sábado, 31 de julho de 2010

Pensamento do dia...



Antes vivia a vida e não pensava nela, agora penso e não vivo como devia.

Nuno Lopes

Receitas do amor


Existem sempre na nossa vida desamores que fazem parte do nosso percurso. Quem sabe nunca esquece, ou assim tenta-se esquecer por tudo, mas as recordações ficam sempre. É doloroso quando amamos alguém e tudo termina, ficamos nós a olhar o infinito sem que possamos assim fazer por ter a nossa companhia que tanto desejamos e ficar no momento apreciar a bela paisagem, mais que isso é o saborear a nossa companhia, mas, assim ficamos perdido e sozinhos no mundo, amar o vazio. Talvez não se ame, chora-se.

Tudo o que fazemos, projectos, dá-se por um fim, e assim teremos de voltar ao nosso ponto de retorno. Começar tudo de novo, ir em busca de um novo amor, o que, nos faça esquecer a nossa dor e alivie o sofrimento que de tudo damos por uma relação. Alguns por isto desistem, o cansaço que se torna da dedicação que se dá a uma relação, o que se exige assim faz que optem por estar sozinhos, mas nunca deveremos fechar a porta, porque ficamos assim apanhados sempre sozinhos, e isto é como um carteiro que certo dia nos irá deixar a correspondência em casa. Ou melhor veremos correspondidos em outro alguém.

Não conseguimos escapar ao fim de uma relação, muitas vezes o adiamos, o inevitável, ou por comodismo deixamos andar, mas também por alguma parte se vai sofrendo, ao que o amor, o que se deposita numa relação vai deixando de fazer o seu sentido, destroçam-se corações assim…

Amar é querer o melhor bem, é o desejo de estar com aquele de quem se gosta, é demonstrar o nosso sentimento, e para alguns isto tem um prazo, a paixão ser sobre um ponto de vista mais irracional que o amor, isto será mais ponderado, mas existem muitas formas de amar, não a fórmula certa, somo nós que o fazemos.

Quem nos ensina o que é o amor é quando temos algo que nos faz assim despertar este sentimento, quando nos ultrapassa de nós aquilo que por alguma vez o que pensamos o que seria o amor, amar é entregar-se de si, só que de tanto, por vezes quando se o perde, saímos esgotados, cansados, o que demos levou-nos à saturação de não conseguir preservar os nossos desejos e intentos.

Poderá só uma pessoa amar, sim pode. Mas, isso não será a forma mais resistente de consolidar uma relação, muito menos avançar ou então findar o que já ia dando os seus sinais de um fim próximo. Tudo pode acabar e continuar amar, mas nada disso é saudável ao que nos leve ao maior e mais extremo dos sofrimentos.

Precisamos de controlar o amor, e conseguimos? Não de todo, ele próprio é que manterá o seu controle sobre nós, somos comandados por ele, seguimos os caminhos que o amor nos gere a forma de amar, gostar e viver.

O amor está em tudo, conquistamos, no árduo trabalho para o conseguir, e tão depressa pode esfumar-se. Foge assim o mundo aos nossos pés.

Amar, amar, já pouco se vai valorizando isto do que se exagera nesta pequena palavra, num uso um pouco exagerado e pronunciar-se sem que o próprio amor resida em nós, assim vemos a saudabilidade de uma fruta sem o sabermos podre que reside no seu interior, até que abrimos e teremos de deitar fora, se por distracção assim provamos nos irá causar muitas dores de barriga.

Não damos credito ao desamor. Mas muitos vivem com ele, talvez não o queiram admitir, ou se iludam, acreditando no desejo que o amor venha salve e recomponha tudo, talvez possa haver esperanças, mas somo nós que as criamos, e mais que isso aplicamos na nossa vida o amor que nos falta.

Que dêmos a (ou tanta) importância que o amor nos merece…

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Pensamento do dia...


O pior não é, quando temos poucas certezas. É quando as dúvidas se instalam...
Nuno Lopes

A olho nú


Esses caçadores de almas, sempre atentos num olhar, critico, perspicaz, vagabundeiam tudo na esperanças capturar uma imagem, pode ser um pequena imagem que se torna grandiosa, que transmite emoções, mesmo que mortas serão sinais de vida, movimento, envolvência, frieza ou calor, muito poderemos assim desmistificar cada uma, cada detalhe, que nos transmite. E elas transmitem muito, tem uma mensagem por detrás que poderemos retirar as nossas interpretações, assim que o mundo sem fotografia não seria nada.

Muito disto ficará para a posterioridade, na lembrança e recordação de todos nós e isto será sempre relembrado. Aqueles que demonstram a sensibilidade de um bom olhar, de no momento certo, com o seu instinto assim apanhar um enquadramento do que pode estar por detrás da visão de uma lente.

Aos poucos a fotografia vai perdendo a sua magia, o carisma de pegar, tocar num pedaço de papel e sentir o que realmente é, torna-se tudo tão tecnológico e digitalizado que a essência dela própria aos poucos vai-se confinando ao passado. Ainda assim vão existindo uns pequenos entusiastas desta arte, os puristas como assim lhes chamamos, e dando arte a um click.

Muitas obras perduram até hoje, de uma visão tridimensional que nos acerca os sentidos que quase nos parece estarmos envolvidos na realidade, este é o poder da fotografia, daquilo que uma imagem nos possa transmitir, de um poder imenso que por vezes nos toque e desperte sentimentos e emoções.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Pensamento do dia...


Uma moeda quando gira e cai, existe sempre uma face que fica para cima e outra para baixo, assim é o lado que separa os ricos dos pobres... e este, o poder capital que exerce sobre nós.
Nuno Lopes

Notas soltas...


A minha vida assemelha-se a uma orquestra, sou o compositor dela própria, quem lhe dá rumo à obra que pretendo, sou a referência e quem toma o comando de cada conjunto que se particulariza na vida, esse conjunto serão as demais situações, tudo que se enquadra na minha vida, cada instrumento e o músico que toca para mim (esta as pessoas). Aquilo que compõe o meu conjunto é a parte envolvente da minha vida, é o que faz dela e sem eles me veria impossibilitado de extrair a banda sonora que me vai acompanhando.

Tenho muitos ensaios que preparar, o que digo que nela nada é, e ou eu o estarei projectar, a minha inexperiência, o trabalho, a dedicação de poder demonstrar a minha obra, o que componho ao mundo é o objectivo por que eu me faça valer. Estamos constantemente a ensaiar, a dar corpo às nossas composições a que se chegue um dia que possamos tocar (e encantar) o nosso demais público que nos acompanha. Este público será a parte exterior que faz parte de nós, é o mundo que nos rodeia. O que é parte da nossa vida é o acompanhamento de mim, ou assim os membros da minha orquestra.

As grandes obras que aqui deixamos é um conjunto da parte, ou assim, uma parte do conjunto da nossa vida, é tudo o que contribuímos neste mundo. Assim pensamos eu não tenho capacidades para ser maestro. Mas, nós já nascemos com certas capacidades para compor, ao resto serão os nossos ensaios que nos permitirão assim acertar no e dar ritmo pretendido. É certo que nos deparamos com muitas desafinações, mas a isto chamaremos a persistência de tentar melhorar e obter uma obra melodiosa.

Que grandes concertos (ou os que por vezes temos de fazer na nossa vida, mas, que aqui neste pensamento, enquadramos dos nossos ensaios) sejamos capazes de apresentar e que por fim de tudo, sejamos reconhecidos pelo que de nós faz parte e da nossa música de vida, e no findar disto recebamos a maior ovação pela nossa obra, de vida.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Pensamento do dia...



Para alcançar um fim, a Paz... utiliza-se a Guerra como um meio!

Nuno Lopes

Viver não é questionar?


Não vivo sobre dogmas e tudo na vida tem e terá as suas razões, o que para mim e que acho que a razão de que vim marcar a minha presença neste vasto mundo, terá sempre a sua razão, para mim tudo tem uma razão (questionemo-nos sobre elas) e se a vida também a tem, então teremos de fazer o exercício natural de questioná-la. Todo o pormenor merece a nossa reflexão, merece que aprofundemos e nos lancemos às duvidas que nos se criam. É isso a vida, um exercício que ao que digo faz parte dela, que tão pouco descuremos e vivamos no facilitismo de que as respostas venham até nós.


Eu não me sento a mirar o horizonte e ver tudo o que se passa. Tento pensar na forma como tudo se cria na transformação desse cenário que se me apresenta. Então que estou a ir mais além dos meus sentidos, estou a tentar usar a minha capacidade lógica de ligar àquilo que vejo, ao que penso e se tudo conjuga naquilo que possa acreditar. E muito do que os nossos sentidos nos apresentam é uma forma de deturpada de percepcionarmos as coisas, ao que teremos de colocar a e em causa se o que nos invade é o real desse mundo. Nós vivemos um mundo imaginário. Em tudo. Tudo na realidade, faz parte da imaginação, embora pensemos o contrário, a imaginação da nossa mente a trabalhar e tudo o que cria é a unicidade que nos particulariza, mas, questionar a nossa imaginação é sabermos ter a capacidade de ir mais além de nós. É isto a forma que a vida nos dá de evoluirmos, e nada na nossa espécie, todo o percurso por ela percorrido seria se não colocássemos as dúvidas nas nossas questões, é toda esta transformação que nos permitiu a nossa sobrevivência e obtermos o que presentemente temos. Mas assim pensamos que tudo isto foi obra do acaso. Não! Foi graças à capacidade lógica do homem.


Muitos de nós deixamo-nos levar pelo facilitismo de que a resposta venha até nós para completar a pergunta que nos assola. Mas por mais que muitos possam ter respostas semelhantes, não será isso a correcta resposta à pergunta. Só nós temos justificar as questões que a vida proporciona e mais que por resposta já estabelecidas, que achemos que se adeqúe ao que no perguntemos, teremos de questionar a verdade de tudo o que se possa englobar às questões. Viver é questionar. E questionar é viver, e mais que isso é o que nos permite que além de o fazermos que possamos e mentalmente, cuidar de nós fazemos por não cair no pensamento absentista.


Assim tudo terá a sua questão e como de questionável e além, sob a sua resposta mais profunda que possa assim estar escondida tentamos, com a nossa arte e engenho pescar aquilo que complementa tudo da sua pergunta.


Muitos pensam, que isto é uma perda de tempo. Nada disso no tempo todas as questões correm, mesmo que nem por elas nos dêmos conta, estão sempre presentes ou assim não querem aceitar que na mais ínfima coisa existe sempre uma pergunta que nos assola, estamos sempre a perguntar o modo mais correcto de fazer e concluir as coisas, e após isso se seremos capazes de fazer uma avaliação crítica desse desempenho que ocorreu.


Tudo o que nos dediquemos tem sempre as questões, por muitas que não consigamos ter a reposta ao nosso alcance, tentamos entrar nesse jogo de obter, nem ao que seja do mais superficial que possamos retirar, algo que nos esclareça o que não conseguimos obter a clara resposta que lhe é associada. E por muitas que nos esclareçam, mais duvidas nos acercarão, pois o pensamento é uma forma evolutiva de nós tal como a vida assim o é, e não estamos estáticos a vê-la passar, vamos sempre escolhendo caminhos e atalhos para tentar chegar ao nosso objectivo, é tudo isto que nos preenche e nos diz que tudo isto está nas perguntas que fazemos e nas respostas da vida que nos esclarece.


Questionar é viver, é dizer que essa parte do nosso corpo ainda nos remete á capacidade de usarmos a nossa mente, que nos diz que podemos de tudo fazer para levantarmos aquilo que está assente aos nossos pés e nos trava o caminho.


Por fim, um dia tudo se apagará, mas, enquanto isso não deixemos de usar aquilo que a vida nos permite.

sábado, 24 de julho de 2010

Pensamento do dia...


Estou, a ter uma ideia sobre as minhas
ideias.

Nuno Lopes

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Tecno... lógica


Com um avanço tecnológico vamo-nos surpreendendo com este mundo, tudo o que o homem tem sido capaz de explorar e demonstrar, de tudo que é capaz de trazer, pela suas ideias que transforma, bem ou mal de uma globalidade de coisas que nos tem proporcionado. Seja de lazer ou na sua mão-de-obra em uma facilidade de comunicação ou de trabalho.

Mas… como assim penso, o que temos hoje por certo não era alcançável à imaginação humana nos seus primórdios, ao que nos vais deixando cada vez mais surpreendidos, esta capacidade que o homem tem de imaginar e executar toda a transformação que coloca ao nosso dispor.

O que me deixa baralhado, é que, não saberei se contudo estamos avançar ou a regredir. No tempo das cavernas o homem saía para caçar, hoje recolhemo-nos para navegar…

Então esta proximidade que podemos sentir virtualmente, deixa-nos mais isolados, no nosso espaço, em troca do convívio social. Comunicamo-nos por meio de ondas que se transformam em palavras e na ausência dos sons que nos era tão característico na nossa comunicação, ganha-se assim o que se perde.

Deveremos questionar se todo o uso das novas tecnologias será assim tão fundamental, deverá o ser que assim já nem delas conseguimos abdicar.

Usamos aparelhos que nos permitem pela sua mobilidade estar em constante comunicação entre todos, mas, não conseguimos dirigir uma simples palavra de quem connosco está num raio de poucos metros. A própria tecnologia está a seu tempo a castrar-nos, tornamo-nos tão dependentes dela própria.

Avanços ou regressão que isto nos vai impondo, assim já não vamos conseguir dosear a sua utilização. Anteriormente de forma manual conseguíamos fazer uma simples conta de cabeça, hoje já não conseguimos abdicar de uma máquina, vamo-nos tornado comodistas. Mas afinal, que revela inteligência, será usar a mente e raciocinar mentalmente as formas de como chegar ao resultado ou o saber utilizar um aparelho. Muitos aos dias de hoje serão capazes de afirmar que quem não usa uma máquina estará ultrapassado, mas não será mais (ou um) complexo usar a nossa mente e não cair de todo no facilitismo que nos é criado?

Tanto valor tem o homem, que utiliza a sua inteligência que nos é capaz de levar mais além do que nos trouxe, uma máquina pode ser uma ajuda, mas nada faz sem a mão do homem e não possui a capacidades intrínsecas que o homem possui. São máquinas apenas, não deveríamos estar dependentes do que estamos delas. Foi homem que criou a máquina e não o contrário, não prevejo que ela possa tomar conta daquilo que tanto receamos que é exercer poder sobre homem, embora (ou não) taxativamente o faça.

Tudo isto é apenas um meio não uma necessidade extrema, mas pela dependência que vamos criando, vamos fazendo o fim do nosso mundo. Nada disso ele não acaba e o homem, só ele, tem a capacidade para contornar os problemas que se vai confrontando e tendo uma razão crítica.
Será bom dar o valor ao mundo tecnológico, mas nunca esquecendo que só nós conseguimos faze-lo avançar e sem nada de nós, ele nada seria...

Assim que avancemos e não dêmos, meia-volta-voltar, e retrocedamos nos tempos. Esse mesmo tempo que nos levou a criar será o mesmo que precisamos de dar para não sermos comprados por aquilo que não tem preço, a inteligência humana, isto será o que é a tecnologia humana. O que se cria e desenvolve tem as nossas mãos o resto será um acoplar de ajudas.

Pensamento do dia...



O que sabemos da vida!?

Talvez 10% (se tanto) da sua totalidade, o resultado de
tudo... é nada.

Nuno Lopes

terça-feira, 20 de julho de 2010

Reflexos

Bem se diz, “Nas costas dos outros vejo as minhas”, ao que digo que as costas dos outros para mim são um espelho, é um reflexo de mim aonde vejo que as criticas que me atingem posso ver os defeitos dos outros, o que muitos se esquecem disso.


Enquanto dou a cara muitos me dão as costas, não demonstram consideração ao que revela arrogância que tão pouco se apercebam.


Todos temos os nossos defeitos e nunca os queremos reconhecer, é mais fácil ver os dos outros e criticar, mas esquecemos de que atrás de nós melhor se apercebe esses mesmos erros que nos caracteriza. E assim tão bem conhecemos o que é falar nas nossas costas. É isto o mais fácil, não podemos defendermos disso, revela o lado mais cruel das pessoas, mais baixo, mesquinho e insuportável.


Nós não conseguimos olhar para nós sermos críticos, tem valor que os outros façam e nos dê uma perspectiva diferente da forma como observam e lidam, o que nos dá os sinais de como aperfeiçoarmos a nossa forma de ser, o que se é criticável é a critica e a maledicência.


Podemos nós ver os outros e elaborar uma opinião isenta e desencadear os conselhos que poderemos dar, vemos as coisas de uma perspectiva diferente que a própria pessoa não a terá, e olharmos só para as suas costas estamos apenas a reduzirmos a uma e apenas a ao pequeno lado de um todo. As pessoas não são apenas isso, e o modo como podemos a directamente nos confrontarmos é cara-a-cara, directamente e assim percebemos tudo o que os outro e nós temos para dizer.


Mas é mais fácil estarmos de costas viradas do que sermos íntegros e directos e falar as coisas nos olhos de cada um, é isto a melhor das nossas virtudes.

domingo, 18 de julho de 2010

Mal se diz enquanto vivo, bem se diz enquanto morto...


Valorizaremos as pessoas enquanto vivas? Não… o maior interesse é criticar, é isso que nos deixa satisfeitos de nós, as pessoas deviam sentir-se valorizadas pelo que fazem, se dedicam, pelo melhor que prestam de si. Mas não se compreende porque não se faz isso enquanto há vida, estas pessoas mereceriam ouvir isto e poder sentir o seu reconhecimento. Assim se vai desvalorizando as pessoas e tudo o que se deixa enquanto estamos presentes neste mundo.


Esperamos a ausência, para falarmos, porquê? Teremos medo de ouvir o reconhecimento e agradecimento de quem recebe isto ou rebaixamo-nos perante alguém!?

Enquanto mortos é tão vulgo dizer-se “Era tão boa pessoa…”, mas as pessoas só são boas depois disto? Não, só o podemos demonstrar enquanto temos vida, e saber-se dizer isso enquanto estão presentes, revela que nós somos directamente reconhecedores, de que a bondade é sinónimo de vida.

As pessoas não podem esperar que quem nos é próximo se vão para dizer o que é que eram, deverão no momento dizer e demonstrar o que os outros realmente são. Estamos aqui vivos para isso, para ouvir o eu que têm para nos dizer e reflectir nas nossas atitudes, depois da vida por certo quem afirma a bondade das pessoas que partiram, poderão ter a sua dose de arrependimento , por não a seu tempo ter dito o que deviam.

Maldizemos das pessoas enquanto aqui estão como se isso nos satisfizesse, depois de passarmos este mundo vamos atrás do rebanho como se só depois daí se pudesse reconhecer o lado bom das pessoas, ao que direi que isto é uma hipocrisia.
Dizemos da bondade para não ferir os sentimentos da pessoas que sofrem pela sua perda ou será que para ser visto no meio de bem?...

Que saibamos reconhecer as coisas na vida e não na morte, é aqui que tudo se passa.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Inferno terreno


Se o inferno existisse esse sim era aqui na terra, somos nós que fazemos o nosso próprio inferno e assim ardemos nas chamas da vida, os pecados (salvo seja) que cometemos e tudo o que fazemos aos outros, ou a nós, não existe descanso enquanto tornarmos a vida num inferno.

Se existisse esse pecado que apregoamos, estaríamos todos queimados, a sofrer dessas queimaduras e no pânico de alguém que tenha a percepção de poder nos dar um banho de água, para nos salvar (ou assim demonstrar as nossas atitudes como nós a muitos) e não pegar e alastrar o fogo a tudo o que nos rodeia. O problema é, lança-se o fogo e vai alastrando até perdermos o total controlo, e não o conseguimos dominar, o fogo é muito superior ao homem, e a natureza domina o homem com uma eficácia tremenda. Estamos todos arder e lançamos essas chamas e não controlamos a explosão que isso provoca, somos uns incendiários.

Este é o nosso inferno aqui na terra e não no céu, isso no céu não existe, é imaginário, e se Deus existissem, como se o diz que as nossas almas terão o caminho do purgatório, uma alma não arde, é um corpo imaterial, mais fácil se pega fogo à carne que somos compostos, o que assim somos tão inflamáveis que não nos livramos do fogo, que nos pode acender o rastilho e assim explodir, e explodimos por tanto na vida…
Corpos ardentes, corpos desfeitos, corpos… cinzas! Esse é o nosso caminho, o pó, não é que dele viemos nada disso, cientificamente viemos da reprodução e isso não se nega e está cientificamente comprovado o resto são puras demagogias, mas não nos livramos das cinzas e um dia arderemos e assim seremos compostos a isso, reduzidos ao pó do mundo.
Almas não sabemos para onde vão, se estas existem, ou o que são, não o sabemos, isso pode ser apenas um respiro, um sopro, ou assim uma rajada de vento que altera a forma e a frente do fogo da nossa vida, fogo que incontrolável, só desaparecerá quando também nós nos formos, enquanto isso estamos aqui e constantemente arder…

Assim não nos livramos do nosso inferno, é esse o sofrimento que nos é provocado, e isto é a dor que nos acerca e não lhe vemos formas de lhe fugir.


Para milhões e milhões de seres humanos o verdadeiro inferno é a
Terra.

Arthur Schopenhauer

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sós...


Seres sós, acompanhado pelo meio, pelas pessoas em redor, tudo o que nos circunda, e somos, sentirmo-nos seres estritos e sós. Mas porque a companhia que nos fazem, faz-nos sentir no nosso interior um afastamento de tudo, pessoas solitárias num meio que poderíamos dizer que não os estamos. Tudo o que gira, o que envolve e nos rodeia nos faça sentir isso. Sós…

Mas quando o desejamos realmente, estar sós connosco próprios, nunca o conseguimos, pois estamos sempre na nossa companhia.

De uma maneira ou de outra, estamos e não estamos sós pelos outros e nunca por nós próprios.
E estar-se só é saber-se aproveitar o momento, não cair na solidão, saber que mesmo solitário sabemos o valor de estar com esse momento que precisamos. E bem necessitamos dele, estar, reencontrarmos a nós próprios, só, momentos destes são essenciais.

Olhamos o mundo de cima e pensamos, ninguém está só, todo o ambiente não deixa a que isso se propicie, mas quando olhamos para o nosso mundo interior, para nós próprios vemos que isso está tão presente em nós, nos outros, em tudo, sós e bem ou mal acompanhados.

Não é de todo mau, sabendo controlar os nossos momentos, arranjar um só momento para nós, mas nunca esquecendo os outros, ou assim, estar-se só, na sua companhia.

Estejamos ou não, que saibamos assim aproveitar a solitude…