terça-feira, 9 de março de 2010

Compreender as coisas...


Olho para um mundo aonde reina a incompreensão, o mínimo respeito pelo próximo e como assim também de despeito, um mundo intolerante, aonde não se primazia esse respeitar que se deve fazer valer; olhamos para estas manifestações que muito desvirtuam o nosso comportamento, não sabemos impor e mais valer-nos de um consolidar de uma compreensão pelo próximo, aquele que nos é, o homem que entenderíamos ser alguém e que de forma primária seria uma pessoa do bem que demonstra.

Porque não compreendemos as pessoas!? Se calhar não nos compreendemos a nós próprios, mas e o que podemos fazer por isso, um pouco de trabalho para nós próprios, sensatez talvez nos ajudasse a ver as coisas, ver que o mundo precisa de ser compreendido para entender o que nos revela.

O que para mim me diz é que somos uns incompreendidos e não o conseguimos fazer por mais; sabemos que a maior base das relações humanas será isso, a compreensão que depositamos, e sem isto será difícil de nos entendermos, mas parece cultivar-se cada vez menos esta forma, para que na sua saudabilidade se possa fazer prevalecer a essência do relacionamento.

Não temos aos nossos dias isto, muito menos a paciência para poder compreender as pessoas ou situações, não temos a calma para ter a necessária visão que é precisa para compreendermos o mundo que nos rodeia, assim não entendemos o que julgamos necessário e culpamos os outros e tudo, o que por (ou muitas) vezes injustamente.

Rolamos assim nesta bola de neve, aonde não sabemos aonde começou, porquê e as causas, não sabemos as razões e não queremos compreender assim os males de tudo isto.

A compreensão é o nosso maior bem, e o que de melhor uma pessoa pode sentir-se, mais reconfortada, é saber-se compreendida, saber que isto se vale pelo que nos olham, e nos atentam ao que nos dizem pelo tempo que nos dedicam.

Mas aos nossos dias vai existindo cada vez menos tempo para os outros, assim pouco vamos querendo saber e vamos sentido esse isolamento cada vez mais profundo, um afastamento e uma frieza que nos vai marcando aos nossos dias, é pena não nos fazermos valer, que mais pelas palavras que podemos dizer, as que podemos ouvir.

Assim vivemos incompreendidos na nossa pouca compreenção!...

6 comentários:

  1. Mas está nas nossas mãos parar, pensar, e mudar. :)

    R.

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  2. Exacto, bem acho e sempre o digo que o mundo gira no sentido contrário, só cabe a nós dar a volta e fazer com que gire no sentido correcto.

    Tudo depende de nós e das nossas acçõoes... :)

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  3. Vivemos uma Época em que o «Ter« se suplanta ao «Ser».
    Para agravar tudo isso, ainda há quem faça de tudo para «Ter»...incluindo deixar de «Ser»...

    Os «Fins», não podem justificar os «Meios»...mas não me acredito que todo este «estado de coisas» possa mudar tão cedo.

    Creio que cada vez mais tenderemos a fechar-nos na nossa concha ( seio familiar)numa tentativa de resistirmos a esta «avalancha»...

    Será uma forma de nos protegermos...e proteger os «nossos»...numa palavra, tenderemos a ser cada vez mais egoístas...

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  4. Concordo contigo e denoto isso, para mim o ser, como o dizes, suplanta o ter; é bom e essencial, ter, como não o seja, ter essa compreenção de que falo, será um ter na forma mais benéfica de nós, um ter o lado mais acolhedor e fazer para que esse egoismo não o seja demasiado marcado.

    Aos nosso valores deveriamos assim fazer para que isso seja a nossa realidade, e pena é que nesta época que vivemos isto esteja perdido no horizonte, consguimos vê-los com uma distância relativa, mas é-nos dificil alcançá-los.

    Que nada nos impeça de fazer pelo melhor de nós e pekos outros...

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  5. Compreensão é de facto uma palavra que não existe no dicionário de muitas pessoas, talvez por não quererem compreender o ponto de vista de outros e pela cegueira que certas convicções provocam.

    Muitas vezes partimos para uma relação com um pé atrás, com uma ideia pré-concebida e isso faz com que a compreensão seja diminuta.

    As pessoas têm cada vez menos paciência para ouvir e isso faz com que não compreendam, apenas ouvem aquilo que lhes interessa e depois não compreendem nada.

    O isolamento de que falam é cada vez mais notório na nossa sociedade, cada vez vemos relações mais frias e mesmo dentro do seio da nossa casa acaba por faltar a compreensão.

    Falta de facto a paciência e a predisposição para ser compreensivo ;)

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  6. É verdade Vitor, é pena que isso não o seja demonstrável pelas pessoas e uma prática comum fazê-lo por compreendê-lo e ir mais além do que dizemos a nossa prória compreenção, também o temos de o fazer.

    Julgo que para compreender os outros também tem de passar por nós próprios.

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