sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Pensamento do dia...



Levo-me a questionar, se a utilização, que dou aos meus pensamentos ( mente - definição de entendimento, intelecto, espírito, concepção, imaginação ) não será um meio, ou mais, que uma forma para me enganar ( mente - acto de mentir, faltar à verdade, desonestidade ) a mim próprio.


Nuno Lopes

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pensamento do dia...


Não espero muito, que os outros me digam quem eu realmente sou; mas sim, quem eu realmente posso dizer de mim a estes.


Nuno Lopes

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Contra-movimento


Confesso que, por muitas vezes tento perceber a esta velocidade por onde vou. Olho para o mundo e o meu pensamento, tão frenético, dá-me a sensação de que vou a uma velocidade cruzeiro, numa estrada com um limite de velocidade, sempre a transgredir. Os meus pensamentos ultrapassam o mundo que vejo a girar, ora numa velocidade natural ou por vezes mais rápida, mas nada que acompanhe os meus pensamentos, da forma como correm. Assim dizemos.

Gostava por um pé no travão ou poder reduzir isto, de forma a que, pudéssemos acompanhar a paisagem que vemos, neste caminho que fazemos, mas quando damos por nós já atingimos esse limite. Por vezes andamos certos pelo contrário. Andamos em frente pelo caminho que vai ficando para trás. Ou talvez o mais certo, nem esteja a pensar bem e o que isso seja, o contrário do contrário. Se não me fiz entender muito espero, que tenham entendido de alguma forma.

A velocidade da luz de um pensamento, por vezes dá um volta na mente que em poucos segundos, que nós estamos assentes na terra pensamos, que esta não acompanha o nosso movimento. Talvez ela gire uma velocidade que nós não consigamos perceber a sua rapidez. Mas pensamos que esta esteja parada mesmo pelas horas, os dias e tudo que demoram a passar, a clareza e o escuro que vão alternando.

O pensamento, ou os, porque se imaginarmos os tantos que temos, ou o que nos passam em segundos, nem que nos percebamos, e talvez pensarmos que só passe por um pensamento, é de tal forma de uma rapidez atroz que pensarmos que os consigamos acompanhar, um pensamento que nos passe, é talvez um pouco de inverdade.
Mas a que velocidade é essa que vão esses pensamentos, ou pensar aonde vão, estes que não sabemos, por muito o que se propõem atingir. Pensar numa forma, como estou a tentar explicar, comparo isto a um carrossel. Assente na terra, os nossos pensamentos giram à velocidade que queremos e consigamos o fazer e sobre si próprios, e às vezes tentamos levar isto por divertimento, mas isso se o fosse, se nós andássemos nele por uma vez em quando. Mas não! Todos nós controlamos o nosso carrossel, constantemente, mesmo quando o consigamos e assim, isto se torne uma obrigação.

A rapidez de pensamentos, faz-nos por vezes não conseguir os acompanhar, não conseguir suster um, por muitos, alguns não nos entendam. Assim é que neste pequeno mundo que nos pareça parado, não nos consigamos expressar, e pensem que sejamos maníacos numa naturalidade verdadeira.

Assim que, o que nos ultrapassa na nossa mente, num mundo que circula a esta calma velocidade (assim supomos), não conjugue àquilo, que pensamos que deveria ser, à velocidade conjunta e acompanhada por ela.

sábado, 16 de outubro de 2010

Pensamento do dia...



Aprende-se vendo, melhor fazendo e, errando nunca se esquece.


Nuno Lopes

domingo, 10 de outubro de 2010

Documentário: A Ponte (Golden Gate)











Quando a vida nos passa ao lado


O motorista do autocarro da empresa Transportes Sul do Tejo (TST) seguia, ontem de manhã, rumo à Praça de Espanha, em Lisboa, quando, a meio da ponte 25 de Abril, viu um homem a querer atirar-se à água. Eram cerca das 10h45. Não hesitou: parou a carreira, com dezenas de passageiros no interior, e foi falar com a vítima, que já estava com uma perna para lá da vedação, convencendo-a a não se suicidar. Ao que o CM apurou, o homem, de 37 anos, está a passar por um divórcio e na altura em que foi salvo estava transtornado e a chorar – em estado de choque. Foi transportado ao Hospital de Santa Maria, onde recupera. Terá sido a primeira vez que tentou o suicídio.

Algumas testemunhas disseram ao CM que, a princípio, o condutor não estava a conseguir convencer o homem, mas, após lhe ter dado um abraço e falado com ele mais de quinze minutos, encaminhou-o para a via e chamou o 112, que enviou para o local uma equipa médica.

A PSP esteve no local e o trânsito esteve cortado no sentido Sul-Norte cerca de meia hora, provocando longas filas. De referir que o autocarro número 162 fazia o percurso entre a Quinta do Brasileiro, no Seixal, e a Praça de Espanha, em Lisboa. O CM tentou obter uma reacção junto da empresa de transportes TST, mas tal não foi possível até à hora de fecho da edição.


in CM


Quantas vezes não passamos ao lado de vidas, dessas vidas que por um instante, um breve momento poderão cair na fatalidade de cometer algo contra si e a sua vida. E também por assim tão perto da morte. O nosso comodismo ou egoísmo nos faz com que não possamos salvar vidas, ou muito a não-aceitação de tudo isto, de uma pessoa que veja como a única solução a morte, quando muito pela ignorância e a desvalorização destas ou dos sinais que dão revelem os seus desejos e pôr fim ao sofrimento por que passam.

O suicídio é o pó debaixo do nosso tapete, sempre acumular sem dele querermos saber, não compreendo, quando a mim muito me preocupa e de nada disto se fala e discute aonde não existe acções preventivas para tentar erradicar tudo isto, quando tão pouco se sabe que o próprio já há muito ultrapassou as mortes naturais, dominada anteriormente pela a mortalidade nas estradas e isto sempre em tendências de crescer nada ou tão pouco se faz! Aqui só revela então o preconceito existente por ele.

Sabemos nós o sofrimento causador para que uma pessoa cometa este acto? Imenso! Que ultrapassa em tudo e a toda capacidade de uma pessoa racionalmente pensar nas alternativas de pensar ultrapassar as suas dificuldades, e quando mais aqui seria preciso o apoio das pessoas, afastamento é maior, pois nós, tão pouco temos a paciência para ouvir o problema dos outros, ficando e sentindo-se ainda,mais uma pessoa sozinha no mundo, e assim sentido que a pessoa perde pela vida.

Destaco esta noticia pela coragem e atitude desta pessoa que muitos tão pouco foram capazes de fazes para salvar uma vida e pelo gesto que teve que merece mais do que palavas, mereceria ser condecorado e ovacionado pelo que fez, só revela que no meio de tudo existe uma pequena humanidade em nós.

E que essa pessoa se reencontre, consiga prosseguir e tomar o rumo da vida, e como esta muitas demais.


(Aconselho ver o documentário: A ponte)

sábado, 9 de outubro de 2010

As mortes da vida


Já dizia por palavras Pedro Paixão: nós não morremos só uma vez na vida mas muitas vezes! Ao que digo no que concordo, não será só esse fim que nos apresenta: Muitas vezes confrontamo-nos com muitos fins, que, ou se nos põem à prova, como findar de um capítulo, para começarmos uma nova etapa e começarmos a viver novamente. São essas mortes que fazem parte da nossa vida.


Por algumas vezes, não as aceitamos, ou ainda, com algumas dificuldades tentamos transpor isso e por alturas não conseguimos evitar essas pequenas mortes.

Quantas vezes não dizemos, quando algo finda e não desejamos continuar a investir nisso, assim dizemos: para mim morreu; ou, estou morto de cansaço! Vemos essas e as que são as nossas mortes na vida. Quando uma relação, um projecto, um objectivo, uma amizade, a confiança, ou tudo o que assim consideremos, a morte que lhe damos. Não que algo não possa ressuscitar, e também dá-se pequenos milagres e estes são sempre possíveis de presenciar e acreditar que eles sim, existem.

Muitas vezes vamos adiando a própria, acreditando na esperança, mas que pode chegar uma altura, por muitos cuidados que prestemos não existe forma de evitá-la. Também aqui leva ao sofrimento, a dor daquilo que perdemos e não será a usual morte de um corpo. Ela está em tudo ou em todo o lado, nas pequeníssimas coisas ou no que nem se nos dêmos conta. É uma vida carregada de morte. Mas muitas vezes renascemos para ela e assim nos cativa novas coisas, novas etapas, mas o que enterramos fica sempre marcando o seu lugar, digamos que é sempre a nossa cruz que espetamos.

Assim também, há o que exista para dar vida à nossa morte que vivemos, em determinado momento é isto e são estas pessoas que nos seguram a que não nos deixemos levar de todo, por ela e assim, numa frase diríamos que seria ...a morte do artista; Não podemos levar-nos pelo seu vento, pela brisa que por vezes nos faz arrepiar, já quando dizem que ela é um sopro! Viver a nossa morte na vida, no seu extremo, é a nossa morte! E nós não desejamos isso por certo! O que precisamos e ainda muito, é saber lidar com ela, vivê-la de forma a que não nos sintamos transtornados.

Quantas vezes não morri por certas coisas, não fiz nascer outras, e não matei ainda demais muitas outras, são mortes de vida, natural ou tão como aquela que tão bem sabemos quando chega o nosso fim. Ainda muitas acredito que passarei, mas que fazendo sempre o meu luto por elas que julgo sempre necessário me faz compreender e dar o valor que me mereceu se foi o caso assim.

Morte não é só no fim da vida, ela está tão espalhada pelas nossas vivências que nem nos dêmos conta ou aceitá-la.

Pensamento do dia...



Quando me respondem à pergunta que faço:

Estou a passar o tempo...

Replico:

Aproveita-o antes!...

Nuno Lopes