sexta-feira, 2 de abril de 2010

O pavor aos nossos dias



Bem podemos pensar que vivemos com medo presente nos nossos dias, mas conclui-o que isto já não é efeito, será isto uma coisa mínima com a percepção dos problemas e tudo o que nos confrontamos e lidamos com a vida presente.

Posso parecer extremista, mas, acho que o medo se está a perder e estamos a dar lugar ao pavor, a insegurança que nos acerca na vida e o que sentimos terá a base nisto. Não nos sentimos seguros na rua ou no nosso espaço, mesmo o nosso próprio espaço que o deveria reflectir o nosso porto seguro, assim não o é; a insegurança de nós revela que não conseguimos controlar as coisas que deveria trazer-nos a calma necessária para viver, e revela-nos a força desse medo maior.

Ao vivermos assim apavorados, não conseguimos estabelecer a paz necessária a que nos é preponderante de levar a vida tranquila a que não nos afecte. Mas uma insegurança maior, esta, faz-nos perder o controlo das coisas e situações e ao não conseguirmos isto, não dá possibilidades de poder manter o mesmo controlo, e isto mais que medos e receios, apavora-nos!

Não existe receita de controlar o medo, é natural e é da vida assim, ele existe sempre, toma ele proporções incontroláveis na nossa vida que por mais que pensemos estar controlado, tal é como um vírus que nos deixa no coma e paralisados por ele e os efeitos com que nos toma, cria-nos no nosso corpo e mente formas secundárias de nos incapacitar, vivemos assim inertes perante tudo.

Paralisamos assim perante o medo.

O medo cria-nos ansiedade, é este o factor que nos antecede perante o perigo e é o toque de alarme e a nossa defesa que temos de antecipar-nos perante estes momentos, mas assim é um modo incomodativo que não nos deixa ficar relaxados, mas é de uma importância para nós, o problema será esse que quando ansiedade se pode tornar patológica e nos afecte a forma de viver e não consigamos compreender quando estamos perante estes momentos. Ansiedade pode ser provocadora de medos, entende-se assim que isto pode revelar e desbrotar dos nossos medos e receios, mais que isto cria-nos o pavor, compreende-se então que chegamos ao limite do medo e entramos noutro nível.

O dilatar das pupilas num momento de pavor revela-nos estar perante um perigo extremo, faz-nos tomar acções de defesa e tentar encontrar uma forma de ter uma saída que nos salvaguarde, mas, isto incapacita os nossos pensamentos e não conseguimos ter a clarividência de fazer frente a eles e ter auto-controlo.

Pavor, sinónimo de insegurança, angustia, receio, sofrimento próprio, pânico; é uma forma de choque que nos paralisa e não conseguimos suficientemente controlarmo-nos.

É o pavor que toma conta de nós e faz-nos ver que, o descontrolo que tomamos nos nossos dias é efeito de tudo isto.

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