sábado, 6 de julho de 2013

A despedida de nunca o Saber


Vais na hipótese do mal que consideras
Fosse assim a Vida feita tando destas
Se da Morte que se possa escolher
A sua própria forma de assim Morrer

Se houvesse escolhas do que permite
Ou nega ao que tanto lhe pedimos
Não saberei bem desta o que consiste
Quando em Vivos por cá ficamos

É tão considerável o descanso dado
Que a todo Corpo assim merece
Ou da Alma tão ser malfadado
Que o que carrega é por prece

Nem digo o que agora penso
Por mais condenado que seja
Nem ao pior Anjo eu convenço
No Céu é melhor aonde esteja

Se Pecado for o que assim for
O que dizem ser sem eu saber
Nem a Paz de pensamentos ter
Nunca libertará o meu temor

Uma vida é feita de anormalidades
Houvera eu ser o contrário disso
Quando me faltam as capacidades
Se para a viver é o que seja preciso

Um Génio do mal saber da vida
Melhor vive quando nada julga
É a ignorância assim consentida
Que do desrespeito este promulga

Mas e Eu que tanto penso
Aonde haveria de encaixar
Só penso aonde não pertenço
Neste Mundo que irei deixar

O isolamento por entre o Ser
Que a cada dia se tanto cria
E sou culpado de por o fazer
Que tanto dou e nem queria

Soubera assim sentir a leveza
Como direi com a franqueza
Dos que muitos assim sentem
Ou se mal me parece mentem

Enquanto por cá escrevo vivo
O que muitos mal me desejam
Perante tais palavras eu declivo
E não haverá olhos que me vejam

Se tudo equivale a uma existência
Nem saberei bem o que preencho
Quando aos outros tiro a paciência
Só resta ao capítulo que aqui fecho

Dar por Morto que antes Mal-Vivia
Nem a tristeza precisa assim de tal
Já se é triste por sê-lo todo o dia
Nem lágrimas derramem no Funeral

O que por pensar que me aguente
Bem me custe este um dia deixar
Por mais esforços que assim tente
De pelo meu destino me deixar levar

E com um Parágrafo isto merecia
Se a Vida ou o Poema não saberei
Com angustia nem eu lhe pediria

Para ter o que nunca alcancei
Mesmo sabendo o que queria
Mas não isto com que aqui acabei

Nuno Lopes

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