quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Ignorar

Como assim mudaste
Sem eu de mim saber
E que por fim acabaste

Por mal me surpreender

Terei sido eu da forma
De assim contigo lidar
De fugir à comum norma
Q'acabaste por não gostar?

É de uma maior surpresa
O que o Ser nos devolve
Sem nunca saber certeza
De Mal ou Bem q'envolve

E como isso só é curioso
De ti assim acho por mim
Ser que teremos defeituoso
O que seremos assim no fim

Mudamos tanto assim perante
Os outros com quem vivemos
Que por mais conquistemos
A confiança nunca é um garante

Se me julgarás Tu tolo que seja
Ou cego do que em Ti não veja
Mudança na forma de atitude
Que de mim aos olhos não alude

Que fiques assim o que mostras
Sejas então Tu o que queres Ser
Só perdes de mim as respostas
Que caberia dizer do meu dever

Nuno Lopes

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