quinta-feira, 11 de março de 2010

Iludidos pelas aparências


Creio que vivemos numa ilusão que nos tolda, aonde o exterior daquilo que aparentamos é o que mais importa, não para mim que tento ver mais além de tudo isto, mas muitas vezes é o que nos realça à primeira vista e o que damos mais valor.

O que aparentamos é o supérfluo de todos nós, o que menos interessa mas muito se dá valor, por muito o fazemos em troca das capacidades que demonstramos, do que por vezes esforçamos para obter ou assim para ocultar aquilo que realmente somos.

Transmitimos a imagem do que queremos ser aquilo que não o somos realmente, valorizamos demasiado esse culto da imagem, é o que importa e pouco o que num todo o somos.

Mas e porque só valorizamos isto, a nossa sociedade está obcecada pelo que quer transmitir, pelo quer dar à sua vista e gosta de viver na aparência das mesmas.

Pouco há a fazer, já está enraizado em todos nós, e dar valor a outras coisas além das aparências, muito difícil será, mas cabe a nós, seja o modificar ou ser em dar o mesmo valor ao que julgamos ser o mais necessário.

É importante sabermos cuidar de nós ou ter objectivos por aquilo que desejamos a alcançar ás nossas vidas, mas não ter para demonstrar aos outros que temos e demonstrarmos, ou fazer, para pensar que somos seres superiores, revela-me a mim uma falta de carácter e um vazio de cada pessoa.

Bem é costume dizer que as aparências também iludem e muitas vezes nos enganamos naquilo a que nos confrontamos ou fazemos ideias preconcebidas do que julgamos ser e muitas vezes nos enganamos redondamente, serão essas aparências que nos enganam a nossa visão, por vezes teremos de reconhecer o quanto estávamos, mas são características nossas que difícil o conseguiremos fazer por mudar.

Aparentemente a realidade é o que o é mais importante e o deveremos julgar por nós, deveremos dar a importância necessária e não fazer com que pessoas se sintam julgadas pelo que aparentam quando por vezes (ou muitas) o fazemos.

Muitos que o fazem pela sua superioridade não merecerão o maior crédito, e muitas das vezes damos aquilo que não o merecem.

A modéstia aqui é a palavra que deveria ser mais importante e sabê-lo ser é que é o revelador do maior valor!...

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. É um facto que julgamos (mesmo que inconscientemente) as pessoas pela sua aparência, pelo menos à primeira vista.

    Eu, pessoalmente tento com que a primeira impressão não passe disso mesmo, até porque só julgo as pessoas depois de as conhecer pessoalmente.
    E quando digo pessoalmente, refiro-me à sua personalidade e às suas atitudes como pessoa.

    A sociedade impõe o culto da imagem, a "evolução" da mesma levou-nos a este ponto, ao ponto onde damos mais valor à marca que a pessoa veste/conduz do que à palavra que a pessoa transmite.

    As aparência iludem, as pessoas andam mascaradas e tentam transmitir uma imagem irreal, o problema é que a máscara eventualmente acaba por cair e esse castelo construído na areia acaba por desmoronar-se e o conto de fadas transforma-se num pesadelo.

    Há pessoas que não são modestas mas são verdadeiras e transmitem uma imagem apropriada da sua pessoa, o problema é a falsa modéstia, pessoas que se gabam daquilo que não têm, ou se têm não fizeram nada para o merecer.

    Abraço ;)

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  3. Por este mundo cibernético podemos fazer alguns juizos de valor, mas as aparências não o será muito tido em conta (por alguns meios de de algumas redes (sociais)é apenas o preveligiado aqui, mas não será um todo), quando o que revelamos de nós por meras palavras estamos a demonstrar o que somos por dentro e quem o somos, ou assim vamos directamente ao nosso interior, e será neste caso a outra forma de mais inportância o que no mundo real, olhamos sempre para o lado de fora e com alguma dificuldade conseguiremos penetrar tão profundamente como por vezes o expômos por este meio.

    Concordo com a tua visão e é a mesma percepção que retiro, a imagem aos nossos dias é demasiado sobrevalorizada a que outros aspectos de nós não revelem a importância de igualdade que lhe é merecida.

    A tendência será de o ser mais e tão pouco acredito que isso possa ser reversivel, e dar o valor que somos num todo e não no aspecto extrerior que demonstramos.

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