sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Um homem também chora



Claro que sim, disso não tenho dúvidas (!) ou poucas certezas, todos temos a necessidade de exteriorizar os nossos sentimentos, e chorar será um lavar da alma, exprimir que sentimos uma necessidade de expor o que somos, não o deveremos guardar que será assim o colocar sobre nós um imenso peso ao que não suportaremos e assim um dia quebraremos pelo lado mais fraco, é assim um libertar das nossas mágoas.

Todos nós temos o direito de chorar, e os homens também, sim (haveria de haver em decreto!), que somos pessoas de uma sensibilidade imensa e não a poderemos negar, é o nosso lado humano a que nos faz isso e por, ou muitas vezes uma partida nos prega. Chorar é vital à nossa natureza e não o poderemos negar, teremos de o fazer e ir de encontro com o desanuviar de nós.

Acredito que um homem quando o faz, o faça mais intimamente, não o demonstra abertamente, a que acho que existe uma ideia pré-concebida de fraqueza (bem compreendo uma mulher quando me diz, que não gosta de ver um homem chorar, pois o desejo é que este transmita confiança, força, vitalidade…), mas como tais somos pessoas sensíveis e regemo-nos o mesmo por eles, os nossos sentimentos.

É um acto natural que faz parte e não o podemos negar, de nós e da vida, tal como rir este sentimento nunca o poderá ser negado, pois existe mesmo.

Quando ao vermos um homem a fazê-lo não o recriminemos, apoiemos sim, o nosso ombro, pois tem algo a nos dizer, na sua forma, sobre lágrimas que escorrem na nossa cara.

No limite de nós acontece soltarmos uma ou de muitas lágrimas, é o que nos faz aliviar aquilo que sentimos e assim sentir a nossa leveza.

Muitos há que o querem fazer e não o conseguem, por vezes esforçam-se para chorar, confessar-se por aquilo que nos escorre a cara e pelo esforço que fazemos, mais nos custa que o próprio acto de chorar.

Mas chorar não teremos de pensar no mais triste do termo, podemos fazê-lo de forma alegre, com contentamento, chorar de alegria, muito raro ou talvez não, nos apetece fazer e pular de isto que nos invade.

Que choremos, deitemos tudo cá para fora, pois guardar uma lágrima por vezes pesa-nos muito…

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