sábado, 1 de maio de 2010

Vidas apagadas


Quantas vezes, ou por vezes até, não nos apeteceu desaparecer por um segundo? Quando até por certo por alguma determinada situação fugir dali! Acontece-nos. Fugir pode não ser a solução para nada, mas, precisamos de encontrar segurança e certos momentos põe-nos a descoberto que perdemos o nosso controlo ou não conseguimos dominar a situação. É natural isto acontecer, ou muito frequente. A nossa tendência de procurar segurança, perante situações que nos deixam transtornados faz parte do ser humano.

Mas mais situações existem, até por mais complexas e muitas vezes dolorosas pelo que acontece.

É pouco transparente na sua globalidade, mas vamos tendo sempre conhecimento de um caso ou de outro. Pessoas raptadas, pessoas que deixam um vida para trás em busca de algo novo, por muito até quebrando laços que os ligavam, pessoas (estas até) que desaparecem sem rasto, outras assim pretendem apagar uma vida, muitas razões existem e dentro disto tem as suas razões para seguir os seus caminhos. Mas nem todos, algumas partes não conseguem ter a capacidade e discernimento para praticar estas situações que por algum motivo de doença mais forte. Ou mais extremo ainda por termo a uma vida que se apresenta dolorosa e assim decidem cometer formas trágicas de desaparecer.

Mas e o que fica disto? A dor de quem lhes é próximo, o sentimento de tentar recuperar quem sentem que estão a perder, o seu afastamento é doloroso, levando muito destas pessoas à sua incapacidade, desesperança e ao sofrimento a que estão sujeitos.

Cada pessoa terá as suas razões a que não se critica, mas o outro lado que deixam ficam ao desabrigo da vida e alheios na esperança de lhes chegar novos ventos, noticias, recuperar a sua perda e poder abraçar o que mais amam.

Vidas… as razões delas! Nunca sabemos… mas que isso possa não acontecer, é preciso valorizar cada peça do nosso tabuleiro.

Às razões a que isto se permite até, pode ter a sua própria razão da pessoa não sentir-se no conforto da vida que vive e leva a tomar decisões radicais.

A complexidade de isto tudo, leva a que muitas pessoas mirem no horizonte, um barco que possa chegar e não tenha sido levado pela tempestade e assim morrermos na praia…


Em Reportagem: 1096 dias

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