sexta-feira, 28 de maio de 2010

Vazios


Mas que vazio é esse que se vai apoderando do ser humano, a ausência da nossa essência que nos vai faltando, uma falta interior. Todos nos devemos cultivar, preenchermos de forma anular esse vazio, e é notório que por mais que nos cultivemos vai existindo um vazio maior, então como é possível ele existir quando mesmo assim nos tentamos preencher. O vazio existe sempre. Por muito que sejamos pessoas ricas interiormente nunca está ausente. O pior é quando ele se torna numa angústia.

Observamos o nosso mundo e assim pensamos o vazio que existe entre pessoas, ou assim, o vazio que existe entre nós e os outros, é assim uma distância que nos impede uma tal aproximação que sentimos a frieza deste mundo. Pensamos, um mundo vazio de pessoas vazias com mais um vazio de ideias. Assim é as ausências que notamos neste mundo.

Como lidamos com estes vazios, não o sabemos, é a falta de algo nas nossas capacidades que nos faltam para construir uma personalidade que nos constitua como seres preenchidos e regidos pelos nossos valores. E eles mesmos assim também nos faltam, valores, ausência deles que fazem do ser humano, pessoas menos instruídas interiormente.

Existe na maior angustia do vazio, o perder aquilo que mais amamos, sentimo-nos perdidos, da nossa maior natureza, e algo que nunca mais conseguiremos repor o que tínhamos anteriormente, coisas que ficam em nós e nos deixam as nossas marcas e um vazio maior, assim vemos com o vazio e ausência estão por demais interligados.

Mas como podemos preencher o que nos falta? Instruindo-nos. Arranjando formas de preencher o que pode ser a fórmula do nosso equilíbrio a que os pratos da nossa balança nunca penda para o lado mais negativo, que sinal será que estamos a cair num vazio que tão difícil será sairmos e ele pode ser muito infinito por si e nunca mais acabar. Precisamos assim de soluções para lidar com ele, aceitar nem que seja, e deixar nesse vazio o que não mais nos interessa.

Olhamos para tudo e o que vemos são coisas vazias, representadas de pouco interesse, ou que nada nos preencherá, e cada vez mais precisamos delas para nos preencher, mas que por vezes em bens materiais que de que pensamos o que pode preencher essa falha eles não tem uma essência interior que nos dê o alento que precisamos, tornam-se assim por certo, ás vezes coisas fúteis e inúteis. O que precisamos é de encontrar o nosso e equilíbrio e a nossa paz e isso é a nossa maior riqueza, algo que nos fará ver o valor que nós somos e temos, nossas capacidades.

Em cada coisa existe sempre um e os seus vazios, a cada pessoa, a cada olhar, a cada palavra, em sentimentos, memórias, pensamentos, acções, vazios d’alma que por a cada modo não consegue se despegar da ausência do vazio que nos acompanha.

Vivemos assim num mundo vazio, mesmo pela companhia que nos rodeia, assim nos sentimos, e cada vez mais, revela que ao preencher a nossa individualidade criamos esse vazio e essa frieza humana que toca nos relacionamentos que giram ao nosso redor. Não reparamos que precisamos dos outros para nos preencher, e assim vemos que não estamos sozinhos neste mundo, mas podemos senti-lo connosco próprios, e será esse o nosso mal, precisamos de valorizar a nossa companhia, saber estarmos connosco.

Assim se pergunta, o que fazemos para afastar o vazio que nos persegue? Quando vemos algo encontramos a resposta do que nos pode preencher. É aqui que pode estar o antídoto à nossa doença.



De meros vazios se constrói o recheio da existência
humana.

Hugo Hofmannsthal

terça-feira, 25 de maio de 2010

Os nossos medos


Todos nós temos os nossos medos é natural, mas tentamos assim controlá-los não sejam eles que tomem conta de nós, e isso é preocupante e transtorna-nos, e pior que os medos, é ter medo do próprio medo.

Vivemos amedrontados sobre isso, o controle sobre eles pode-se revelar por vezes incapaz, e como conseguimos isso, conhecendo-nos a nós próprios, tentando nos dominar a nós e a eles, só que por certo são coisas que se revelam inconscientemente que entramos em pânico.

Posso ter os meus medos e não fujo a isso, ou melhor são ele que me procuram, mas a mim, não tenho medo da minha pessoa do que sou e isso revela o que já me conheço, preciso foi ir demasiado fundo para entender o meu lado mau é incapaz de fazer algo que me transtorne, mas como não se podem dominar como se algumas forças superiores se tratassem podem querer marcar a sua presença, mas existe sempre o medo, por mais conheçamos e achemos que nada de mal nos façamos, existe o lado irracional que pode revelar assim que à nossa integridade possamos fazer algo que nos seja prejudicial. Mas quando os conhecemos é a forma de nos controlarmos, e tê-los sobre domínios.
Mas nós fugimos deles, não os queremos conhecer, temos receio, medo de os confrontarmos e assim vivemos sobre o clima do medo.

Saber dos nossos medos é conhecermos nós próprios, mas também ele pode ser a nossa segurança face ao perigo e isso revele ansiedade que provoca, só que não sabemos a razão desse medo ou da situação que vamos lidar, assim estamos perante dois cenários, aquilo que imaginamos e o que vamos ter de lidar e pode ser mais complicado lutar contra o medo que a situação que nos confrontamos e situação essa que pode ser da maior simplicidade.


Parecemos estar hoje animados quase exclusivamente pelo medo. Receamos até aquilo que é bom, aquilo que é saudável, aquilo que é alegre. E o que é o herói? Antes de mais, alguém que venceu os seus medos. É possível ser-se herói em qualquer campo; nunca deixamos de reconhecer um herói quando este aparece. A sua virtude singular é o facto de ele ser um só com a vida, um só consigo próprio. Tendo deixado de duvidar e de interrogar, acelera o curso e o ritmo da vida. O cobarde, par contre, procura deter o fluxo da vida. E claro que não detém nada, a menos que se detenha a si próprio. A vida continua sempre a avançar, quer nos portemos como cobardes, quer nos portemos como heróis. A vida não impõe outra disciplina - se ao menos o soubéssemos compreender! - para além de a aceitarmos tal como é. Tudo aquilo a que fechamos os olhos, tudo aquilo de que fugimos, tudo aquilo que negamos, denegrimos ou desprezamos, acaba por contribuir para nos derrotar. O que nos parece sórdido, doloroso, mau, poderá tornar-se numa fonte de beleza, alegria e força, se o enfrentarmos com largueza de espírito. Todos os momentos são momentos de ouro para os que têm a capacidade de os ver como tais. A vida é agora, são todos os momentos, mesmo que o mundo esteja cheio de morte. A morte só triunfa ao serviço da vida.

Henry Miller

Assim também por vezes temos o nosso medo de vencer na vida, é porque é que isso nos provoca, somos nós face ao desconhecido, e é isso que nos provoca o medo, traz-nos a insegurança e desarma-nos perante aquilo pelo qual devemos lutar, combates da vida que por alguma vez nos tomba, mas mais medo virá se não nos conseguirmos levantar, então o medo existe em todo o lugar, em todas as coisas, mesmo que por vezes não nos apercebamos disso, é um medo camuflado que nos pesa sempre.

Ultrapassa-se os medos confrontando-os e conhecendo-os, mas nada disso invalidada que ele continue a fazer o seu trabalho e estando presente na nossa vida teremos ter o nosso destemor para o vencer, e isso faz-se na face dele próprio.

Quando conseguimos ultrapassar isso sentimo-nos vangloriados (não destemidos de todo pois ele nunca nos abandona) mas faz-nos revelar que conseguimos contornar certas situações a que nos confrontamos, e esse é o nosso medo de lutarmos contra ele, mais ainda se perdemos para ele, grande derrotados seremos e mais as situações que temos de lidar não antes que ele nos faça paralisar perante isso.

Que a coragem vença o medo, e ele perca a sua de nos atormentar, assim conseguiremos viver a nossa vida na maior plenitude.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A razão do homem, ou o homem da razão...


Todos nós nos achamos donos da razão, mas será que somos mesmo? Não, não somos. A razão ganha-se ou perde-se e o que fazemos por conquistá-la, não nos podemos achar donos de uma coisa que materialmente não a possuímos. Isso é um corpo imaterial que assim chamamos, uma coisa que definimos mentalmente e enquadrado nos nossos valores e conceitos, assim é que para mim o que é uma razão pode não o ser para outrem.

Tal como se ela conquista, podemos perdê-la toda em momentos de conflito, o que assim o é que, que achamos tão donos dela que nos dá ao direito de agredir alguém. Mas perdemos tudo aqui, mais que a cabeça, a nossa razão, não se enquadra no conceito de diálogo agressivo que podemos ter.

Custa muito conquistá-la, tal como o mérito, é um longo e árduo caminho, mas pode-se esvair-se das nossas mãos, quer-se dizer, da nossa mente, em breve segundos, o que revela a nossa falta de auto-controle.

Confundem-me os pseudo-moralistas, que nos impõem as suas, como achando que não temos a inteligência, a capacidade, de podermos definir e as razões que podemos aplicar na nossa vida, nas nossas coisas. Assim se acham como donos de nós e que seremos deles dependentes. Nada mais errado, somos pessoas que na nossa individualidade podemos dar os nossos significados, e não estamos limitados pelos outros, ou o que acham ou pensam. Não sendo donos, temos o direito de comandar as nossas razões.

E a razão é assim a nossa forma de fazermos valer o nosso valor, precisamos dela e não podemos despender, mas, temos de ver que outros terão as suas e não deveremos impor, poderemos assim chegar a consensos, mas a razão não é nenhuma ditadura. Pelo contrário é uma forma livre pelos nossos conceitos de geminarmos por eles e assim evoluirmos daquilo que chamamos a razão e ao que ela nos guia.

Precisamos dela para as decisões da nossa vida, estando ao nosso lado ou não, mas não podemos viver sem ela, se então assim como podíamos tomar as nossas decisões? Digo-o que não o seriamos capazes, éramos assim imobilizados pelo que nos dá o nosso poder de iniciativa.



Louco não é o homem que perdeu a razão. Louco é o homem que
perdeu tudo menos a razão.


Gilbert Chesterton

Dirão assim que somos loucos sem ela, e que nem por vezes que nem o seja de todo, pois a razão e a loucura estão de braços dados e tão ténues são as coisas que as separam. Assim que precisamos de cultivar e alimentar a nossa razão para que não nos tornemos uns eternos loucos, mas se o formos que tenhamos as nossas razões e que isso não nos falte…

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A mentira



A mentira essa coisa que todos condenamos, mas que tanto faz parte do nosso dia-a-dia, e qual a razão para por vezes se ver a sua prática? Existe de várias formas com a intenção deliberada de prejudicar o outro e para usufruto próprio (que sim, é condenável estas acções), para nos salvaguardar ou assim por vezes para educar e entra tipos subtipos de mentiras muitos haverá que se enquadre nisto.


Mas o que levo à reflexão é quando mentimos a nós próprios, quando o precisamos de fazer para nos criar um escudo que proteja de certas coisas que nos dão a intenção de nos magoar e temos de fazer com que não acreditemos nisso, ou assim é também uma forma de acreditar no sentido que tentamos criar uma ilusão que nos faça sonhar, assim que nem de todo se condene a mentira quando por razões ela se torna necessária nossa sobrevivência no sentido que mentalmente certas verdades não nos se agravem em nós a certos estados.


Mas a ilusão, ou seja, a pequena mentira que criamos é uma forma de acreditar, uma forma de criar um objectivo (se não o for na forma mais insuperável) que precisamos de transpor à nossa vida para lhe dar o seu sentido.


Mas, seremos nós tão claros como água? Tão verdadeiros connosco próprios? Não me caberá a mim responder, saberemos na nossa plena consciência aquilo que somos e do que somos feitos, mas a mentira, que duma forma inconsciente a que por muitas vezes nem lhe damos por isso nos atraiçoa ou não a nossa razão.


Ao que escrevo sobre mentiras, pode ter as suas verdades…





A mentira é tão frequentemente utilizada que o seu sentido ultimamente parece tender a ser banalizado. Segundo as estatísticas (citadas por Roque Theophilo), mentimos cerca de 200 vezes por dia e em média uma vez por cada 5 minutos.

Começando pelos falsos elogios - p.ex, essa saia fica-te mesmo bem -, passando pelas desculpas "esfarrapadas" - p.ex., não pude fazer os trabalhos de casa porque faltou a luz - ou pelas mentiras descaradas, chegam mesmo existir casos em que os pais, que parecem tão preocupados quando os filhos mentem, os incitam a mentir - p.ex. quando lhes pedem para dizer que eles não estão em casa.

A mentira pode surgir por várias razões: receio das consequências(quando tememos que a verdade traga consequência negativas), insegurança ou baixa de auto-estima (quando pretendemos fazer passar uma imagem de nós próprios melhor do que a que verdadeiramente acreditamos), por razões externas (quando o exterior nos pressiona ou por motivos de autoridade superior ou por co-acção), por ganhos e regalias (de acordo com a tragédia dos comuns, se mentir trás ganhos vale a pena mentir já que ficamos em vantagem em relação aos que dizem a verdade) ou por razões patológicas.

Na infância mentimos para nos isentarmos das culpas. Muitas vezes os adolescentes descobrem que a mentira pode ser aceite em certas ocasiões e até ilibá-los de responsabilidade e ajudar a sua aceitação pelos colegas.

Algumas crianças e adolescentes que geralmente agem de forma responsável, podem cair no vício de mentir repetidamente ao descobrir que as suas mentiras saciam a curiosidade dos pais.
Para alguns investigadores, as crianças aprendem a necessidade de mentir (p.ex. não demonstrar descontentamento com as prendas recebidas sob pena de não receberem mais) tão cedo quão mais inteligentes forem.

Face à sua frequência, existe uma certa tendência para banalizar ou até catalogar a mentira como positiva - a "mentira branca" é considerada como uma forma de facilitar a integração na sociedade, e muitas vezes os que não a utilizam são catalogados como ingénuos -, mas há que não esquecer que durante toda a história da humanidade a mentira causou muitos sofrimentos e fez derramar muitas lágrimas sobretudo quando projectada sob a forma de calúnia

Quando as crianças ou adolescentes mentem, os pais devem conseguir distinguir entre a realidade e a mentira e falar abertamente com eles sobre os aspectos pejorativo da mentira, e as vantagens que a verdade lhes trará. Em casa a criança deverá encontrar exemplos de verdade e honestidade que fomentem a sua atitude de sinceridade.
Durante os primeiros anos as crianças não distinguem a realidade da fantasia, mas cedo começam a utilizar a mentira por proveito próprio.

Sensivelmente por volta dos 7 anos as crianças já têm capacidade para distinguir claramente o verdadeiro do falso, e os adolescentes passam a conseguir discernir com relativa facilidade quem está a mentir ou a ser sincero.

A mentira existe ao longo de toda a escala patológica. A saúde mental só é compatível com a verdade. De nada serve querer acreditar que o nosso familiar não faleceu quando na realidade isso não é a verdade, de nada serve acreditarmos que somos capazes voar se na realidade não temos asas.

Nos estados neuróticos, a mentira pode surgir com base numa incapacidade da consciência aceder a factos recalcados e que se encontram no nosso inconsciente, ou por problemas de auto-estima e auto-imagem que despoletam a necessidade de fazer passar uma auto imagem melhor do que a que acreditamos ter.

Nos estados limite, a mentira aparece frequentemente devido à falta de barreiras externas que balizem o comportamento. Esta situação surge frequentemente em filhos de pais muito repressivos ou demasiadamente permissivos.

Nas psicoses, a mentira surge na forma de delírio, uma descrição que as próprias pessoas admitem como verdadeira, apesar do seu aspecto frequentemente bizarro, devido a uma quebra de contacto com a realidade

A mentira pode ainda surgir como uma dependência, quando dita de uma forma compulsiva. Os dependentes da mentira sabem que estão a mentir mas não se conseguem controlar, num processo que surge de uma forma muito semelhante ao do vício do jogo ou à dependência de álcool ou de drogas.

Esta incapacidade em controlar os impulsos é causadora de um sofrimento nítido razão pela qual deve ser alvo de tratamento. Nos dependentes da mentira, o primeiro passo a dar consiste em assumir que existe um problema e de seguida procurar ajuda para esse mesmo problema. A nível da abordagem terapêutica o tratamento passa geralmente pela realização de uma terapia psicológica.
Ao nível das provas psicológicas a mentira pode obviamente influenciar a validade dos resultados ou pela tendência do sujeito em simular um desempenho superior (faking good) ou inferior (faking bad) ao da realidade.


Por estas razões grande parte das provas psicológicas apresentam formas de controlar a veracidade das respostas quer a partir da própria atitude do sujeito a analisar quer mesmo através de índices de consistência interna, teste-reteste ou confrontação com familiares e amigos próximos. Entre estas formas de dissimulação revela-se frequentemente também averiguar até que ponto as simulações surge de forma consciente ou inconsciente relativamente ao sujeito.


sábado, 15 de maio de 2010

Estados de raiva


Pergunta-se o porquê deste sentimento? Porque revelamos isto e contribui para a nossa humanidade. Que coisa tão natural do homem em destilar a sua raiva, para com os outros ou assim as frustrações de quem nada tem culpa.

Mas não sabemo-nos controlar, tomar posse desse sentimento e medi-lo por nós próprios? Raiva é uma doença, precisamos de ser vacinados por isso, precisamos de nos conter sobre este sentimento, por muitas vezes agride e denegrida quem nos está próximo, ou até, contra nós próprios.

Sentimos essa raiva que não sabemos de onde vem, talvez do nosso âmago, do fundo de nós que por vezes não conseguimos por um travão ao que sentimos e despejamos em cima do que tão pouca culpa tem. Porque fazemos isso? Juro para mim próprio, que não o compreendo e tento arranjar uma justificação para o fazer. A raiva do ser humano é o lado mais degradante de si.

Um lado que demonstra não ter a sensibilidade, de conter os momentos de fúria, que se soubemos auto-controlar, revela que o poder que exercemos sobre nós e dá-nos a segurança de sermos pessoas das melhores capacidades que podemos demonstrar.

Deveremos nós guardar essa raiva? Digo que o despejemos cá para fora pois sabemos o mal que nos faz, soltemos um grito dela, mas distantes de tudo e não próximo dos outros. As características que nos fazem são naturais a nós próprios, mas existem valores morais que se sobrepõem a isso, então que tenhamos a nossa moral de tratar bem quem o merece ou que não o seja, mas não estilizemos a nossa raiva nos outros.

Quem o faz assim demonstra a segurança em si próprio.

FILOSOFIA Sêneca e a Raiva 1 3

FILOSOFIA Sêneca e a Raiva 2 3

FILOSOFIA Sêneca e a Raiva 3 3

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Pensamento do dia...


O que mais me impressiona nos fracos, é que eles precisam de
humilhar os outros para se sentirem fortes...


Gandhi

sábado, 8 de maio de 2010

O centro do mundo


Todos nós vemos a forma como o mundo nos rodeia e circunda em nós, pensamos para nós que aqui é e somos centro de tudo e todas as decisões, olhamos como as pessoas se movem em torno de nós e achamos que todo mundo gira à nossa volta, todos acharão assim, mas nada de mais errado no nosso pensamento. O que se quer dizer que por vezes tornamos o nosso umbigo no centro do mundo.

É certo que muito gira em torno de nós, mas, também nós giramos em torno de outras coisas, o que assim é, que estamos todos a fazer circunferências e rodeamos tudo o que faz parte deste mundo, o que não existe aqui nenhum centro que possamos tornar referência naquilo que faz mover o mundo, tudo é movimento, e isso é vida.

Porque é que nos tornamos, ou assim queremos tornar o centro de tudo, por vezes desejamos toda atenção que incida sobre nós, é natural, e precisamos disso, mas só que acontece que ao pedirmos isso tornamo-nos tão ambíguos que não enaltecemos o que se prestam a nós.

Somos satélites que num espaço giramos em torno de um planeta e a nossa missão é cumprir a nossa rota, por vezes a cuidado de não chocar, tornamo-nos nós também planetas naquilo que achamos e tudo o que nos rodeia e tudo assim, os outros, os nossos satélites, na nossa órbita, mas todos temos esse pensamento, que então, eu sou um planeta, tu és um planeta, ele é um planeta, só que temos de ver que tudo o que gira sobre nós também nós giramos sobre uma coisa que se chamará uma estrela, solar, então vamos girar sobre aquilo que nos dá a luz e a nossa referência à nossa rota e assim poderemos considerar que existe sempre alguém a que torno deste temos de cumprir a nossa obrigação de todo o nosso universo, o que se quererá dizer que também temos de fazer pelos outros o nosso dever.

Por muito paramos e apreciamos o mundo como gira e pensamos que no nosso centro do universo ninguém dá por nós, só que no universo não existe nenhum centro, então que assim é não o podemos tornar na nossa vida, merecemos captar a nossa atenção, mas não torná-la obrigatória.

É muito curioso quando olhamos para isto vemos de uma forma distorcida da realidade, o que aquilo que achamos não é a aquilo que é, o que cumprimos a nossa missão aqui mas não somos seres superiores a nada, teremos a nossa relativa importância, mas essa superioridade e acharmos o centro de tudo é errado.

E isto torna o nosso lado mais egoísta a tentar absorver tudo para nós, todos o fazemos, só que teremos de lembrar aquilo que absorvemos tais como as esponjas ao que se vai tornando mais pesado e as pressionarmos vão deitando gotículas e escorrendo pelo corpo que serão os outros e tornando tudo mais leve, o que se quer dizer que necessitamos dos outros para lavar a pele que em nós se vai tornando cada vez mais sebenta, então que isto se diz que o que gira em torno de nós são os outros, mas, também temos de rodear os outros e darmos essa atenção.

Que esqueçamos o egoísmo que por vezes nos marca e criemos o movimento que se necessita na vida, e criar novas formas de interligação entre todos.

É assim este e o nosso universo, o centro de tudo e de nada…

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Chocolate, o reconforto d'alma


Tudo indica que o chocolate é melhor anti-depressivo que se pode ter, revelado por um estudo recente que as pessoas em estado de tristeza ou depressivas tem a tendência em consumir mais deste pequeno alimento que nos reconforta.

Além disso tem um efeito terapêutico e psicológico, pois quando nos abstraímos a saborear um pedacinho faz-nos apreciar que nos vamos esquecendo de tudo ao nosso redor, entramos numa transe que isto nos dá, assim que o sabor que adquirimos sobrepõe-se aos nossos pensamentos.

E nós sabemos bem disso, um chocolate quente num dia frio aquece-nos o corpo e a alma, faz-nos sentir mais acolhidos, ou uma pequena barra faz-nos soltar a nossas pupilas gustativas, como assim que tão bem sabemos o bem que nos faz, que não em exagero, pode assim confortar-nos o nosso corpo e mente.

Que quando sentirmos mais em baixo nos deliciemos, e não precisa de receita, a não ser para fazer uma bela musse de chocolate! :)
TVNET - Chocolate e depressão estão ligados, falta saber como

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Agradecer é uma dádiva


Agradecer é dizermos às pessoas que valorizamos pelo acto que nos prestam, e tão poucas as vezes agradecemos, por tudo, pelo que nos fazem, pela vida, pelo que nos é permitido, pelo que recebemos, tudo merece uma palavra de agradecimento. Agradecer é reconhecer e valorizar o que a vida nos permite, assim que é desejável que o façamos.

Temos de dizer, por certo muitos merecem estas palavras e reconhecem e mais se dedicam ao apoio a que nos oferecem e assim valorizar o que nos é permitido, faz ver que um singelo agradecimento tem o maior valor que se pode prestar.

E em pequenas coisas isso pode ser importantíssimo, ao que numa situação mais especifica damos o valor a quem nos oferece a sua ajuda.

Muito disto é reconhecimento da pessoa, da estima a que lhe damos e o respeito a que lhe é merecido, ao que fazermos isto estamos, no nosso intimo a revelar que o desejo a que nos é dado, teremos de dar um significado de agradecimento, pela maior ajuda a que um ser pode demonstrar a nós, ao que sabermos isto faz-nos instantaneamente darmos a nossa palavra que oferece o maior valor que se pode receber, não por muitas vezes não é o dinheiro que paga isto, são palavras que valem por muito mais.

Sabermos agradecer à vida é reconhecer o que tudo nos permitiu, e mais a nós próprios, é aceitarmos tudo e valorizar cada momento, cada instante ou situação, é tudo o que é da vida e dele faz parte, temos de o fazer, é sinal do nosso reconhecimento perante tudo.

Que tenhamos a coragem de o fazer, não podemos os guardar como tivéssemos a poupá-los perante alguma crise, em crise estamos nós ao não fazemo-los, ao que isto é mais que um investimento, investir na valorização das palavras e das pessoas.

Temos de saber agradecer, estamos a perder isso e quem o faz começa a ser olhado de lado, não pode ser! É isto uma coisa natural, e isto é uma dádiva assim que a vida nos permite.

Bem dizemos a vida é uma dádiva, mas agradecer é a dádiva da vida!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Anedonia




Este termo significa que a própria pessoa não consegue retirar prazer das coisas prazerozas, que anteriormente tinha na vida, a palavra prazer não existe, a própria pessoa ressente-se por não conseguir algo que anteriormente tinha.

Associado a doenças unipolar, bipolar, esquizofrenia, ou outras, fazendo parte do quadro clínico.

Como pode uma pessoa viver uma vida sem prazer, ou em pequenas coisas simples que anteriormente o tinha, podemos tentar explicar que isto é tal como se uma mulher frígida, em que não consegue o mesmo, mas, isto pode-se tratar em pequenas coisas, até na sua própria sexualidade.

A pessoa tenta encontrar o prazer que é isso que motiva na vida, mas muitos quando notam que não o tem vêem na vida algo sem motivo o que leva às pessoas a que viver sem prazer não lhes dê o motivo que necessitam.

Assim que isto leve por vezes a desesperançar e pôr termo a um fim, que não se sentem motivados.

A própria vida é um prazer que podemos retirar e como podem viver estas pessoas sem isto, torna-se por vezes um fardo para elas.

Tem as pessoas de redescobrir aquilo que lhe podem dar, o prazer que podem encontrar para viver e assim sentirem-se gratificados pelo que se pode fazer e que disso retiram.

A problemática é que isso acompanha essas doenças, e nestes estados torna-se complicado retirar coisas na associação destes sintomas e dar a volta para sentir isso, quer-se dizer que a pessoa vive anestesiada que o que o pouco que consegue retirar é nefasto.

A própria vida é prazer, tudo! E sem isto a sua essência de viver é praticamente nula.

As pessoas tem de encontrar em certas coisas que lhe o dêem, e muito difícil é descobrir isso e sentirem motivados a viver, e é isto que falta motivação e poder de iniciativa.Sem prazer nada se faz e tudo é e torna-se penoso… é este o significado de se viver!

sábado, 1 de maio de 2010

Vidas apagadas


Quantas vezes, ou por vezes até, não nos apeteceu desaparecer por um segundo? Quando até por certo por alguma determinada situação fugir dali! Acontece-nos. Fugir pode não ser a solução para nada, mas, precisamos de encontrar segurança e certos momentos põe-nos a descoberto que perdemos o nosso controlo ou não conseguimos dominar a situação. É natural isto acontecer, ou muito frequente. A nossa tendência de procurar segurança, perante situações que nos deixam transtornados faz parte do ser humano.

Mas mais situações existem, até por mais complexas e muitas vezes dolorosas pelo que acontece.

É pouco transparente na sua globalidade, mas vamos tendo sempre conhecimento de um caso ou de outro. Pessoas raptadas, pessoas que deixam um vida para trás em busca de algo novo, por muito até quebrando laços que os ligavam, pessoas (estas até) que desaparecem sem rasto, outras assim pretendem apagar uma vida, muitas razões existem e dentro disto tem as suas razões para seguir os seus caminhos. Mas nem todos, algumas partes não conseguem ter a capacidade e discernimento para praticar estas situações que por algum motivo de doença mais forte. Ou mais extremo ainda por termo a uma vida que se apresenta dolorosa e assim decidem cometer formas trágicas de desaparecer.

Mas e o que fica disto? A dor de quem lhes é próximo, o sentimento de tentar recuperar quem sentem que estão a perder, o seu afastamento é doloroso, levando muito destas pessoas à sua incapacidade, desesperança e ao sofrimento a que estão sujeitos.

Cada pessoa terá as suas razões a que não se critica, mas o outro lado que deixam ficam ao desabrigo da vida e alheios na esperança de lhes chegar novos ventos, noticias, recuperar a sua perda e poder abraçar o que mais amam.

Vidas… as razões delas! Nunca sabemos… mas que isso possa não acontecer, é preciso valorizar cada peça do nosso tabuleiro.

Às razões a que isto se permite até, pode ter a sua própria razão da pessoa não sentir-se no conforto da vida que vive e leva a tomar decisões radicais.

A complexidade de isto tudo, leva a que muitas pessoas mirem no horizonte, um barco que possa chegar e não tenha sido levado pela tempestade e assim morrermos na praia…


Em Reportagem: 1096 dias