
Antes vivia a vida e não pensava nela, agora penso e não vivo como devia.
Nuno Lopes
Antes vivia a vida e não pensava nela, agora penso e não vivo como devia.
Esses caçadores de almas, sempre atentos num olhar, critico, perspicaz, vagabundeiam tudo na esperanças capturar uma imagem, pode ser um pequena imagem que se torna grandiosa, que transmite emoções, mesmo que mortas serão sinais de vida, movimento, envolvência, frieza ou calor, muito poderemos assim desmistificar cada uma, cada detalhe, que nos transmite. E elas transmitem muito, tem uma mensagem por detrás que poderemos retirar as nossas interpretações, assim que o mundo sem fotografia não seria nada.
Muito disto ficará para a posterioridade, na lembrança e recordação de todos nós e isto será sempre relembrado. Aqueles que demonstram a sensibilidade de um bom olhar, de no momento certo, com o seu instinto assim apanhar um enquadramento do que pode estar por detrás da visão de uma lente.
Aos poucos a fotografia vai perdendo a sua magia, o carisma de pegar, tocar num pedaço de papel e sentir o que realmente é, torna-se tudo tão tecnológico e digitalizado que a essência dela própria aos poucos vai-se confinando ao passado. Ainda assim vão existindo uns pequenos entusiastas desta arte, os puristas como assim lhes chamamos, e dando arte a um click.
Muitas obras perduram até hoje, de uma visão tridimensional que nos acerca os sentidos que quase nos parece estarmos envolvidos na realidade, este é o poder da fotografia, daquilo que uma imagem nos possa transmitir, de um poder imenso que por vezes nos toque e desperte sentimentos e emoções.
Bem se diz, “Nas costas dos outros vejo as minhas”, ao que digo que as costas dos outros para mim são um espelho, é um reflexo de mim aonde vejo que as criticas que me atingem posso ver os defeitos dos outros, o que muitos se esquecem disso.
Enquanto dou a cara muitos me dão as costas, não demonstram consideração ao que revela arrogância que tão pouco se apercebam.
Todos temos os nossos defeitos e nunca os queremos reconhecer, é mais fácil ver os dos outros e criticar, mas esquecemos de que atrás de nós melhor se apercebe esses mesmos erros que nos caracteriza. E assim tão bem conhecemos o que é falar nas nossas costas. É isto o mais fácil, não podemos defendermos disso, revela o lado mais cruel das pessoas, mais baixo, mesquinho e insuportável.
Nós não conseguimos olhar para nós sermos críticos, tem valor que os outros façam e nos dê uma perspectiva diferente da forma como observam e lidam, o que nos dá os sinais de como aperfeiçoarmos a nossa forma de ser, o que se é criticável é a critica e a maledicência.
Podemos nós ver os outros e elaborar uma opinião isenta e desencadear os conselhos que poderemos dar, vemos as coisas de uma perspectiva diferente que a própria pessoa não a terá, e olharmos só para as suas costas estamos apenas a reduzirmos a uma e apenas a ao pequeno lado de um todo. As pessoas não são apenas isso, e o modo como podemos a directamente nos confrontarmos é cara-a-cara, directamente e assim percebemos tudo o que os outro e nós temos para dizer.
Mas é mais fácil estarmos de costas viradas do que sermos íntegros e directos e falar as coisas nos olhos de cada um, é isto a melhor das nossas virtudes.
Para milhões e milhões de seres humanos o verdadeiro inferno é a
Terra.Arthur Schopenhauer