sexta-feira, 30 de abril de 2010

A nossa motivação! (Luta contra as doenças mentais)


Pretendemos todos nós vencer a luta que estas pessoas atravessam, tudo na vida é uma luta e muito que tem de fazer para obter a sua estabilidade, isto não se confirma um caminho fácil, mas revela a coragem destas pessoas em vencer a cada dia e cada etapa o que lhes confronta a vida.

São estas pessoas vencedoras e não vencidas pelo que se deparam e é, como será isso que deverão ser incutidos e com determinação fazer ver que a cada passo, cada luta, cada barreira será isso que motivará e não se deixar cair e desmoralizar-se pelo que a vida lhes confronta, é preciso lutar pelo nosso direito de vida.

Precisamos do apoio de todos, por vezes inconstante, mas para a integração destas pessoas é isto o essencial para se sentirem acarinhadas e integradas no nosso meio social, é isto o meio da sua recuperação e a forma como podem sentir-se valorizadas.

É aqui que todos nós temos o nosso dever para com estas pessoas, não podemos fugir à realidade e ocultar isso, cabe a nós todo o trabalho de integração para com a estas pessoas a sua recuperação para cedo voltar a sentir-se integradas no nosso meio.

E não seremos responsabilizados por isso que por muito trava a aceitação destas pessoas? Assim penso que sim, é da nossa responsabilidade, o dever de cuidar e ajudar as fraquezas humanas destas pessoas, que assim possam, evoluir e estabilizar-se.

Que, saibamos cuidar disto, saibamos acarinhar e apoiar pessoas que se vêem confrontadas com a dificuldade da vida, que possamos orientar e dar a visão positiva para ultrapassar uma etapa que nem todos, nunca sabemos o que se pode passar connosco, assim é que sabemos que todos precisamos uns dos outros.
Que, isto assim seja isto uma realidade, ajudar e saber fazê-lo é atitude mais positiva que podemos ter de nós para os outros, e sentirmos que a valorização das nossas capacidades que podemos pôr em prática em prol dos outros é o lado mais solidário que podemos ter.

Que, ajudemos e incentivemos, é isto que se precisa e mais que pedagogia que podemos demonstrar é saber na prática o que podemos com a nossa força de vontade poder mudar opiniões e as mentalidades sobre isto; é ter a força e o estender da mão que pode acarinhar e firmar a fraqueza que muitos lidam na sua vida.

É isto, força, coragem, determinação, palavras, atitudes; o saber fazer aquilo que nos é exigível como pessoas o nosso espaço comunitário.Que não exista o desprezo que podem estas pessoas sentir e revelar-se na mágoa que se lhes dão!Ajudemos assim todos nos sentiremos recompensados!...

terça-feira, 27 de abril de 2010

A expressividade do sorriso.



O sorriso não é o mesmo que o riso. Separa-os um fosso tão grande como o que separa as lágrimas silenciosas, diante de um desgosto, dos gritos histéricos e lancinantes de quem não sabe dominar-se. Bergson escreveu: “O riso é algo que irrompe num estrondo e vai retumbando como o trovão na montanha, num eco que, no entanto, não chega ao infinito”. O sorriso, pelo contrário é silencioso como chuva mansa que cai e fertiliza a terra ou como brisa suave que acaricia e refresca o rosto. Enquanto o riso é extroversão, o sorriso desvenda delicadamente o interior de quem sorri.O poder do sorriso é grande, e saber sorrir é algo de muito importante. Antoine de Saint-Exupéry diz: “No momento em que sorrimos para alguém, descobrimo-lo como pessoa, e a resposta do seu sorriso quer dizer que nós também somos pessoa para ele”.O sorriso traduz, geralmente, um estado de alma; é um convite a entrar na intimidade de alguém, a participar do que lhe vai no íntimo. É por isso que o homem é o único animal que sorri; e, como é dotado de inteligência e vontade, pode sorrir quando tudo vai bem ou sorrir mesmo que as coisas corram menos bem – tudo se resume na harmonia interior.O sorriso é o que primeiro acontece quando um rapaz e uma rapariga se olham e se enamoram. Não sabem explicar por que se enamoram, mas é-lhes impossível deixar de sorrir um para o outro, num sorriso cúmplice de quem não precisa de palavras para dizer o que sente. Se o enamoramento continua vem a fase em que, juntos, acham graça a tudo, sem prestarem atenção a nada do que os rodeia. Então, por vezes o seu sorriso muda-se em riso estrondoso, mas cristalino manifestando toda a força da sua juventude. Se o enamoramento leva ao namoro e este ao amor que conduz ao casamento estável, então saber sorrir é fundamental para vencer o desgaste da rotina do dia a dia e para evitar o afastamento de dois seres que, vivendo muito perto, estão interiormente afastados – não estão em sintonia.É pois muito importante saber sorrir. Um sorriso pode dissipar uma angústia, se for simpático, ou aumentá-la se for sarcástico; pode estimular um trabalho, se for de aprovação, ou desanimar quem trabalha se for cínico; pode criar uma amizade, se for sincero e transparente, ou um afastamento se for hipócrita; pode humilhar de modo irreversível se não for autêntico e espontâneo.O sorriso pode ser um grande auxiliar na educação. Não o sorriso que pactua com a asneira, mas o sorriso que acompanha uma repreensão justa e que mostra ao visado que, apesar da dureza e firmeza da repreensão, há amizade e compreensão.Sorrir, porém, pode ser uma tarefa difícil. A dor e o cansaço tornam, por vezes, o sorrir muito árduo. Se há fortaleza interior então há sorriso, mas dorido. Perguntaram um dia a uma doente em grande sofrimento: “Como te sentes?”. A resposta foi desconcertante: com um sorriso-dorido respondeu: “dói-me tudo”.Mas como anda desvirtuado o sorriso! Será que podemos chamar sorriso o que vemos no rosto dos que assinam os “tratados de paz e cooperação”? Não, o que vemos não passa de um esgar.E termino com uma frase que vinha num calendário de bolso que me deram: “Não critique, ajude; não grite, converse; não acuse, ampare e… não se irrite, sorria”.




“Como é que consegue estar sempre sorrindo, o que faz para estar sempre tão contente?”, perguntaram não há muito tempo a uma mulher famosa e bastante sensata.E ela explicou que também tinha, como todo a gente, os seus momentos de tristeza, de cansaço, de inquietude, de mal-estar.“Mas conheço o remédio para esses momentos: sair de mim mesma, interessar-me pelos demais, compreender que aqueles que nos rodeiam têm o direito de nos ver alegres”.“Penso que quando sorrio e me mostro alegre passo felicidade aos demais. E, ao passar essa felicidade, acontece como que um reflexo, que traz mais felicidade para dentro de mim também”.Creio que quem não está sempre somente preocupado com sua própria felicidade e se dedica a ajudar na procura da felicidade dos outros, acaba por encontrar a sua própria, assim, quase sem se dar conta!Por isso, as pessoas que se esforçam por sorrir mesmo sem motivos, acabam por ter motivos para sorrir.- E isso não é vontade de se enganar a si mesmo? Para sorrir você deve alcançar um estado tal que a alegria possa invadir o seu coração. Caso contrário, isso é como uma máscara, é falso.O bom humor é uma vitória sobre o próprio medo e a própria debilidade. As pessoas mal humoradas escondem sua insegurança ou sua angústia atrás de um semblante brusco e distante, e com o tempo isso acaba tornando-se um hábito e se converte em um traço de seu carácter. Quando isso acontece, é bem mais difícil que o bom humor saia naturalmente, mas isto só ocorre porque esta pessoa alterou o que é da própria natureza humana, ou seja, a alegria. Desta forma, deverá esta pessoa sair desse círculo vicioso, e isto não será antinatural, muito pelo contrário: é o que pede a natureza.- Mas falas dos efeitos de medos e debilidades, e medos e debilidades todos temos…Precisamente por isso, a diferença entre uns e outros está no modo de os enfrentar. O sensato é fazê-lo com um pouco de bom humor, rindo-se um pouco de si mesmo se for necessário.Tudo o que se faz sorrindo sempre nos ajuda a sermos mais humanos, a moderar as nossas tendências, a sermos mais capazes de compreender os demais e até a nós mesmos.É uma grande sorte ter ao redor pessoas que sabem sorrir.E o sorriso é algo que cada um tem que construir pacientemente na sua vida.- Construir? Com quê?Com equilíbrio interior, aceitando a realidade da vida, querendo aos demais, saindo de si mesmo, esforçando se por sorrir mesmo que não tenha muita vontade como já dissemos antes. É algo que deve ser praticado com constância.- Mas não se pode encarar tudo na vida com bom humor. Existem muitas coisas que não têm nenhuma graça…Mas, mesmo que não tenham nenhuma graça, sempre se pode tirar delas algum ensinamento, algum bem, mesmo que seja difícil de encontrar e demoremos anos para entender. Em algumas situações, pode ser útil desenvolver a capacidade de aplicar o bom humor para neutralizar a carga trágica das contrariedades.






Sou um eterno curioso sobre este estudo "A expressividade Do Sorriso" orientado pelo Prof. Freitas-Magalhães, que tem sido inovador na área da Psicologia em Portugal e além fronteiras.

Negócio transcendental


Vende-se alma solitária, de fino trato e ressentida, alma fria mas transbordante de emoções, um corpo imaterial que tanto faz parte de mim mas que tanto desejo tem de ser cuidada, precisa de o ser, muito bem cuidada, alma solitária, sensível e envolvente, única e pessoal, minha alma é-o a parte inseparável de mim que acompanhará com tudo que ela me transforma e muito tem de dar a quem a deseja ter.

Vendo a minha alma, a quem não seja mau diabo, a crise quando nos aperta leva-nos a isso, vender aquilo que por vezes muitos tão pouco desejam mas faltam as almas que tão precisas serão, mas uma alma que deseja reconforto, paz, harmonia, vendo a minha alma, não o meu corpo, que assim diriam que me ando oferecer e outros nomes diriam pelo que fazia, isso não! Mais vale vender almas. :)

Ninguém as quer, pelo valor baixo que possa a tabelar, é uma alma de grande valor, infindável para mim, aceitam-se propostas para negociar mas não a troco por nada, pois nesta única e tão diferente, ela marca a sua diferença no mundo das almas
Muitas almas as há, mas o orgulho desta, demonstra que na unicidade dela própria, que quem a desejar ficará com a maior retribuição da vida, a sensibilidade que ela demonstra é tão rara neste mundo que quem fez nascer esta alma muito contribuiu para que uma vida fosse plena no seu sentido e muito dará a outros.

Nestas épocas não me posso negar a vendê-la, pode ser pecado, mas tão pura que é, alguém a desejará, pois as virtudes dela própria diz que quem com ela ficará, rico será no seu espírito, que por vezes até a nossa pobreza nos invade e precisamos de alguém que invista nela. A crise também aperta nas profundezas d'alma.
Poderíamos envolver-nos nesse mundo, das almas e dizer, aqui está a minha aberta a quem a quiser acolher, quem deseja adoptar uma pequena e infinita alma que tanto dá de si a este ou outro mundo, não se sabe, mas, vê-se que ela própria vagueia perdida por nós e achada por mim.

Caçadores de almas, que procuram assim preencher o seu ser, nunca ficarão desiludido com a profundidade dela própria

Esta alma caridosa que se dá e entrega de vivalma, oferece o lado mais humano e transcendental, demonstra a profundidade do maior ser de todas as almas e dá tudo o que este imaterial ser pode dar.

Alma que merece ser descobrida e assim se pode ler aquilo que ela possui, uma bondade universal e acolhedora do lado mais sensível de todas as almas, transparece pureza que este meu corpo pode ter, o meu lado mais puro.

Mas quem quer almas? Uma alma por vezes ressentida, que por vezes necessita ao maior cuidado de ser confortada, mas muito terá para entregar, sim, de uma entrega imensa que por vezes faz a mais grandiosa de todas as almas.

Alminhas, assim se procuram para podermos ter a nossa essência na nossa forma mais preenchida. Não a empresto por nada, pois não sei os cuidados que lhe darão, o que me garanta assim que possa vender esta pobre alma que quem a acolher faça-o da maior ternura que ela merece.

Não será a Satanás que me deixarei apoderar dela, mas à santa pessoa que deseja possuir a beleza desta humilde alma.

Não existe valores, pois o mercado das almas pode ser variável, assim entrarei em negociações… mas não garanto passar recibo! :)




segunda-feira, 26 de abril de 2010

A protecção da vida!



Vou eleger este slogan a todos nós:

Quer viver... use protecção!

Nós nunca estamos protegidos de nada na vida, teremos de ter e tomar as nossas precauções a que nada de grave possa ocorrer, mas não conseguimos controlar cada situação com que nos fazemos deparar. Assim que, a vida também exige prevenção, e isto é bastante verdadeiro, todos nós precisamos de estar prevenidos para os percalços dela própria.

É garantido que a prevenção pode não evitar que as coisas ocorram, mas em certo ponto pode amenizar, e isso é que é preciso para que não soframos as consequências, de na forma mais trágica e que nos pode trazer grandes transtornos e por vezes até limitar uma vida.

Como em tudo nós só pensamos em como atacar a doença, passe-se o exemplo, fixamo-nos demasiado nisso, que até certo ponto é importante, mas, esquecemo-nos da prevenção, e isto é que deveria a ser o essencial, pois se isto fosse praticado, a ocorrência delas seria de um nível mais bastante inferior. Assim é que a nossa aposta deveria incidir aqui, mas assim acho que estamos a revelar mais as nossas preocupações nos casos limites, que o merecem, mas sem um caminho por trás disso assim seria de uma prevalência menor.

Confesso-me fico-me estupefacto e para mim por vezes torna-se inacreditável quando alguém me diz que não apanho isso porque, sou assim ou assado, para mim são palavras que não revelam sensatez nenhuma, podemos nós prever isso? Podemos sim precaver-nos. Nada nos garante que estejamos livres de alguma coisa, por mais que tentemos levar a vida de uma forma mais correcta, qualquer fatalidade pode ocorrer, então assim que seja, com as nossas reservas vamos assim olhando para as coisas, na forma e na nossa prática fazendo para minimizar a que qualquer erro seja assim revelador de consequências que dê os problemas a que a eles podem estar associados.

Viver a vida com reservas é o melhor que podemos fazer, pois nela nunca sabemos o que nos pode demonstrar, e se algo para que possa ocorrer assim digo que para tudo na vida deveremos cuidar da nossa prevenção. Só que por muitas vezes o risco abstrai-nos de tudo e toma conta de nós, fala mais alto e assim faz-nos esquecer que para tomar certas coisas precisamos de estar de pés bem assentes, assim que pode-se com uma tomada de risco bem prevenida ser a acção que necessitamos, mas com a prevenção assumida, tudo será menos gravoso se algo de imprevisto ocorrer.

Para que nos previnamos na vida, que muito há que nos quer bem apanhar quando estamos desprevenidos, e ao mínimo erro poderá ser fatal, e se não tomamos a acções adequadas para minimizar isto, seremos nós responsabilizados por isso, e esta é a nossa vida, temos de lhe dar o seu valor, e assim viveremos mais seguramente, concerteza!

Que nos sintamos protegidos é a forma de nos sentirmos seguros, conseguimos desfrutar ao máximo dela própria e retirar o que desejamos, e muito tem para nos dar, nunca nos esquecendo da nossas reserva que deveremos sempre colocar em atenção.

A vida não é uma doença mas pode-se tornar, por isso estejam bem prevenidos!

sábado, 24 de abril de 2010

Muito além, do terceiro mundo...


Documentário, "Crianças invisíveis":
Como contribuir com vosso apoio:


Sinais de vida


Toda a vida começa na magia de um pequeno embrião, toda a magia que se desenvolve, até começarmos a sentir o seu batimento cardíaco, são isto, os sinais de uma vida que começa e que virá ao mundo, para desfrutar do que ele lhe permitirá viver.

Assim que o que nos mantém vivos, além do trabalhar de todos os nossos órgãos, o coração aqui é sempre o nosso motor, que comanda tudo de nós, enquanto se move, sinais serão de que todos os movimentos que praticamos, redondamente serão que os nossos movimentos é sinal de vida.

Mas isto não é tudo, porque assim certo é que pessoas com mobilidade limitada, e que diremos vivas não consigam desfrutar dela e estejam confinadas a um espaço ou uma cama, e mesmo com um batimento rítmico não consigam desfrutar dela na sua plenitude, assim que numa morbilidade premente, muitos se façam questionar, se estes sinais que sentem não conseguem dar o seu impulso à vida, assim se vive incapacitados num corpo que dá certos sinais mas não consegue reagir.

Temos de ter a consciência, que os nossos movimentos, o que fazemos, são sinais da mesma, e tudo o que se move e transforma é vida, certos sinais, sabemos que sim, ou seja a vida não pára, com a morte pelo meio e o findar de uma, outra virá, assim dizemos que pode acabar uma vida humana, mas sua humanidade leva e traz novas vidas, então que existirá sempre vida no mundo. Bem podemos pensar que pelas nossas acções isto um dia se extinguirá, mas vemos sempre uma massa populacional sempre em crescendo, então que a vida a que damos e desejamos deixar neste mundo faz parte da nossa natureza, que não pensando no que aqui estamos a fazer de dar o nosso sentido à vida, cá estamos também para nos reproduzirmos e perpetuar a nossa espécie, assim que mais as vidas que deixamos, damos vida este mundo.

Mas a vida não somos só nós, tudo tem vida, tudo se transforma, assim é que isto são os seus sinais, o que sabemos, a transformação o movimento, crescimento, a mudança, são estes sinais de ao contrário do que é estático não por muito revelará de que exista uma força de que dê vida a seres que a demonstrem.

Pequenos sinais que vamos dando conta ao longo do tempo, ou por vezes rápidos em demasia, mas que eles aos nossos olhos revelam a vida que tem, e todos nós temos a vida à nossa frente, bem olhamos, ou por vezes nem a queremos ver, mas ela existe sempre, e se estamos vivos para presenciar é o melhor sinal que podemos ter; assim valorizemos os sinais que se nos apresentam e a vida que revelamos.

Mas isto tudo tem uma validade, assim que estes sinais vão dando seu cansaço, a sua perda de energia e assim se vai revelando, que o nosso esgotar da nossa fonte seja uma coisa, por certo, não durará muito, pelo nosso espaço de vida que é a nossa limitação de como ela é e findável como será. Assim que a nossa vida não dura mais que uma vida, então a nossa passagem de vida que desfrutamos além de passageira que será, ela poderá deixar de dar os seus sinais um dia neste mundo, mas muitas assim continuarão a dizer que a vida não pára, mas também nunca sabemos por isto com todas as transformações que passamos aonde até irão estas vidas, toca em saber, até onde iremos e tão pouco sabemos de onde viemos, filosoficamente falando, não sabendo isso. Sabemos assim que vida ela sempre existiu, mas não sabemos o principio nem o fim. Até podemos saber se olharmos para a vida de uma pessoa, mas o caminho da humanidade é-nos difícil de responder.

Temos de dar graças a muitos profissionais, que muito de assim dão da sua dedicação para dar vida à vida, isto além de valorizar que todos merecemos a oportunidade de viver revela-se assim a dedicação e o profissionalismo que dão de si para salvar uma vida, assim que devemos valorizar quem bem nos trata, pessoas de uma vida imensa que nos dão as suas pequenas mas grandiosas forças de não deixar escapar uma vida, e acredito que como humanos além de profissionais, quando, de além de isto acontecer, algo morrerá dentro deles e de uma certa frustração e incapacidade invada o seu ser, seres de uma humanidade grandiosa que fazem para glorificar a vida, mas não os podemos ver como santos na espera de sempre um milagre, que por muito acreditando no esforço que fazem, estão sempre sujeitos seja a um erro, numa situação urgente seja na impossibilidade de trazer uma vida nos limite e para além de lá da linha.

Muitos há, que dão a sua vida por uma vida e assim se demonstra a bravura e coragem de muitos.

Então assim pensamos que aqui estamos para dar vida e valor a tudo que merece e nunca deixemos de dar sinais de vida, e que isso é o mais importante.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O dom das palavras


Todos sabemos por certo a importância das palavras, a força que elas tem e muito nos podem dizer, a cada uma atribuímos-lhe um significado a que poderá alastrar por muitas mais; na nossa comunicação é a forma essencial de estabelecermos os nossos contactos, de dizer o que realmente sentimos e compreender os demais. Vê-se assim toda importância delas, não conseguimos e podemos viver sem palavras que nos acompanham na nossa vida, não conseguimos dialogar sem elas próprias, não conseguimos viver assim sem as nossas palavras. Compostas por letras ou sons, representam o nosso pensamento e toda a ideia humana.

Muitas palavras determinam uma função, elas há que nos magoam, incentivam, ajudam, comovem, irritam, alegram ou entristecem, palavras que nos dá o significado de tudo e conforme o contexto da situação, assim que formam todo um conjunto de frases que iremos assim descrever o que realmente desejamos transmitir.

Vivemos assim por muitas palavras cruzadas, assim, aonde neste jogo tentamos descortinar e desmistificar o seu real significado e conjuntamente ver aonde se tudo encaixa e transformando neste nosso passatempo aquilo que podemos ver no global ao fim de tudo.

Pensamos sempre nelas, tentamos adequa-las ao nosso discurso e transmitir a nossa base de ideias. Por conjuntos de letras que as formam, palavras que formam assim frases, é este o sentido de toda a nossa linguagem.

Podemos contrapor com palavras, dizer o que realmente é nas discussões dão o sentido e a alma que de significativo elas tem na sua forma de actuar.

Existem palavras mortas, palavras que não querem dizer nada, sem o seu sentido a que não se contextualiza, nem ao significado delas como da comunicação que estabelecemos, como muitas estarão fora do seu contexto.

Por formas gestuais ou dificuldades inerentes à forma de comunicar muitos assim o há que não podem usufruir do seu uso, assim que por outros meios terão de usar palavras silenciosas, mas que elabora uma forma a que merece o seu significado a que nos querem dizer.

Daremos nós valores às palavras, por certo passamos com os nossos olhos a correr por elas e não paramos por muito, olhar para este conjunto de letras e o que assim se forma nelas. O que isto são, é um enigma que vamos sempre desvendando e por cada uma vamos ramificando muitas mais, e damos por nós a soltar palavras e pensamentos a que a nossa memória nos faz transformar todo um conjunto de uma metalinguagem que vamos utilizando com a sua maoir frequência.

A evolução que tem e vão sofrendo revela que toda o seu tranformar e a maneira de que como podemos indo adequando o uso ao que colocamos aos nossos dias. Por uma melodia composta por elas podemos assim e ver, ler e ouvir a sua música, e isto é de um tocar e comover os nossos sentidos.

Valorizarmos as palavra é o mais importante que podemos ter, não conseguimos viver sem elas, assim o era que, a nossa evolução de todo este aspecto comunicacional não teria sido acompanhado pela transformação do homem e toda a sociedade.

Existe uma coisa que vai-se notando aos nossos dias, as dita palavra de honra, muitos poucos de nós vamos perdendo esta característica que nos fazíamos honrar pelo que assim dizíamos, demonstrava a parte mais verdadeira do homem, assim nos questionamos de quanto vale a palavra de um homem? Honrar os nossos compromissos quer nos dizer que não serão precisas muitas para justificar por vezes de nós uma pequena falha. Por vivermos marcados pela desconfiança esta palavra vai assim perdendo a sua integridade. Tendemos assim a pensar que as palavras em dia, hoje não valem de nada.

Que dignifiquemos as palavras assim e a honra que nos merecem.

Pensamento do dia...



Tão sábia é a pessoa que sabe escutar, como a que dá conselhos.

Nuno Lopes

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O ciúme, amigo ou inimigo da relação


Todos nós podemos experimentar este sentimento, quando moderado penso assim que pode sempre apimentar uma relação, assim que o é demonstrativo de que gostamos dessa pessoa e pelo medo de a perder se revele pelo ciúme, sinal de que se for bem doseado faz-nos valorizar, que o próprio fará parte da relação e que por ter de demonstrar o nosso desejo por quem amamos, faz nos ter de muito justificar os nossos sentimentos e razões por que desejamos aquele com quem convivemos, assim é que um pequeno ciumezinho de nada de mal fará parte das relações que temos, mas, também o teremos assim de doseá-lo, sinal de que saberemos conviver com ele.

Mas sabemos o excesso dele, e isto pode ser um motivo do fim de muitas relações, quando resvalando no exagero, tornando-se numa forma obsessiva de conviver com as pessoas, por meio deste ciúme que nos provoca sentimentos de desconfiança, a que a base da sua relação, já pode, assim estar minada da forma como a relação pode vir a sofrer de um fim marcado por isto.

Temos de saber dosear as coisas, sabemos dos problemas que isto pode trazer, mais que fim de relações pode provocar formas muito trágicas a que de quem revela isto, poderá por uma não consciência uniforme, por muitos meios prejudicar a outra pessoa, cometendo acto condenáveis e muitas vezes limitando vidas ou denegrindo a integridade da própria pessoa a que sofre de tudo isto.

Assim que casos destes se verifiquem, deveremos tentar actuar da forma a que as proporções, que por vezes possam tomar, não se desencadeie na forma mais drástica que por muitas vezes ocorre.

Pode existir o ciúme, mas mais que isso é importante a confiança que podemos depositar e isto é que modera este pequeno sentimento.

Muitos ciúmes haverão, tal como o ciúme de irmão, a que alguns experimentamos, e quando numa família se verifica isso por vezes é até um pouco difícil de se digerir.

O ciúme um sentimento que apresenta carácter instintivo e natural, marcado pelo medo (de base real ou irreal) de se perder o amor da pessoa amada ou ver diminuída a qualidade ou ameaçada a continuidade de uma relação tida pelo sujeito como valiosa. Está relacionado com a falta de confiança no outro ou em si próprio e, quando é exagerado, pode tornar-se patológico e transformar-se numa obsessão.

A explicação psicológica do ciúme pode ser uma persistência de mecanismos psicológicos infantis que já na idade adulta podem aparecer sob a forma de uma possessividade em relação ao parceiro, ou mesmo uma paranóia. Nesse tipo de paranóia, a pessoa está convencida, sem motivo justo ou evidente, da infidelidade do parceiro e passa a procurar “evidências” da traição. Nas formas mais exacerbadas, o ciumento passa a exigir do outro coisas que limitam totalmente a liberdade deste.

Os casos mais sérios devem sempre procurar a ajuda da psicoterapia; o trabalho de reorganização interior passa por um reforço da auto-estima e da valorização da auto-imagem. Em todos os casos pode ajudar-se estabelecendo um diálogo franco e aberto de encontro com o sujeito passivo, com a reflexão sobre o que sentem um pelo outro e sobre tudo o que possa levar a uma melhoria da relação, para que esse aspecto não se torne limitador e perturbador.

Um conjunto complexo e suas consequências

O ciúme é uma reacção complexa porque envolve um largo conjunto de emoções (dor, raiva, tristeza, inveja, medo, depressão e humilhação), pensamentos (ressentimento, culpa, comparação com o rival, preocupação com a imagem, autocomiseração) reacções físicas (taquicardia, falta de ar, excesso de salivação ou boca seca, sudorese, aperto no peito, dores físicas) e comportamentos (questionamento constante, busca frenética de confirmações e acções agressivas e mesmo violentas).

O ciúme, em princípio, é um sentimento tão natural ao ser humano como o tédio e a raiva: nós sempre vivenciamos este sentimento em algum momento da vida, diferindo apenas as suas razões e as emoções que sentimos. Como todos os outros sentimentos, tem o seu lado positivo e o seu lado negativo:

• O lado positivo: protege o amor: ele lembra a cada membro da relação (de namoro, conjugal ou de amizade) que nunca se deve considerar o outro como definitivamente “conquistado”, e pode encorajar um esforço consciente para assegurar que o outro se sente valorizado;

• O lado negativo: prejudica o amor: às vezes os sentimentos de ciúme podem ficar desproporcionais e pode afectar gravemente uma relação, levando o outro a sentir-se constantemente constrangido para evitar uma crise de ciúmes.

Ciúme e inveja

O ciúme está intimamente relacionado à inveja. A diferença é que a inveja não envolve o sentimento de perda presente no ciúme. Mas ambas são um misto de desconforto e raiva e atormentam aquele que cobiça algo que a outra pessoa tem. Quanto mais baixa for a auto-estima, mais propensa está a pessoa de sofrer com um dos dois sentimentos.

Tanto o ciúme quanto a inveja desviam o foco de quem os sente para longe dos cuidados com a própria vida, tão preocupado fica com a vida de outra(s) pessoa(s).

Como acontece com todos os outros sentimentos, se forem olhados com atenção e sem rejeição, podem levar a atitudes positivas como melhorar a aparência, desenvolver novas habilidades e trabalhar a auto-estima.

Como regra, diz-se que a mulher é mais propensa que o homem a sentir ciúme ou inveja de relacionamentos, enquanto que o homem é mais frequentemente atormentado por diferenças de status, de finanças e de poder.

Ciúme patológico

O ciúme patológico é visto pela psiquiatria como uma espécie de paranóia (distúrbio mental caracterizado por delírios de perseguição e pelo temor imaginário de a pessoa estar a ser vítima de conspiração). Para um ciumento, a fronteira entre imaginação, fantasia, crença e certeza torna-se vaga e imprecisa, e todas as dúvidas podem transformar-se em ideias hiper-valorizadas ou delirantes.

Aquele que sente ciúme a este nível tem a compulsão de verificar constantemente as suas dúvidas, a ponto de se dedicar exclusivamente a invadir a privacidade e tolher a liberdade do outro: abre correspondências, bisbilhota o computador, ouve telefonemas, examina bolsos, chega a seguir o outro ou até a contratar alguém para o fazer… o que não só não ameniza o mal estar da dúvida como até o intensifica.

A pessoa ciumenta apresenta na sua personalidade sentimentos de insegurança. O tratamento passa por um trabalho de psicoterapia que tenderá a melhorar a confiança em si mesmo. Só quem confia em si mesmo pode confiar em outros, de modo que é fundamental o fortalecimento da autoconfiança.


Pensamento do dia...



Se não fossem as mulheres, ainda vivíamos nas cavernas a comer carne crua. Construímos a civilização só para impressionar as nossas namoradas.

Orson Welles.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Ser-se feliz é um direito!


Ao meu entender haveria de haver uma ressalva na Declaração Universal dos Direitos do Homem aonde fosse imposto um direito à felicidade, como tal na nossa Constituição aonde deveria prevalecer isto, é assim que para mim é um direito, o maior direito que se é exigível da vida, e todos nós merecemos e procuramos isso, mas muitos que os há que não reconhecem isso. Muitas pessoas sentem-se gratificadas pela infelicidade dos outros, retiram prazer de cometer actos a que prejudicam a quem nos é próximo, satisfaz essas acções e assim pensam que esse é o direito deles. Mas não! Isso vai de contra a condição humana, e ser-se feliz é um direito (mesmo não institucionalizado, é!), mais que de direitos, são formas de que na vida, e tudo que englobe isto é fundamental.

Todos nós procuramos a felicidade e sê-los, desde que não seja com propósitos de fazer directamente o contrário aos outros, pode até ser de algum modo desculpável, mas, é incompreensível e recriminatório quando temos intenções deliberadas para denegrir a pessoas e seu direito a serem felizes.

Pode isto não estar impresso por palavras, mas não deixa de ser um direito, todos lutamos por eles, aos nossos desejos e intentos, assim que também é que o devemos fazer pelos outros, se a nossa felicidade é presente, muito dos que nos circundam assim o serão e é este o maior e grandioso valor que deveremos preservar.

Mas é pena o que se verifica pelo contrário, pessoas sem nenhuma riqueza de espírito, façam e tomem atitudes de ver os outros infelizes, são assim anseios que não se coadunam com o que se deve de ser a normalidade e a exigência de o ser. Mas o que me intriga é o que satisfaz assim tanto quem disto faz! Confesso que o que os outros retiram disto provoca-me urticárias, não consigo conceber que haja quem disto retire prazer.

Se todos exigimos ser felizes, superiormente, mais o deveria ser, reconhecer e fazer para a felicidade do outros, mais que direitos, deveria ser um desejo, e é isto sinal de respeito e e consideração por quem connosco está presente neste mundo.

Mas isto não toca só nas relações humanas, poderá se verificar em muitos aspectos, é isto o sinal de uma desconsideração tremenda. Revelamos assim o nosso lado mais animalesco que não deveria ser a nossa característica, somos humanos, e deveríamos pensar pelo nosso bem do que podemos proporcionar.

Ser-se feliz é um direito, o contrário para mim é condenável, assim que todos nós deveríamos ser responsabilizados por isso, não é aceitável ver o sofrimento dos outros, afirmo que por muito natural para alguns, assim é que é contra-natura, ou seja fazendo parte da essência do ser humano, isto não me é concebível na minha forma de ser e pensar como deveríamos ser e actuar.

Direitos estes que parecem estar a ser desconsiderados, tudo se legisla, mas uma coisa da maior e real importância, tampouco merece algum crédito. E será que assim o fosse existiria atitudes uniformes? Muitos passariam do risco, pois não sabem reger-se por isto e não sabem impor e valer-se pelos direitos, assim que isto não deixaria de acontecer, pois é do lado mais perverso da pessoa impor a infelicidade, pessoas que não conseguem ter a noção do que é conviver colectivamente e em sociedade, assim mereceriam uma formação e um acompanhamento mais atencioso, na forma de mudar as suas atitudes e desejar o bem dos outros.

Se por muitos direito na Declaração Universal se faz referência ao que nos devem de serem por eles, tudo aquilo traduz na sua essência global que é isso que se pretende, sermos felizes e ter condições para isso.

Declararia assim direito a um dia dedicado à felicidade, sem ser pejada de sentimentos falsos e inócuos, mas que pudéssemos dar a importância e lembrarmos que estamos aqui para sermos felizes. Se o sentido da vida é isso e para muitos, então qual o mesmo sentido de nos sentirmos infelizes, fará o algum sentido assim.

Não! Não faz, nós não vivemos para isso, lutamos pelo contrário e sentirmos a infelicidade é sentirmo-nos acorrentados à vida, precisamos de quebrar os nossos grilhões e abrirmos ao que ela do melhor nos proporciona e aos que se nos dedicam em o sermos, é isso a nossa maior felicidade, sermos felizes por nós mesmos e expandirmos a todos, veremos todas as mudanças assim criada neste nosso mundo, somos nós que construímos isso.

Deveremos nós condenar e ser críticos do que os outros provocam ou por vezes nos escapa, não é isso nos revela a todos nós a nossa maior característica que ser humano deveria impor, a sermos e fazermos os outros felizes é o nosso maior bem.

Assim desejo muito que o sejamos e mais ainda façamos por isso.

Muitas felicidades! :)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Pensamento do dia...


As desculpas não se evitam, pedem-se!

Nuno Lopes

sábado, 17 de abril de 2010

No fim da linha...



Esta é a nossa triste e preocupante realidade, pessoas que não conseguem encontrar um rumo na vida, ou que ela própria nos fizesse entraves a que conseguíssemos dar o seu rumo. Quem caminha numa estrada sem sentido de encontro a um precipício, a que por vezes cai-se na fatalidade de cometer a forma mais trágica de colocar o termo à sua vida.

Tudo isto acontece e nunca ou por pouco nos apercebemos dos sinais, pequenos sinais que podem ajudar uma pessoa a encontrar o seu rumo, a si própria e incentivar de que a vida é o maior bem que podemos ter adquirido, mesmo que envolto em problemas a maior ajuda e apoio que uma pessoa pode sentir num momento frágil como este, é de uma preponderância infindável, assim é que nós não devemos preconceituosamente evitar de falar, compreender e tentar encaminhar estas pessoas, que se confrontam por tudo isto.

Esta é a maior dor que se pode sentir, e toda a dedicação e apoio será fundamental para salvar uma vida, e a maior gratificação que podemos receber é sentir que o fizemos e concretizamos o nosso dever.




Porque alguém tenta o suicídio?

Normalmente o suicídio é equacionado como forma de acabar com uma dor emocional insuportável causada por variadíssimos problemas. É frequentemente considerado como um grito de pedido de ajuda. Alguém que tenta o suicídio está tão aflito que é incapaz de ver que tem outras opções: podemos ajudar prevenindo uma tragédia se tentarmos entender como essa pessoa se sente e ajudá-la na procura de outras opções e soluções. Os suicidas sentem-se com frequência terrivelmente isolados; devido à sua angústia, não conseguem pensar em alguém que os ajude a ultrapassar este isolamento.

Na maioria dos casos quem tenta o suicídio escolheria outra forma de solucionar os seus problemas se não se encontrasse numa tal angústia que o incapacita de avaliar as suas opções objectivamente. A maioria das pessoas que opta pelo suicídio dá sinais de esperança de serem salvas, porque a sua intenção é parar a sua dor e não por termo à sua vida. A este facto dá-se o nome de ambivalência.



Os suicidas são loucos?

Não, ter pensamentos suicidas não implica ser-se “louco”, nem necessariamente ser doente mental. As pessoas que tentam o suicídio estão seriamente afligidas e deprimidas. Esta depressão pode ser reactiva, situação que é perfeitamente normal em circunstâncias difíceis, ou pode ser uma depressão endógena que é o resultado de uma doença mental diagnosticável com outras causas subjacentes. Também pode ser uma combinação das duas.

A questão da doença mental é difícil porque ambos os tipos de depressão podem ter sintomas e efeitos semelhantes. Além do mais, a definição exacta de depressão como doença mental diagnosticável (ex. depressão clínica) tende a ter diferentes matizes, assim o facto da pessoa que se sente afligida o suficiente para tentar o suicídio ser diagnosticada como sofrendo de depressão clínica pode variar de pessoa para pessoa e entre culturas.

É provavelmente mais útil distinguir entre estes dois tipos de depressão e tratá-los adequadamente do que tentar diagnosticar a depressão como forma de doença mental, mesmo que os sintomas apresentados pela depressão reactiva correspondam aos critérios da depressão clínica. Por exemplo, Appleby e Condonis escreveram:

"Pensamentos e actos suicidas podem ser o resultado de tensões e perdas com as quais não se consegue lidar.

Numa sociedade onde o estigma e ignorância acerca da doença mental é significativo, a pessoa que experimenta comportamentos suicidários pode temer que os outros a considerem "louca" se revelarem os seus sentimentos, tornando-se relutantes em pedir ajuda durante a crise que atravessam. De qualquer forma, descrever alguém como "louco", com fortes conotações negativas, não é, provavelmente, útil e o mais provável é dissuadir alguém de procurar ajuda o que se pode revelar bastante benéfico, independentemente de ser diagnosticada doença mental ou não.

As pessoas que sofrem de uma doença mental tal como a esquizofrenia ou depressão clínica têm índices significativamente mais altos de suicídio, embora sejam ainda uma minoria dos que tentam tal acto. Para estas pessoas, ter a sua doença correctamente diagnosticada, com um tratamento apropriado, pode ser uma forma de impedir o acto de suicídio."



Falar sobre suicídio não encoraja o acto?

Depende dos aspectos que se aborda na conversa. Falar sobre os sentimentos que cercam o suicídio pode levar ao entendimento e reduzir grandemente a angústia imediata de uma pessoa suicida. Não é um erro perguntar-se a alguém se equaciona a ideia de suicídio como uma opção válida se suspeita que essa pessoa não está a conseguir lidar com o seu tormento. Se a pessoa o confessa, pode ser um grande alívio ver que outra pessoa tem uma ideia de como se sente.

Esta pode ser uma pergunta difícil, pelo que aqui se deixam algumas abordagens possíveis:

"Nesse teu sofrimento, estarás a considerar o suicídio?"
"Parece-me muita coisa para ser suportada; pensaste no suicídio como forma de fuga?"
"Toda a dor que sentes fez alguma vez pensar em magoares-te?"
"Alguma vez pensaste em deixar tudo?"

O modo mais apropriado de abordar o assunto difere de acordo com a situação, e com a confiança entre as pessoas envolvidas. É, também, importante ter em consideração a totalidade da resposta dada pois a pessoa angustiada tende a dizer "não", mesmo que queira dizer "sim". A pessoa que não se sente atraída pelo comportamento suicidário é, normalmente, capaz de transmitir um “não” seguro prosseguindo a conversa apresentando os motivos que a levam a querer viver. Também pode ser útil perguntar-lhe o que faria se estivesse a considerar, seriamente, cometer suicídio, para o caso de, futuramente, apresentar comportamentos suicidários ou caso os tenha e não se sinta à vontade para os revelar.

Falar exclusivamente sobre formas de como cometer suicídio pode dar ideias às pessoas que tenham comportamentos suicidários, mas que ainda não pensaram em como os concretizar. Os relatos de imprensa que se concentram unicamente nos métodos usados e ignoram o panorama emotivo que está por detrás do acto podem tender a encorajar à imitação de métodos suicidas.

Então que tipo de factores pode contribuir para alguém ter pensamentos suicidários?
Normalmente consegue-se lidar razoavelmente bem com problemas de stress e isolamento ou acontecimentos e experiências traumáticas, mas quando há uma acumulação de tais acontecimentos a capacidade de lidar com tais situações é levada ao limite.

A tensão ou trauma gerado por um dado acontecimento variará de pessoa para pessoa dependendo da sua experiência e de como lida com esse trauma em particular. Umas pessoas são mais ou menos vulneráveis a acontecimentos particulares de trauma, e outras podem considerar determinados acontecimentos como traumáticos que outros verão como uma experiência positiva. Além do mais, cada indivíduo lida com a tensão e o trauma de formas diferentes; a presença de múltiplos factores de risco não implica necessariamente que uma pessoa cometa o suicídio.

Dependendo da resposta individual da pessoa, os factores de risco que podem contribuir para o comportamento suicidário são:

Psicopatológicos
1. Depressão endógena, esquizofrenia, alcoolismo, toxicodependência e distúrbios de personalidade;
2. Modelos suicidários: familiares, pares sociais, histórias de ficção e/ou notícias veiculadas pelos média;
3. Comportamentos suicidários prévios;
4. Ameaça ou ideação suicida com plano elaborado;
5. Distúrbios alimentares (bulimia).

Pessoais
1. Ter entre 15 e 24 anos ou mais de 45;
2. Pertencer ao sexo masculino e raça branca;
3. Morte do cônjuge ou de amigos íntimos;
4. Escolaridade elevada;
5. Presença de doenças de prognóstico reservado (HIV, cancro etc.);
6. Hospitalizações frequentes, psiquiátricas ou não;
7. Família actual desagregada: por separação, divórcio ou viuvez.

Psicológicos
1. Ausência de projectos de vida;
2. Desesperança contínua e acentuada;
3. Culpabilidade elevada por actos praticados ou experiências passadas;
4. Perdas precoces de figuras significantes (pais, irmãos, cônjuge, filhos);
5. Ausência de crenças religiosas.

Sociais
1. Habitar em meio urbano;
2. Ser rural ao sul do Tejo;
3. Desemprego;
4. Mudança de residência;
5. Emigração;
6. Falta de apoio familiar e/ou social;
7. Reforma;
8. Acesso fácil a agentes letais, tais como armas de fogo ou pesticidas;
9. Estar preso.



Como saberei se alguém com quem me preocupo tem pensamentos suicidários?

É frequente as pessoas com comportamentos suicidários darem sinais de alarme, consciente ou inconscientemente, esses sinais que indicam a necessidade de ajuda e a esperança de poderem ser salvas. Estes sinais aparecem usualmente agrupados e geralmente são bastante perceptíveis. A presença de um ou mais destes sinais não é uma garantia de que a pessoa pretende cometer o suicídio: a única forma de ter a certeza é perguntando. Noutros casos, o suicida pode não querer ser salvo, e pode evitar dar sinais de alarme.

Alguns sinais de alarme que frequentemente são exibidos pelas pessoas que têm a intenção de cometer suicídio são:

• Afastar-se dos amigos e da família.
• Depressão, de uma maneira geral; não necessariamente a presença de uma doença mental diagnosticável, tal como a depressão clínica, mas indicada por sinais tais como:
• Dor psicológica intolerável (por falta das necessidades psicológicas elementares);
• Perda da auto-estima (com incapacidade para aguentar a dor psicológica);
• Constrição da mente (menos horizontes e menos tarefas);
• Isolamento (sensação de vazios e de falta de amparo);
• Desesperança (sensação de nada valer a pena);
• Egressão (fuga como única solução para acabar com a dor intolerável);

Esta lista não é definitiva: algumas pessoas podem não mostrar sinais e ainda assim terem ideias de suicídio, outros podem mostrar vários sinais mas enfrentarem bem as situações; a única forma de saber com certeza é perguntando. Em conjunção com os factores de risco acima listados, esta lista pretende ajudar na identificação daqueles que podem ter necessidade de apoio.
Se uma pessoa se encontra fortemente perturbada, imaginou um plano potencialmente letal para cometer suicídio e tem formas ou meios disponíveis de o executar imediatamente, é considerado como um forte potencial suicida, isto é, em elevado risco.



Sinto-me pouco à vontade com o assunto. Como lidar com a situação?

O suicídio era, tradicionalmente, um tema de tabu nas sociedades ocidentais, que levou ao seu encobrimento só piorando o problema. Mesmo após as suas mortes, as vítimas de suicídio não eram enterradas próximo das outras nos cemitérios, como se tivessem cometido um pecado.

Podemos dar grandes passos no contributo para a redução das taxas de suicídio começando por aceitar as pessoas tal como elas são, acabando com os tabus sociais falando sobre as ideias de suicídio, e dizendo às pessoas que é legítimo equacionarem o suicídio quando se sentem no limite. Só o facto de falarem sobre o que sentem ajuda a reduzir a sua angústia, começando a ver outras opções e reduzindo as probabilidades de tentativa de suicídio.



Se acha que é um potencial suicida

Existem pessoas a quem um suicida pode recorrer para pedir ajuda; se sabe de alguém com comportamentos suicidários, ou se se sente um potencial suicida, procure quem possa prestar ajuda não desistindo nunca antes de alguém o ouvir. Uma vez mais, a única forma de saber se alguém tem comportamentos suicidários é perguntando e analisando a sua resposta. Consulte a página de Telefones SOS aqui.

Os suicidas, como todas as restantes pessoas, necessitam de amor, compreensão e apoio. Por norma, mas erradamente não se pergunta de forma directa "Sentes-te tão mal que já pensaste no suicídio?". Afastarem-se dos outros aumenta o isolamento que sentem e a probabilidade de tentativa de suicídio. Perguntar se pensam em comportamentos suicidários tem, como efeito, permitir o direito a sentirem tais ideias, reduzindo o seu isolamento; se têm comportamentos suicidários, verificam que outras as pessoas entendem a forma como se sentem, que compreendem os seus sentimentos e a sua dor psicológica.

Se alguém que conhece lhe diz que tem intenção de cometer suicídio, acima de tudo, escute-o. Depois escute mais. Diga-lhe "eu não quero que morras". Esteja disponível para ouvir os seus sentimentos, e tente estabelecer um "pacto de não-suicídio": peça-lhe que prometa que não vai cometer suicídio, e que quando sentir que tem vontade de se magoar que não faça nada sem antes falar consigo ou com alguém que o possa apoiar. Leve-os a sério, e fale deles a alguém com habilitações para os ajudar, tal como um médico, no Centro de Saúde da comunidade, a um Psicólogo, a uma assistente social, etc. Se apresentarem fortes indícios suicidas e falarem consigo poderá necessitar de os levar a um departamento de emergência hospitalar. Clique aqui para obter a listagem dos departamentos de psiquiatria e consultas especializadas em Portugal.

Não tente "salvá-los" nem transpor para si as suas responsabilidades, nem tente ser herói tentando resolver a situação por conta própria. Pode prestar uma ajuda mais preciosa referindo estes casos a quem está habilitado a proporcionar-lhes a ajuda de que necessitam, podendo continuar a prestar-lhes o seu apoio e lembrando-lhes que o que lhes acontecer é inteiramente da responsabilidade deles. Procure, também, algum apoio para si ao tentar obter apoio para eles; não tente salvar o mundo sozinho.

Se não sabe para onde se virar, há sempre uma linha telefónica anónima ou o Número Nacional de Socorro 112 que funciona 24 horas por dia com pessoal habilitado na prevenção do suicídio que poderá ajudá-lo. Consulte a página de Telefones SOS aqui.



Conversar, conversar, conversar. Como pode uma conversa ajudar?

Embora não sendo solução, perguntar a alguém e fazê-lo falar sobre o que sente atenua significativamente os seus sentimentos de isolamento e angústia, reduzindo, assim, o risco imediato de tentativa de suicídio. Quem se interessa pode ter relutância em falar sobre o suicídio por ser um assunto tabu.

É importante procurar ajuda para a resolução dos problemas, o quanto mais rápido melhor; sejam eles emotivos ou psicológicos. Quem já tentou o suicídio corre o risco de o voltar a tentar, pelo que é importante o tratamento de sequelas antigas, com a ajuda de profissionais médicos ou apoio.

Alguns assuntos poderão nunca ser completamente resolvidos com o apoio, mas um psicoterapeuta poderá ajudar a lidar pela positiva com os problemas presentes e ensinar a desenvolver métodos e estratégias para lidar com problemas futuros.



Como funcionam os serviços de apoio telefónico?

Os serviços de atendimento telefónico variam entre si, mas na sua generalidade garantem o anonimato e oferecem a possibilidade de falar sobre o problema do suicídio com voluntários escutantes, sem a pressão de uma conversa face-a-face.

Falar sobre o problema com alguém desconhecido que se interessa pode ser um grande auxílio em situações de crise ou se preocupa com alguém que se encontra nesta situação. Os voluntários escutantes estão habilitados e podem dar indicações acerca dos locais especializados onde poderá dirigir-se para obter a ajuda ou tratamento específico. Não tem que esperar até que a crise se agudize ou até que haja uma tentativa real de suicídio para procurar este tipo de serviços.

A procura deste tipo de apoios telefónicos varia, por isso é importante que se não conseguir falar com um tente outro e outro até conseguir o que pretende. Normalmente conseguirá à primeira obter ajuda, mas não desista pois é uma vida que está em jogo.

Muitos suicidas não imaginam que a ajuda pode estar tão perto, ou não lhes ocorre ligar para o apoio porque a sua angústia é de tal forma elevada que lhes tolda a visão desta opção.



E eu, corro este risco?

É bem possível que algumas pessoas que lêem isto poderão, um dia, tentar o suicídio, eis, então, um exercício rápido de prevenção de suicídio: elabore uma lista de 5 pessoas com quem poderá conversar quando se encontrar em situação de desespero colocando a pessoa preferida no topo da lista. Elabore um “pacto de não-suicídio! Consigo próprio prometendo que se alguma vez estiver em risco de cometer suicídio procurará cada uma das pessoas mencionadas na sua lista e falar-lhes-á do que está a sentir; e que se alguém não o ouvir continuará a falar com os restantes até que haja alguém que o ouça. Muitas pessoas que tentam o suicídio encontram-se em situação de desespero tal que não conseguem, no meio da crise, encontrar alguém a quem procurar ajuda, pensar antecipadamente num leque de pessoas próximas que podem ouvir e proporcionar essa ajuda é uma vantagem em futuras situações de angústia.



Como o suicídio afecta amigos e familiares?

O suicídio é sempre uma experiência extremamente traumática para os amigos e familiares, mesmo que quem tente o suicídio pense que ninguém se preocupa com elas.

Além dos sentimentos de mágoa normalmente associados com a morte da pessoa, podem existir sentimentos de culpa, cólera, ressentimento, remorso, dúvidas e grande angústia acerca de situações não esclarecidas. O estigma que cerca o suicídio pode fazer com que seja extremamente difícil para os que sobrevivem lidar com a sua mágoa podendo-lhes causar, também, situações de isolamento extremo.

É frequente acharem que são tratados de forma diferente após o suicídio e um familiar ou amigo tornando-se-lhes difícil falar sobre o problema devido ao estigma da condenação. Normalmente sentem que fracassaram por alguém que tanto amavam ter optado pelo suicídio, e a construção de novos relacionamentos é extremamente difícil devido à dor que sentem.

Os familiares ou amigos de vitimas de suicídio podem procurar ajuda nos "grupos de sobrevivência", onde encontrarão pessoas com os mesmos problemas e experiências semelhantes à sua, onde não correm o risco de serem julgados e ou condenados. Os “grupos de sobrevivência”, o apoio poderá ser um enorme auxílio no aliviar de um imenso fardo que o suicídio sempre acarreta.

O grupo de sobrevivência "A nossa âncora", presta apoio a pais e irmãos em luto e seus familiares através de auxílio psicológico, sociológico, médico, psiquiátrico, religioso, jurídico e promover iniciativas que possam concorrer para a plena realização dos seus objectivos. Ver "Ajuda / Telefones



O suicídio é ilegal?

Isso não impede as pessoas de o cometerem? O facto de ser ilegal ou não, não possui qualquer importância para quem está tão desesperado que equaciona a própria morte. Não é possível legislar sobre a dor pelo que tornar o suicídio ilegal não impede que quem esteja desesperado tenha sentimentos suicidas ou atente contra a sua própria vida. O facto de ser um acto ilegal só poderia deixar mais isolado quem o equaciona, já que a maioria das tentativas de suicídio são mal sucedidas, deixando assim quem o tenta numa posição ainda pior sendo agora considerados também criminosos. Em alguns países o suicídio é considerado um acto ilegal e noutros não o é.
Em Portugal, o "incitamento ou ajuda ao suicídio" e "propaganda do suicídio" é considerado crime. Até 1961, o suicídio era considerado crime em Inglaterra.



As pessoas têm o direito de se matar?

Sim, e deverá sempre ser uma escolha da sua responsabilidade. No entanto, ajudar alguém a lidar melhor com os problemas, ver as opções com maior clareza, ajudá-las a fazerem a melhor escolha evitando algo que lamentariam, reforça os direitos de alguém, não lhos retirando.

Lembre-se de uma regra importante: realçar, sempre, o facto de o suicídio constituir uma solução permanente para um problema temporário, lembrando a pessoa de que existe ajuda e que os seus problemas e a sua dor irá melhorar.



O suicídio é pecado?

Para o Direito Canónico e para o Novo Catecismo é pecado. "Somos administradores e não proprietários da vida que Deus nos confiou; não podemos dispor dela".

Concílio de Arles (452) – suicídio como o maior dos pecados.
Concílio de Orleães (533) – proibição de funeral religioso para os suicidas.
Concílio de Braga (561) – ausência de ritos funerários se o suicida na posse de si mesmo.

Concílio de Toledo (693) – excomunhão de suicida frustrado.
Sínodo de Nimes (1284) – reforço das restrições nos funerais de suicidas.
Papa Bento XV (1918) – ritos funerários se suicidas loucos ou arrependidos à hora da morte.

http://www.spsuicidologia.pt/

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Relacionando as coisas...


Por vezes olhamos o mundo a uma distancia surpreendente, mas, e a que distancia! É mesmo isso, esta distância que nos separa, mantemo-nos assim para nos resguardar, manter o nosso espaço e assim revela que no nosso canto pouco nada façamos para existir uma maior proximidade entre todos, assim é que se nota toda esta distância entre todos nós.

Ver o mundo à sua distância dá-nos todas as perspectivas, os pormenores que num todo podemos ler, mas, não é isto tudo, temos também nos deixar envolver pelas coisas, como se assim penetrássemos e pudéssemos ler as coisas mais emocionalmente, assim um pouco nos falta isto, a presença que podemos ter no quadro que se pode apresentar e não ficarmos com normais observadores.

Vivemos numa frieza aos nossos dias, bem dizemos que o clima está sofrendo as suas transformações, não é só aí! As relações humanas estão acompanhar tudo isso e também não temos soluções para poder reverter tudo isso, assim existe o descuro que damos a estas mesmas relações, não fazendo nada para mudar, vai-se criando assim uma poluição nebulosa e que não é perceptível aos nossos olhos, mas está naquilo que respiramos, o nosso ar são as pessoas e as relações que criamos faz parte de todo o nosso clima, só que como quando respiramos fazemo-lo inconscientemente, assim é que as relações também o são assim, só que quando ficamos sem ar é que nos apercebemos do que realmente nos falta, e vivemos assim sufocados sem nada a que nos possa acudir, ao que pode além de salvar vidas pode assim transformar toda humanidade. Pode-se andar aqui com analogias e pretextos para podermos tentar explicar o problema das relações humanas hoje, mas, a realidade é mesmo esta, a distância, a frieza, o calculismo, desconfiança, tudo e muito mais sinónimos do que se pode fazer para destruir as relações.

As relações são isso mesmo, é forma de nos relacionarmos, de interagirmos com todos e consequentemente dispormos, com o que nos confrontamos, assim é que os relacionamentos são formas de nos interligarmos entre todos e sabermos que existe a forma de alguém a que nos cria a base de tudo, é isso os relacionamentos, a importância deles na nossa vida ou a sua falta. Por certo sabemos o que isto tem de importante mas cada vez mais se vai descurando assim até que se percam. E surgirá tempo para os reverter ao que era? Muito mais trabalho nos dará na certeza de que os estimássemos algo seria poupada para nós.

Para uma relação funcionar não é só vê-la pelo seu exterior, isto não nos faz nada estarmos dentro dela. Uma relação é aquilo que cultivamos e investimos nela própria, deixamos sempre algo de nós, é assim este envolvimento de que se faz as relações.

Mas teremos nós medo de perder o que investimos nelas? O que se investe creio que trará sempre retorno, no que acreditamos, que ali existe tudo para nela investir, mas por vezes cruzamos a perna e ficamos à espera que sejam os outros a dar tudo de si e tão pouco retribuímos, numa relação isto não dá, uma relação são duas ou mais partes que fazem dela própria ser o que é, dar e receber, assim se nota o quanto investimos e os ganhos que retiramos, mas só uma parte dar e não sentir que do outro lado existe resposta, desmoraliza, descrê-se, e perdemos a força de nela investir, mas nós não sabemos as riquezas que existem para além delas? Então maior que uma riqueza supérflua, não existe mais que as nossas relações, é uma riqueza de outros valores e isso ninguém nos tira! Ou melhor, a cada vez se vai tirando algo até não existirem e assim, confinaremos à nossa pobreza.

Estamos a ficar cada vez mais empobrecidos, sabemos que o trabalho gera riqueza e nas relações isto também é um exemplo, todas assim criam o trabalho que é exigido, mas, o que retiramos delas não é o maior contributo que se pode ter?

O ser humano tem a maior característica de se poder relacionar e criar laços que são de uma essência maior à nossa natureza e isto é uma coisa que não se pode perder, mas muito, por vezes, fazemos a que elas cada vez menos vão existindo, e chegamos ao fim de que, para, de certo reconstruir já não nos sobra muita margem de manobra.

Já alguma vez observamos uma árvore e vemos como os seus braços se cruzam e interligam? Isto mesmo é as nossas relações e a nossa natureza tem muitos exemplos disso, e mais que assim nos dão o maiores frutos para podermos colher, se no nosso cuidado o soubermos fazer e não deixar cair e apodrecer na própria terra até desaparecer…

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Em busca da felicidade


Todos nós procuramos a felicidade, é uma busca a que faz parte da nossa vida e isto será para nós o mais importante, pois a nossa vida é nos merecida para assim vivermos felizes, e além de um objectivo e de uma conquista, isto é um caminho que se faz e devemos assim vivê-la na sua plenitude, quer-se dizer que sabemos desfrutar da própria felicidade.

Mas por muitas vezes todos nós vivemos infelizes na busca dela própria, não conseguimos ver numa coisa não tão extrema pode estar um pequeno pico de felicidade, ela pode estar nas pequenas coisas, mas não é uma coisa plena. Para a termos, teremos assim de a conquistar e saber vivê-la, ela não é dada, ou assim nos é permitida se soubermos fazer por ela aquilo que desejamos para nós, assim é que todos nós desejamos ser felizes, e que de quem gostamos a tenham para viver e assim o sentimos quando vemos os outros felizes, sentimo-nos então também, retribuídos sabendo que os nossos desejos são o concretizar de um bem que achamos que os outros merecem e é nos oferecida a felicidade dos outros, nos faz a nossa própria felicidade.

Somos os únicos seres que podemos experimentar a felicidade, o que sentimos é uma forte característica do ser humano, é o que dá o objectivo de viver e isto dá-nos a nossa essência de vida. É própria felicidade e sermos felizes que nos gratifica por inteiro e nós sabemos que isto nos compensa de outros momentos mais negativos e nos faz com que não nos deixemos cair em poços sem fundo, é isto que nos ancora à vida.

Perguntamo-nos frequentemente aonde mora essa felicidade, aonde a podemos encontrar e o que fazer para que seja constante e real na nossa vida, sabemos que para isso a sua conquista é e deve ser colocada na sua prática, ela não vem por si, não esperamos serenamente que sejamos felizes sem nada fazer, isto é como aos objectivos a que nos propomos, este é um deles, por mais que achemos que os conquistemos nunca é essa felicidade plena, somos seres insatisfeitos, pensamos que podemos alcançar sempre mais e mais, então é que isso pode ser de uma grandiosidade imensa e nunca é uma pequeníssima coisa, a felicidade é um sentimentos ao qual nos tentamos deleitar sobre ela, mas não, devemos assim erguer-nos e de frente abraçá-la, assim é que a bem recebemos e aceitamos a alegria de assim sermos.

Todos nós temos de contribuir para a nossa e a felicidade dos outros, sendo assim que é isto que faz que ela seja uma coisa presente e se torne num mundo mais sadio e nos faça viver na completa e imenso positivismo a que é necessário viver.

Sermos felizes é sentirmo-nos preenchidos e auto-realizados, isso é a parte do nosso caminho como assim é acompanhado pelos momentos felicidade, podendo extremar por vagos momentos, mas nunca é aquilo que desejamos, uma felicidade linear, vale então tentar fazer por isso a que andemos por extremos picos, que não, conseguimos uma moderação a que nos faça desfrutar da sua calma que sendo necessária para o melhor proveito dela podermos tirar.

É isto a nossa razão e o que nos faz viver, retira-nos dos momentos mais complexos da nossa vida e faz-nos ver que vida sem a felicidade vida não se chamará, assim é que lhe podemos chamar o luto por qual morreu o que o significado lhe dá, a própria felicidade é a razão de viver…

"Quando estiveres cansado de olhar uma flor, uma criança, uma pedra, quando estiveres cansado ou distraído de ouvir um pássaro explicar o seu ser, quando te não intrigar o existirem coisas e numa noite de céu limpo nenhuma estrela te dirigir a palavra, quando estiveres farto de saberes que existes e não saberes que existes, quando não reparares que nunca reparaste no azul do mar, quando estiveres farto de querer saber o que nunca saberás, se nunca o amanhecer amanheceu em ti ou já não, se nunca amaste a luz e só o que ela ilumina, se nunca nasceste por ti e não apenas pelos que te fizeram nascer, se nunca soubeste que existias com esse existir, quando, se, porque temes então a morte, se já estás morto?"


Vergílio Ferreira, Pensar

Que sejamos e façamos por não perder a nossa felicidade!





terça-feira, 13 de abril de 2010

Temos de nos lembrar, para não esquecer!


Muitas vezes esta memória não nos perdoa, bem tentamos, não esquecer das coisas e começamos a brigar para dentro de nós próprios de que isso não pode acontecer e por vezes no momento exacto, puff! Foi-se! De que valia estar ruminantemente a tentar fazer isso, pouco de nada, vem o esquecimento e tudo apaga, tal como interruptor nosso disparasse, numa falha do nosso quadro geral. Temos de ter o cuidado para não originar um curto-circuito! :)

Sabemos tudo o que processamos e toda a imensidão de pensamentos que nos passam memória e assim notamos o qual é dificultoso assim podermos nos recordar de tudo e ter a maior clarividência mental.

Bem gostaríamos de, ou, por vezes nos esquecer das coisas, mas isto não se apaga, parece que vivemos aquilo que não desejamos, esquecer o que está a mais e (não temos uma tecla para fazer um reset, somos humanos, não máquinas!) e ter uma memória bastante sadia não se o revela, nunca sabemos bem o que fazer com isto.

Assim, muitos pensam quando surge um esquecimento que deve ser senil, claro que andamos todos, já nascemos assim, muito natural, desde que não em exagero, não devemos assim pensar que não existe memórias que nunca falham, mas nós já somos uma falha da própria natureza, logo assim a perfeição pode morar nosso pensamento e no que achamos mas nunca é visto aos nossos olhos. Mesmo existindo essa palavra vivemos na nossa imperfeição, o que temos de fazer, é para sermos lineares no nosso lembrar e esquecimentos. Seja o que for e pedimos para, que aconteça não nos esquecermos ou assim acontecer de nos esquecermos que seja feita a nossa vontade, e não seja prejudicativo, é disso que precisamos.

Vejamos isto como uma coisa natural, assim o é, por cada margem que andemos, que precisemos de nos lembrar ou não, é preciso é numa coerência mental conseguirmo-nos controlar e assim consequentemente, conseguimos extrair o que precisamos e a nossa memória está lá para isso mesmo, para guardar o que necessitamos e jogar fora pensamentos supérfluos, se houvesse isso bem estaríamos mais leves e conscientes do que realmente necessitamos.

Aqui fica o lembrete para não nos esquecermos, mas, o que nunca o podemos fazer é que esqueçamos de viver, isso é que é importante!

sábado, 10 de abril de 2010

Do fundo do baú...

O significado de um amigo




Disse um soldado ao seu comandante:
-"O meu amigo não voltou do campo de batalha. Meu comandante, solicito autorização para ir buscá-lo."
Respondeu o oficial:
-"Autorização negada!" "Não quero que você arrisque a vida por um homem que, provavelmente, está morto!"
O soldado ignorando a proibição saiu e uma hora mais tarde voltou mortalmente ferido, transportando o cadáver do seu amigo.
O oficial estava furioso:
-"Eu não lhe disse que ele estava morto?!"
-"Diga - me, valia a pena ir até lá para trazer um cadáver?"
E o soldado, moribundo, respondeu:
-"Claro que sim, meu comandante!
Quando o encontrei, ele ainda estava vivo e disse-me:
- Tinha a certeza que virias!"

"Um amigo é aquele que chega quando todos já se foram."
Amigos, o que significam estes para nós? Saberemos o que são? O que é afinal um verdadeirissímo amigo? Todos nós que os temos sabemos esse real significado, muitas pessoas ao que a vida não lhes os permitiu o ter assim ainda procurarão o que tanto fará parte de nós, os amigos, grandes e verdadeiros amigos.

Uma real amizade é como um casamento, tal, também não sabemos como termina, mas fazemos por muito a preservar, estimar, jurar a sua fidelidade, respeitar e muito fazer por eles, não é uma coisa única de nós, parte sempre das duas partes, do empenho a que se dedicam, do esforço e muito que dão á relação e isto também é uma fórmula, podendo existir um amor, diferente de muitos, mas um amor significativo de amizade, e esta grandiosa relação é feita disso, desse sentimento que podemos sentir por alguém.

Somos capazes de os reconhecer quando muito fazem por nós ou nós por alguém, do que se dedica, uma verdadeira amizade é quando sentimos que podemos contar com essa pessoa a cada momento, na sua distância estará sempre presente em nós e no esquecimento nunca cairá. Um verdadeiro amigo é a pessoa da maior importância na nossa vida e maior relatividade para nós, é a nossa maior base nos piores momentos, e quem mais podemos partilhar as nossas alegrias, é assim a pessoa com quem partilhamos a nossa vida, os segredos mais íntimos, coisas vãs, mas tudo o que faz parte de nós e essa pessoa é quem nos damos para oferecer algo e na troca receber também o que nos tem para dar, o que é deles, e neste clima gira a partilha que é o significado da amizade.

Não façamos confusões com colegas, amigos como lhe chamemos de ocasião ou distantes, são pessoas que podem fazer parte do nosso dia-a-dia mas não possuem a mesma profundidade de um verdadeiro.

A vida dá-nos no seu principio aquilo que achamos ser os nossos e muitos amigos, mas a seu tempo vamos conhecendo e desvendando essas pessoas, vamos reconhecendo-lhes as suas capacidades, vamos tornado-nos mais selectivos e primando-nos por nos rodear de poucos, bons amigos, a nossa capacidades de dar e retribuir a muitos torna-se de alguma dificuldade quando muito temos de dar e assim vamos restringindo o nosso ciclo.

Uma amizade verdadeira é composta de muitos sentimentos mútuos, de compaixão, empatia, cumplicidade, solidariedade, intimidade, preocupação, coisas que muito fazem parte desta relação como de muitas verdadeiras, é isto que cria aquilo que sentimos por alguém, quem faz parte de nós e da nossa vida, quem caminha a nosso lado como acompanhamos esse percurso e vemos o que é mais importante e de real valor à nossa vida, os nossos amigos, amigos de nós e amizade que dedicamos a alguém.

É nesta gentileza de que trocamos com alguém a quem a nossa maior estima de ver alguém que nos oferece a mão que podem dar e a felicidade que se pode partilhar que se vê a magia da amizade.

Momentos únicos, mágicos, recordações valiosas que trazemos em nós que faz a maior importância de tudo isto, é e se chama uma verdadeira amizade.

Isto é uma conquista, um trabalho de ambos, e por muitas pessoas que passam na nossa vida que nos dão, ensinam e muito aprendemos com eles, com isto se ganha muito, muito podemos retirar, partilhar e aí revelar-se uma grande amizade

Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.

Saint-Exupéry

A amizade é o maior bem que podemos ter neste mundo não sentimos o pior sentimento de estar sozinhos, não, seja na presença ou na ausência que de nós faz parte e está sempre marcando a sua presença e é a pulsação que nos faz viver e nos dá motivos a isso.

Exige-se trabalho em ser-se amigo, mas, ao sermos é a maior recompensa que nos é dada, revela-nos a sua importância extrema a que não conseguimos ficar indiferentes, vemos o que exige mas também nos dá o que assim queremos para nós. Bem dizemos, que de um amigo nunca esperamos nada em troca, mas, recebemos sempre algo que ele nos dá, e assim giramos neste ciclo de que o recebemos também muito lhes damos e é isto a partilha, o maior valor da amizade.

Eu não aprendi o que é a amizade na escola, não foi nos livros ou qualquer sitio vulgar, ela veio até mim, foi assim um amigo que me a ensinou, a vida permitiu a que eu descobrisse o que ela realmente é e estou grato por me ter dedicado isso a mim e fizesse ver a maior parte um membro que me é composto por aquilo do que mais importância é dela feita. A amizade assim é uma descoberta, pode começar em nós, seguindo-se uma partilha e passos dados a dois e de seguida um caminho que feito a lado de quem nos acompanha.

Amizade assim merece ser preservada, e dar o nosso maior valor, pois é tudo para nós.

...é a amizade que nos segura, e a alegria que nos levanta!


Nuno Lopes

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Somos aquilo que pensamos


Todos conhecemos esta expressão e a sua questão filosófica (De onde viemos? Para onde vamos?), ainda talvez procuremos as resposta e vai também a ela dissertar sobre as várias teorias, sabemos assim de onde viemos pelo nosso passado e o que cumprimos, onde vamos de encontro aos nossos objectivos a que nos propomos, então nesta linha reflecte tudo que faz parte do seguimento da vida.

No meio disto existe uma coisa em falta, quem somos nós e esse caminho é feito por nós, pelo que para ser uma verdade é necessário uma vida para realizar isso e assim dizer a sua significância, que tem nossa vida num universo global.

O que somos? É o que define o nosso caminho. Somos nós. Bem sabemos o que somos pela nossa personalidade até seremos capazes de responder a esta questão, reflectir e perspectivar as nossas coisas e o que somos nós é que assim conseguimos responder a estas questões; todos na nossa maneira diferente, pelas nossas visões, praticamos aquilo que nós somos, o nosso caminho e o mundo, é este o nosso percurso de vida. E para construir isso é necessária a nossa vida; única!

Mas também cabe a uma disciplina filosófica responder e encontrar respostas ao que nos questionamos e aquilo que nós somos, feitos na nossa matéria, na nossa individualidade, por compostos únicos, mas encontrados nas demais coisas, assim que deveremos estudar o que tudo isto significa; construir aquilo que…

De onde viemos, quem somos, para onde vamos?...

Então o que somos é aqui o centro da questão, o papel principal para dar vida a este caminho que percorremos, a sua figura central ao que nós somos reflecte a cada passo que compõe a caminhada que vamos dando a um andamento sempre mais objectivo de encontro ao que desejamos, mas isto pode ir de encontro ao que queremos ser, então que isto que é um caminho muito pessoal que nos vai enriquecendo a nossa pessoa e construindo o que somos assim na nossa plenitude.

Assim somos tudo, realisticamente falando, o que desejamos, conforme os nossos desejos podemos construir o nosso perfil de pessoa, o que queremos e como desejamos ser, por muitas características variáveis, o aspecto que lhe damos é a unicidade de nós próprios, assim somos nós.

Mas há momentos, nunca o pensaste?, há momentos em que tudo se nos abisma até à fadiga. O desânimo sem fundo. A vertigem para lá de qualquer significação. Nós somos o artifício de nós. Mas é aí que construímos a legitimação de se existir. Somos duplos do que somos e por baixo da camada que nos torna plausíveis há uma outra realidade que revela o plausível em ficção. O que somos não é. O que somos é o que resta depois de tudo se dissipar. O falso de nós é que é verdadeiro. Ou ao contrário, não sei.

Vergílio Ferreira, in Pensar

Somos aquilo que desejamos ser, do que fomos ao que iremos, o nosso presente faz-se daquilo que somos.