domingo, 27 de janeiro de 2013

Soneto de um Prazer Maior

Minhas mãos assim crescem
Pelas tuas pernas sem saber
Parar aonde estas querem
Mas me louvam de receber

Se há lábios que em ti dançam
Ou se a esse ponto te alcançam
Se genes de tanto mais querer
Beijarei eu até mais não puder

Sopram-se sussurros elevados
De um fôlego de ti ofegante
Me gritas: não estamos acabados
Vai sim, vai muito mais adiante

Se pelas peles que de nós colam
Não sabemos por cá a razão disto
Mas mal sabes q'os corpos enrolam
Nem tempo de dizer que não resisto

São de momentos especiais na vida
De cumplicidade assim por nós vivida
Que a intimidade em todo lugar espera
Feit'a carne de nossos maiores pecados
Será no fundo por prazeres alcançados

E não, não nos damos nós por cansados
Ao fim de um todo nosso prazer maior
Recordando assim pelo começo que era
Quando no fim os dois sentimos desejados
De ter o assim alcançado com todo o fervor

Nuno Lopes

Sem comentários:

Enviar um comentário