segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Contra-movimento


Confesso que, por muitas vezes tento perceber a esta velocidade por onde vou. Olho para o mundo e o meu pensamento, tão frenético, dá-me a sensação de que vou a uma velocidade cruzeiro, numa estrada com um limite de velocidade, sempre a transgredir. Os meus pensamentos ultrapassam o mundo que vejo a girar, ora numa velocidade natural ou por vezes mais rápida, mas nada que acompanhe os meus pensamentos, da forma como correm. Assim dizemos.

Gostava por um pé no travão ou poder reduzir isto, de forma a que, pudéssemos acompanhar a paisagem que vemos, neste caminho que fazemos, mas quando damos por nós já atingimos esse limite. Por vezes andamos certos pelo contrário. Andamos em frente pelo caminho que vai ficando para trás. Ou talvez o mais certo, nem esteja a pensar bem e o que isso seja, o contrário do contrário. Se não me fiz entender muito espero, que tenham entendido de alguma forma.

A velocidade da luz de um pensamento, por vezes dá um volta na mente que em poucos segundos, que nós estamos assentes na terra pensamos, que esta não acompanha o nosso movimento. Talvez ela gire uma velocidade que nós não consigamos perceber a sua rapidez. Mas pensamos que esta esteja parada mesmo pelas horas, os dias e tudo que demoram a passar, a clareza e o escuro que vão alternando.

O pensamento, ou os, porque se imaginarmos os tantos que temos, ou o que nos passam em segundos, nem que nos percebamos, e talvez pensarmos que só passe por um pensamento, é de tal forma de uma rapidez atroz que pensarmos que os consigamos acompanhar, um pensamento que nos passe, é talvez um pouco de inverdade.
Mas a que velocidade é essa que vão esses pensamentos, ou pensar aonde vão, estes que não sabemos, por muito o que se propõem atingir. Pensar numa forma, como estou a tentar explicar, comparo isto a um carrossel. Assente na terra, os nossos pensamentos giram à velocidade que queremos e consigamos o fazer e sobre si próprios, e às vezes tentamos levar isto por divertimento, mas isso se o fosse, se nós andássemos nele por uma vez em quando. Mas não! Todos nós controlamos o nosso carrossel, constantemente, mesmo quando o consigamos e assim, isto se torne uma obrigação.

A rapidez de pensamentos, faz-nos por vezes não conseguir os acompanhar, não conseguir suster um, por muitos, alguns não nos entendam. Assim é que neste pequeno mundo que nos pareça parado, não nos consigamos expressar, e pensem que sejamos maníacos numa naturalidade verdadeira.

Assim que, o que nos ultrapassa na nossa mente, num mundo que circula a esta calma velocidade (assim supomos), não conjugue àquilo, que pensamos que deveria ser, à velocidade conjunta e acompanhada por ela.

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