domingo, 24 de junho de 2012

Um Dia... há-de cair a Noite.




Um dia morro,
Isso é certo!
Mas não tenho aforro
Só o caixão aberto...

Soubera eu a receita,
Para esta maleita
Que para lá do fim da vida
A morte sempre convida

Não há para invenções dessas
De escapar à morte
Se o houver, só promessas!
Mas logo lá calha a sorte

Vou dormir, que tão semelhante é
A um estado de latência
Enquanto lhe vou fazendo finca-pé
E não me deixa tomar por essa dormência

Nuno Lopes

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