sábado, 8 de maio de 2010

O centro do mundo


Todos nós vemos a forma como o mundo nos rodeia e circunda em nós, pensamos para nós que aqui é e somos centro de tudo e todas as decisões, olhamos como as pessoas se movem em torno de nós e achamos que todo mundo gira à nossa volta, todos acharão assim, mas nada de mais errado no nosso pensamento. O que se quer dizer que por vezes tornamos o nosso umbigo no centro do mundo.

É certo que muito gira em torno de nós, mas, também nós giramos em torno de outras coisas, o que assim é, que estamos todos a fazer circunferências e rodeamos tudo o que faz parte deste mundo, o que não existe aqui nenhum centro que possamos tornar referência naquilo que faz mover o mundo, tudo é movimento, e isso é vida.

Porque é que nos tornamos, ou assim queremos tornar o centro de tudo, por vezes desejamos toda atenção que incida sobre nós, é natural, e precisamos disso, mas só que acontece que ao pedirmos isso tornamo-nos tão ambíguos que não enaltecemos o que se prestam a nós.

Somos satélites que num espaço giramos em torno de um planeta e a nossa missão é cumprir a nossa rota, por vezes a cuidado de não chocar, tornamo-nos nós também planetas naquilo que achamos e tudo o que nos rodeia e tudo assim, os outros, os nossos satélites, na nossa órbita, mas todos temos esse pensamento, que então, eu sou um planeta, tu és um planeta, ele é um planeta, só que temos de ver que tudo o que gira sobre nós também nós giramos sobre uma coisa que se chamará uma estrela, solar, então vamos girar sobre aquilo que nos dá a luz e a nossa referência à nossa rota e assim poderemos considerar que existe sempre alguém a que torno deste temos de cumprir a nossa obrigação de todo o nosso universo, o que se quererá dizer que também temos de fazer pelos outros o nosso dever.

Por muito paramos e apreciamos o mundo como gira e pensamos que no nosso centro do universo ninguém dá por nós, só que no universo não existe nenhum centro, então que assim é não o podemos tornar na nossa vida, merecemos captar a nossa atenção, mas não torná-la obrigatória.

É muito curioso quando olhamos para isto vemos de uma forma distorcida da realidade, o que aquilo que achamos não é a aquilo que é, o que cumprimos a nossa missão aqui mas não somos seres superiores a nada, teremos a nossa relativa importância, mas essa superioridade e acharmos o centro de tudo é errado.

E isto torna o nosso lado mais egoísta a tentar absorver tudo para nós, todos o fazemos, só que teremos de lembrar aquilo que absorvemos tais como as esponjas ao que se vai tornando mais pesado e as pressionarmos vão deitando gotículas e escorrendo pelo corpo que serão os outros e tornando tudo mais leve, o que se quer dizer que necessitamos dos outros para lavar a pele que em nós se vai tornando cada vez mais sebenta, então que isto se diz que o que gira em torno de nós são os outros, mas, também temos de rodear os outros e darmos essa atenção.

Que esqueçamos o egoísmo que por vezes nos marca e criemos o movimento que se necessita na vida, e criar novas formas de interligação entre todos.

É assim este e o nosso universo, o centro de tudo e de nada…

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