quinta-feira, 20 de maio de 2010

A razão do homem, ou o homem da razão...


Todos nós nos achamos donos da razão, mas será que somos mesmo? Não, não somos. A razão ganha-se ou perde-se e o que fazemos por conquistá-la, não nos podemos achar donos de uma coisa que materialmente não a possuímos. Isso é um corpo imaterial que assim chamamos, uma coisa que definimos mentalmente e enquadrado nos nossos valores e conceitos, assim é que para mim o que é uma razão pode não o ser para outrem.

Tal como se ela conquista, podemos perdê-la toda em momentos de conflito, o que assim o é que, que achamos tão donos dela que nos dá ao direito de agredir alguém. Mas perdemos tudo aqui, mais que a cabeça, a nossa razão, não se enquadra no conceito de diálogo agressivo que podemos ter.

Custa muito conquistá-la, tal como o mérito, é um longo e árduo caminho, mas pode-se esvair-se das nossas mãos, quer-se dizer, da nossa mente, em breve segundos, o que revela a nossa falta de auto-controle.

Confundem-me os pseudo-moralistas, que nos impõem as suas, como achando que não temos a inteligência, a capacidade, de podermos definir e as razões que podemos aplicar na nossa vida, nas nossas coisas. Assim se acham como donos de nós e que seremos deles dependentes. Nada mais errado, somos pessoas que na nossa individualidade podemos dar os nossos significados, e não estamos limitados pelos outros, ou o que acham ou pensam. Não sendo donos, temos o direito de comandar as nossas razões.

E a razão é assim a nossa forma de fazermos valer o nosso valor, precisamos dela e não podemos despender, mas, temos de ver que outros terão as suas e não deveremos impor, poderemos assim chegar a consensos, mas a razão não é nenhuma ditadura. Pelo contrário é uma forma livre pelos nossos conceitos de geminarmos por eles e assim evoluirmos daquilo que chamamos a razão e ao que ela nos guia.

Precisamos dela para as decisões da nossa vida, estando ao nosso lado ou não, mas não podemos viver sem ela, se então assim como podíamos tomar as nossas decisões? Digo-o que não o seriamos capazes, éramos assim imobilizados pelo que nos dá o nosso poder de iniciativa.



Louco não é o homem que perdeu a razão. Louco é o homem que
perdeu tudo menos a razão.


Gilbert Chesterton

Dirão assim que somos loucos sem ela, e que nem por vezes que nem o seja de todo, pois a razão e a loucura estão de braços dados e tão ténues são as coisas que as separam. Assim que precisamos de cultivar e alimentar a nossa razão para que não nos tornemos uns eternos loucos, mas se o formos que tenhamos as nossas razões e que isso não nos falte…

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