sábado, 26 de maio de 2012

Carteiro da madrugada

Deixei cartas à tua porta
Quando passava pela madrugada
Estavas tu morta
Na tua cama descansada

Quem seria, esse maluco que me escrevia?
Que até me assustava
Que nunca houve dia
Que não visse as cartas que deixava

Um dia por azar
Quando no momento do crime
Vem o teu Pai a passar
Pensei: Fodi-me

Meio atrapalhado lá lhe pedi
Para ver se te entregava
A carta que não meti
Pelo azar que me calhava

Nuno Lopes

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