatar isso, não anular, mas de forma tentar minimizar as nossas ausências.

A ausência é como um corpo sem uma sombra, ao que esta não existe sem um corpo, mas persegue-nos aonde vamos. Não lhe escapamos. Mas podemos dar-lhe as mais variadas direcções, o que na vida é isso que contraria o que nos falta, e o que nos traz, o que sintamos falta é a presença, é isso que a anula. Não por inteiro mas em parte nos faz lembrar não sejamos feitos da ausência mas do que trazemos, para a fazer esquecer do que nos toma parte…

sábado, 18 de setembro de 2010

Os homens e os sentimentos...


Juro que tento compreender o homem, este homem e de tudo o que o compõe! Vejo-o tão averso aos sentimentos, ou será assim que não querem aceitar? Mas um homem também os tem, mas querem negar como tampouco aceitá-los. Mas, e porquê? Cria-se aquela ideia que um homem não é sensível, tem de ser duro e alheio a tudo isso. Na mais errado quando muitos pensam que estão de todo certos!... Um homem também os tem, como todos os temos, não se nega, ainda a mais aceita-se, mas alguns vêem o seu lado macho em si afectados que possam-se afirmar que sejam pessoas sentimentalistas, assim o afirmam que tudo isto é puras lamechice…

Ao que pergunto… um homem quando vai a um médico e este pergunta o que sente, o que será que o homem fala? Não será de sentimentos, o que realmente sente? Como conseguiria expressar tudo isto? E na vida? Então deduz-se que afinal falam, mas realisticamente não o querem admitir, não compreendo estes homens, criam as suas próprias negações.

Isto faz parte da nossa expressividade, tudo o que falamos, sentimos, pensamos, serão os próprios a se desenvolver, temos e colocamos o sentimento em tudo. Mas se assim não fosse, se este ser não sentisse isso, como poderia amar ou gostar de uma mulher ou de os demais? Como poderia sentira a dor ou a alegria? Como poderia revelar o que sente num certo momento? Como poderia, como poderia…

Não o poderia fazer sem isso, e aos humanos que somos temos essa capacidade amar, gostar, odiar, sentir raiva, tristeza ou alegria, rancor, angustia, muitos sentimentos diversos, bons ou maus, mas que o serão.

Ai, ai… o homem terá de olhar no que sente, deixar de ocultar, tal como quando precisa de dar um grito de choro como o faz reservadamente, precisa de mais naturalidade e existir aceitação de que é natural acontecer.

Expressar sentimentos é uma coisa a que eles deveriam aceitá-los, mas observo que os reprimam, pior assim será, mais sofrimento por isso, e sentimentos negativos por aí desencadearão, ao que pior será a este homem que julgamos e queremos forte.

Meus caríssimos amigos, deixemo-nos de lamechices e aceitemos o que é natural e não aquilo que se cria que não podemos sentir. Podemos e devemos, ajam naturalmente e esquecem que isso que digo seja coisa de mulher, que não o é! Pois assim gostaria de ver como nos conseguiríamos entender com pessoas deste sexo ou as demais coisas.

Eu sou-o, admito, e por algum gozo assim dizem que devo andar com as minhas formas (as de homem) trocadas, nada disso, mais certezas tenho daquilo que sou! Eu falo dos meus, seja dos demais e ao que exprimo aqui serão sentimentos, todos o fazemos de qualquer forma, então negar para quê!?...

Daria para ser professor ensinar-lhes e dar uns bons açoites nas mãos deste homem e ver se diziam que sentiam, não seria uma dor aguda nessas palmas. :)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Abstracticidades


Fazendo um pequeno exercício, de uma linha numa folha em branco que representaria a minha vida, demonstraria a complexidade de toda ela. Assim era que observando tão pouco saberia o ponto que comecei e esse sentido que lhe dei, saber o que representa, talvez, o melhor seria uma tremenda confusão…

A vida assim é confusa (para muitos, senão alguns!), que representa um novelo de rascunho que poder interpretar isso muito complicado se torna, talvez com o tempo, na sua descoberta vamos dando seguimento a essa linha, pautando-a por uma rectidão dela própria e no sentido correcto, como quem começa a escrever, é natural assim todo o sentido que lhe damos. Alguns que, com uma linha recta e nivelada, representem assim a estabilidade e segurança da sua vida que isto demonstra a sua representação por um pequeno risco.


Não faças da tua vida um rascunho. Poderás não ter tempo de passá-la a limpo.

Mário Quintana

Assim fazemos os nossos riscos e rabiscos, o que fazemos da própria vida, a nossa vida lançamos a confusão que tão pouco conseguimos fazer os seus ajustes necessários e vamos deixando ao caso de um dia resolver isso, mas, poderá se tornar tarde demais, então que, vamos com calma e atempadamente acrescentando à nossa linha que é a vida, a nossa representação, ela própria, real ou imaginária, o que mais interessa é estabilizarmos a nossa linha de vida.

Eu sigo uma linha de pensamento, quer-se dizer aquilo que eu represento e a minha forma, é isto a minha unicidade que me distingue dos demais. Todos temos as nossas linhas, nas suas mais variadas formas, simples ou complexas, mas serão linhas que representam do homem aquilo que ele é. Aquilo que o homem poderá designar dela é a sua criatividade que dá o seu sentido que significa isto para ele.

E nada mais, que ele para compreender as suas linhas e com a sua explicação dizer o seu significado que só ele conhece, e isto para muitos, mesmo por linha idênticas se dá a contextos completamente diferentes. Ao que muito igual possamos achar nada o é na sua real essência.

Uma linha poderá não acabar ( com certezas, até um dia) mas, muitas se cruzam, ao que neste entrelaçar compomos os nossos desenhos, o quadro que representa tudo para nós.
Alguém poderá me perguntar, qual o interesse em olhar para essas linhas esse mesmo quadro?


Observar tudo isso? Ao que digo, estou a tentar decifrar aquilo que escrevo, ou mais, esta vida. A minha vida.

Que façamos o nosso pequeno exercício e não deixemos de praticar, assim nos ajuda a compreender e a dar a maior correctidão à vida! A essa linha que criamos…

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O que um animal pode sentir...

Pensamento do dia...



Nunca se perde, aquilo que realmente não se chegou a conquistar.

Nuno Lopes

A crittica e a (des)moralização


Ao que penso na vida, a crítica não é de todo crítica! A própria que, quando saudável faz parte da nossa evolução, contribuindo para isso e o desenvolvimento do ser humano, faz-nos questionar e ponderar sobre o que mais correctamente ou não fazemos e os caminhos que podemos tomar, dar uma visão, que por vezes, a não vejamos claramente ou contrapor a nossas ideias, é assim um papel fundamental e crucial para que tomemos caminhos para o que ponderamos fazer.


Devemos ser ponderados na própria, avaliar o que e a que resultados poderemos obter, por certo que quando a aplicamos conseguiremos ter intentos positivos.

Saber-se criticar, é saber-se dizer na forma mais adequada de expressar o modo como queremos transmitir a nossa ideia e dar azo ao próprio negócio de troca de ideias, tudo se espera de uma crítica que o seja fundamental para desenvolver o que nos dedicamos. Mas tudo isso tem de ser na sua fórmula mais correcta, ou seja assim na sua maior correctidão.

Mas, muito ao contrário, muitos criticam sem o saber, sem a mínima sensatez, e quando por tudo o que nos dedicamos e pensamos que estamos a ter a atitude mais correcta, fazê-lo dessa forma, cria-nos a dúvida, começamos assim a questionar-nos se o é, se vale a pena o esforço.


Leva isto à desmoralização da própria pessoa, é isto a provocação que uma pessoa sofre sobre o que tenta demonstrar e critica rebaixante nos leva a desacreditar nas nossas capacidades. E todos nós as temos, mas, por um desenquadramento da visão dos outros ou por pura maldade ou maledicência nos provoca. Cria-nos a dúvida nas nossas capacidades e começamos a revelar o desinteresse por o que fazemos, tudo isto como sabemos pode ser um ciclo que se vai tornando vicioso.

Todos nós sabemos ser críticos, é uma coisa que se aprende tanto de, logo cedo, mas saber-se ser um crítico ponderado não muitas vezes conseguimos atingir essa capacidade, é preciso saber-se e aprender a forma como devemos formular a nossa critica e expressá-la e não com a intenção directa de prejudicar a própria pessoa. Por muitas vezes caímos na ofensa e o que realmente importa que é despender dela naquilo que se centra, objecto a que se deve ao ponto central, caímos no lado mais fácil e procurando a fraquezas das pessoas para as aniquilar.

Nem que por muitas vezes se destruam vidas, para ter o prazer da própria, o desejo dela faz-nos sentir a nossa altivez quando pelo contrário acho que é a maior pequenez do ser humano.

Sou crítico de mim mesmo. Por vezes até me prejudicando propriamente, mas, preciso dela para evoluir e tornar aquilo que faço num caminho que tenho por mim escolher, o que, sem o ser nada conseguiria ter a minha decisão. Preciso dela para a minha sobrevivência, mas sempre no cuidado extremo de ser a minha morte.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Pensa na vida que vives


Disseram-me assim que andar a dissecar sobre estas coisas, assim o pensam o tempo perdido, aconselharam-me então e assim disseram: vive a vida. Jurei que me fiquei completamente mergulhado na dúvida! Então mas eu não estou vivo! Por esse facto não estou a vivê-la já de si!


Dou-me à conclusão que sou um morto-vivo neste mundo, tal essa minha existência de que não desfruto da vida vivida, como muitos acham, que se vive e da forma que é. Viver não é só por si lidar com as situações é pensar também nelas próprias, é isto o resultado de saber experienciá-las e viver plenamente a nossa vida, é sobre isto e tudo, de todas as formas e não apenas de uma.

Então que eu enquanto vivo, vivo assim do modo como acho que se complementa a minha vida, e assim como muitos acham que pensar nela própria é perder tempo de vida, os nossos anos, dias, horas, eu de todo o modo não o concordo, viver é pensar. Saber-se pensar, e o saber é pensar como se vive e pode fazê-lo. Ao que eu preciso reflectir sobre a vida, sobre este composto de singularidades que enaltece e de todo modo que sabe pensar, tirar as conclusões do conceito de vida, saberse-á portanto que viver engloba pensar, saber fazê-lo e como assim é, que vivemos a vida como no nosso pensamento que criamos. Isto é viver. Vive-se nessa criação tão única nossa e não se deve ao facto de pensar ou ao que os outros digam que isso é tempo perdido que dedicamos. Não o é! Vivemos para pensar, praticar e saber aceitar que vida engloba tudo isso e se o homem foi caracteristicamente evolutivo na sua forma de ser, acompanha a isto o seu pensamento, e se não o fosse, como também isto não o perseguisse, então de nada saberíamos dela, de nada teríamos aos nossos dias, nenhuma conclusão retiraríamos, viveríamos num mundo branco, na ausência do pensamento, de nós, na falta da nossa capacidade. Mas nós não queremos reconhecer que sem isso não se vive, sem pensar, sem saber que isto nos muitos aspectos que nos rodeiam, nada preenchia a vida e a nós. Viver é tudo, é pensar para que se vive! Questionar a vida revela-nos a nossa capacidade, na busca dos argumentos que compõem esta vida e suas vivencias. Nada é tempo perdido, nada é inútil, assim é, ou que o seja, se não o fizermos, viver pensando, e pensando como viver.

Vivo então o que se pode decifrar dela, e quem ache, muito existe que nada se explica, eu não que de todo o modo concorde! Tudo tem as suas explicações, se não, ao que isso nos serve um dicionário? Temos de construir um significado dos pormenores da vida. Sem isso como explicaríamos aquilo que desejamos expressar, os pormenores dela. Sem isso nada saberíamos então da vida e nada, também a explicar a quem deseja conhecê-la. A vida merece ser estudada e quem o diz que isso é uma perda de vida, ou assim de tempo, não terá uma real noção que tudo isto dela faz parte.

Vivemos no nosso pensamento! Isto é vida! E muito mais, é aqui reside uma grande parte de nós e dela. A nossa mente é vida, enquanto a isso permitir e que enquanto nós também o fizermos por isso, desfrutamos dela na sua melhor forma.
Não perco o meu tempo a pensar, muito pelo contrário! Ganho-o, no que o meu pensamento se transforma.

Assim penso que vivo, mais que digam que não vivo mesmo, não posso negar que para viver tenha de pensar. Acima de tudo se dizem que perco o meu tempo, eu dou-o como adquirido.

Pensar é viver!...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Amarrados, a nós


De como a nossa imaginação não tem limites, o pensamento é infinito, conseguimos através dele ir além muito além daquilo que propriamente imaginamos, mais do que isso pensar no que nunca sequer pensamos em tal. Todo o nosso poder da mente é um universo de infinitas coisas que se nos passam por ela, podemos viajar por entre todas as partes de o nosso interior que nunca supúnhamos conseguir tais feitos.

Mas, que além do nosso pensamento, estamos limitados, limitados pelo nosso corpo, quando conseguimos atingir essa infinidade de coisas eis que o nosso corpo nos trava. Pensamos assim que quase como que carregássemos o nosso fardo, não que o seja implicitamente na vida, mas temos de carregar com ele. Tal como conseguíssemos objectivar o nosso pensamento, o corpo assim vai em passo lento conseguir atingir o nosso pensamento. Assim digo que estamos presos a ele, não nos conseguimos despegar (um dia será, mas não enquanto vivos) e nos sirva assim como o nosso colete-de-forças, esse é o nosso corpo, amarrado ao que pensamos.

O que sabemos que os nossos pensamentos reflectem nas nossas atitudes como também de modo elas serão o reflexo ao que pensamos, é numa sintonia única que tudo trabalha numa una e perfeita simbiose, mas, nem sempre, eis que quando queremos ou algo que desejamos faz por ele próprio que não consegue reagir. É complicado remar contra a maré! Vamos impondo as nossas forças, numa reacção que se torne natural dele próprio e a nossa inabilidade não nos permita ter a destreza necessária para poder corresponder ao que precisamos fazer.

No meio de tudo isso assim que se tenha por alturas em que pensemos que se torne inutilmente carregar com um conjunto de carne, mas não conseguimos mover-nos sem ele, assim que como tenha dito que podíamos ir muito além no nosso pensamento, sem a capacidade de movimento não conseguimos caminhar na vida. Muitos assim estão inertes, muito das vezes sem a sua culpa, agarrados à vida.

Nada passa sem nada, ou no melhor precisamos de algo para transformar algo, assim aquilo que projectamos, precisamos de pensar e agir, ao que de algum modo sem uma das partes nada construímos. Ao que corpo e mente é necessária para a modificação de nós do mundo e de tudo o que precisa do nosso sentido de mudança.

Não nos conseguimos esquecer do nosso corpo, a nossa mente, na vida nos faz estar agarrados a algo, o que de nada seriamos seres completos sem a falta de uma das partes, nada é indivisível, formamos um conjunto único, o nosso conjunto.

Já se diz corpo são, mente sã! É a mais pura das verdades, a mente ao adoecer reflectir-se-á no nosso corpo, como a transformação que ocorre nele será a parte que influencia o nosso pensamento.

Cuidemos de nós, de que nada descuremos, e mais não nos tentemos desprender de algo, esse algo que faz parte de nós, como tenhamos a destreza de qualquer movimento e não nos sintamos presos de alguma forma.

domingo, 29 de agosto de 2010

Vendedores de felicidade



Como é interessante aonde tentamos procurar a felicidade aonde ela não existe. Pelo menos eu não a veja aí. Ela existe em nós, somos só nós que temos essa capacidade de transformar e fazê-la nascer. Somos nós o criadores dela própria, nós que fazemos a felicidade.
Mas, que tendemos vê-la em objectos. Para mim nada disso que me recorde nunca me trouxe grande felicidade. Poderão dar a sua utilidade, sentirmo-nos satisfeitos, mas não numa plena felicidade, é apenas um subterfúgio, uma ilusão que criamos que achamos que isso nos faça felizes. Assim tentamos consumir tudo o que para nós achemos que possa residir aí a felicidade, nada de mais errado para mim, podemos até ter uma parte, mas que, não será isso que a fomenta de todo.

Se atentarmos ao que se anuncia deles reparamos que tudo transmite e nos faça ver , todos estão felizes nesses cenários, mas, por alguma vez publicitariam algo que demonstrasse infelicidade? Se sim, deixaria-me pensativo. É a felicidade que querem vender (ou melhor aquilo que se acha que vem dentro disso) ou aquilo que achamos que podemos comprar.

Sejamos felizes, mas nada tem de ser com o que se tenta impor, num mundo que se acha ser uma felicidade objectável. Isto será uma contrariedade que para mim não dá para acreditar, eu sou feliz por aquilo que sou e posso fazer, não pelo que tenho, ou achar que o que possa ter me o faça feliz.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Pensamento do dia...



Pensar em nada, já por si, é pensar.

Nuno Lopes

Selvajaria (a desevolução das espécies)


Por certo qualquer dia ainda me vêm bater à porta, por tal insistência em estar a citar algumas melodias nos meus pensamentos ( e tenho de contribuir com uma esmola para os direitos de autor), mas tem me dado para isso, assim então recomenda-se, que se acompanhe isto com a bela banda-sonora e um bom aperitivo se o desejarem. Deixemo-nos levar, ora se não é assim a vida…

Ora citando então a conhecida música, Nasce selvagem (até é mesmo preciso Resistência para o ser!), que não muito massacrando com as selvajarias que neste mundo há, muitas e isso que nem com um tiro para o ar nos púnhamos ao fresco, não há maneira para isso. Se souberem a solução digam-me sorrateiramente ao ouvido que também não nego que queira saber, não que seja cusco, mas também mereço proteger as minhas peles destas selvajarias. Então que não é que por vezes como humanos, não nos comportemos como tal?... Bem queria acreditar não! Mas, talvez sejam os meus olhos a mentirem-me, se calhar já nem devo em confiar neles. Algum dia num impulso e numa frieza tremenda arranco-os! Se já me questiono se o mal é daquilo que vejo ou do que acontece. Vou acreditar que sejam os meus olhos a mentirem-me.

Então estou aqui eu a dissertar sobre os humanos… não sei bem se empregue tal palavra, selvagem, não quero que alguém se sinta ofendido, mas dou por mim a pensar (e que muito trabalho me deu, nunca duvidem) custou-me mais a mim domesticar o meu gato que possa ou consiga fazer com qualquer homem. Deixa-me que pensar. Se calhar até com um leão seja capaz de tais proezas, mas como não desejo activar o meu seguro de saúde tão cedo, vou-me precaver um pouco das garras do leão, que enquanto, já me vais bastando o meu pequeno tigre praticando no meu sofá, quando não foi ao dono, mas já se sabe, são as peles do oficio.

Já me estou a desviar um pouco para dizer aquilo que é simples (ás vezes até podemos concordar, outros nem admitir, mas como caminho ao engano da minha visão, como já o disse) este mundo é uma selva! Tais personagens de Tarzan’s e Jane’s que parecem-me andarem aqui a encarnar, deixarei isso para os filmes que não passará de pura ilusão do que se cria. Chamar o homem de animal soará a muitos num quase insulto, mas, por vezes não se comporta como tal?...

Por mais valores e regras que se imponham nunca será um bicho (perdoem-me a analogia), domesticável.

Não fugi à regra, fui um selvagem que veio a este mundo (não que ache que tenha sido ao extremo, mas que comportava-me com o que se enquadrava ao meu redor, talvez assim, loucamente viver de forma alucinada) e eis que num click, a vida, como se agarra no cachaço de um gato (mas com docilidade, que muito bem prezo e amor tenho por este animal que encantou) pega em mim dá-me um pontapé e logo amansei. É verdade não tenho problemas nenhuns em afirmar! Sou manso (faz-me logo lembrar certas insinuações de um governante, mas deixo a selvajaria que se lá se passa no hemiciclo, que se entendam, isto era para nosso bem que fosse possível, mas por vezes tenho pensamentos surreais que me parece que quero acreditar que isso algum dia seja verdade, não sou politico, se bem que por vezes se auto-denomine-se de animais políticos, seja o que for, representem o que quiserem ou da forma como o desejarem, desde que se fizessem algo de positivo já bom seria, não!?), mas como estou para falar do meu processo, que me domesticou, sou assim um animalzinho que pelo proveito de alguns, se acham que seja a coisa mais dócil, e sou-o ou um homem também não pode ser, mas tenho de me comportar como um animal? Não, comporto-me como um homem com o respeito que julgo ter, mas ser-se manso neste mundo é sinal de ter-se de fazer tudo ao agrado de todos. Faço-o sim, se o me merecem.


Mas ovelha é que não, não desprezando a qualidades deste animal que muitas qualidades têm, soubéssemos reconhecer isso quando trememos de frio (ás vezes de medo, tal é este mundo).

Eis que nesta selva, do salve-se quem puder como muito bem o sabemos, assim uns vão sofrendo com as atitude de outros, querendo fazer disto a mesma, eu prefiro ser o mansinho que viva a vida da forma mais descansada antes que tenha outro coice e passe ao próximo nível...

De manso nada, não quer dizer que não tenha a minha garra, mas não o é para actuar da forma como muitos erradamente aos meus olhos (esses enganadores, safados!) levam a vida como tal. Relaxem…

Fica aqui para posteridade a música que é, mas façamos um favor a nós próprios, não levemos isto tão à letra!...

Mais do que um país
Que a uma família ou geração
Mais do que a um passado
Que a uma história ou tradiçao
Tu pertences a ti
Não é de ninguém ...
Mais do que a um patrão
Que a uma rotina ou profissão
Mais do que a um partido
Que a uma equipa ou religião
Tu pertences a ti
Não é de ninguém ...
Vive selvagem
E para ti serás alguém nesta viagem ...
Quando alguém nasce
Nasce selvagem
Não é de ninguém


Sejamos uns selvagens quando nos é permitido, mas também comedidos de forma a não prejudicar os outros, é isso que realmente necessitamos.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Suportando o mar


Seremos nós construtores de sonhos, do nosso abrigo, sentamo-nos numa praia e assim nos deleitamos em construir os nossos castelos, castelos de areia que demonstram aquilo que desejamos projectar na nossa vida. Assim nos envolvemos em projectar tudo o que dá forma aos nossos projectos, a cada grão que compõe seria a um dos nossos muitos aspectos que compõem a nossa vida, assim que bem compostos construímos as nossas muralhas, aquilo que nos salvaguardará aos infortúnios que por vezes nos deparamos. E assim estão elas aqui para proteger de tudo o que nos quer deitar abaixo.

O mar, o medo, esse nosso medo que receamos chegar-se ao que projectamos construir, que a cada subida de maré, com a revolta das suas ondas, avance nessa direcção, rumo ao que projectamos na nossa vida assim no descuido de uma onda nos apague todos os nossos sonhos, aquilo que construímos transforme o nosso castelo de areia num areal que tão próprio já existia antes de colocarmos as nossas mãos, no trabalho e dedicação do que desejamos ver na nossa paisagem construimos e faz-nos apreciar a nossa obra. Uma pequena obra de arte, tudo o que fazemos é sempre isso. Somos obreiros do que fazemos na vida.

Muitas das vezes a natureza é uma força maior que o ser humano não consegue controlar, vamos impondo o nosso esforço por a cada grão façamos a nossas figuras que transmitam aquilo que do ser humano é capaz de demonstrar fazer, mas, tudo por muitas vezes retorna ao estado inicial, de um areal nivelado, que tentamos compor com a força humana em deixar a nossa marca, mas a natureza tudo limpa.

Assim é que por mais que façamos e construamos no nosso mundo, na nossa vida, tudo é limpo.

Tudo será esquecido. A natureza, a nossa faz deixarmos, a nossa obra e tudo voltará ao seu estado inicial para que quem mais venha deixe as suas e nunca nada restará, só tudo o que resta na nossa memória e a imagem que criamos, mas isso tudo irá um dia por certo.

Assim que o que o homem traz a natureza desfaz, é assim a vida, arranjamos sempre algo que nos dediquemos a preenchermo-nos dar a nossa utilidade a ela.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pensamento do dia...


A minha vida, daria um livro... e os criticos não passam sem ele.


Nuno Lopes

Estranho, não!?...


Estranha forma de vida, dizia a música, o fado. O nosso fado. Assim nos lamentamos dela. Uma vida tão estanha que procuramos decifrá-la, encontrar nessa estranheza que nos assola a vida que vivemos. Mas o que é estranho, será a vida, seremos nós, serão os outros? Tudo é estranho, tão estranho até muitas vezes assim estranhamos. Pensamos que tudo conhecemos, mas nada assim o é, que tudo nos assalta a vista. Mas realmente tudo conheceremos. Não! Nada. Então que vivamos nessa estranheza daquilo que a vida se chama. O não conhecimento fomenta a isso e nada ou tão pouco assim conhecemos, a vida os outros. Muito tentamos conhecer, aprofundar e mais assim tudo nos pareça tão estranho. Então que mundo é este que queremos não o achar mas que o é. Estranhezas nossas…

Um mundo que nos leva e permite a um conhecimento maior, a um auto-conhecimento, como assim por mais que vejamos respondidas as nossas respostas mais nos questionamos, que mundo este, o que somos, quem e por quem nos tomamos? Seres estranhos, assim pensamos, que coisas. A estranheza essa do que (não) conhecemos que nos toma, que faz-nos pensar o quanto somos.

Gostaria de muito desvendar, mas o mundo assim se me apresenta, indelevelmente estranho que tanto tenho empregar esta palavra estranha por si. Não que a seja de todo a nós que bem a conhecemos, mas, ao seu significado assim nos faça perguntar a tudo o que a ela se assemelha e emprega.

Nada para mim é desvendável tão claramente, tudo na sua complexidade, é de forma certa por si só um problema que nos faz realizar as suas formulações.

D’estranhar assim tentamos, num mundo, de homens e seres como estes que nos leva à nossa forma de percepcionar e compreender as coisas que se nos entranham em nós, tal como diria o provérbio.