sábado, 17 de abril de 2010

No fim da linha...



Esta é a nossa triste e preocupante realidade, pessoas que não conseguem encontrar um rumo na vida, ou que ela própria nos fizesse entraves a que conseguíssemos dar o seu rumo. Quem caminha numa estrada sem sentido de encontro a um precipício, a que por vezes cai-se na fatalidade de cometer a forma mais trágica de colocar o termo à sua vida.

Tudo isto acontece e nunca ou por pouco nos apercebemos dos sinais, pequenos sinais que podem ajudar uma pessoa a encontrar o seu rumo, a si própria e incentivar de que a vida é o maior bem que podemos ter adquirido, mesmo que envolto em problemas a maior ajuda e apoio que uma pessoa pode sentir num momento frágil como este, é de uma preponderância infindável, assim é que nós não devemos preconceituosamente evitar de falar, compreender e tentar encaminhar estas pessoas, que se confrontam por tudo isto.

Esta é a maior dor que se pode sentir, e toda a dedicação e apoio será fundamental para salvar uma vida, e a maior gratificação que podemos receber é sentir que o fizemos e concretizamos o nosso dever.




Porque alguém tenta o suicídio?

Normalmente o suicídio é equacionado como forma de acabar com uma dor emocional insuportável causada por variadíssimos problemas. É frequentemente considerado como um grito de pedido de ajuda. Alguém que tenta o suicídio está tão aflito que é incapaz de ver que tem outras opções: podemos ajudar prevenindo uma tragédia se tentarmos entender como essa pessoa se sente e ajudá-la na procura de outras opções e soluções. Os suicidas sentem-se com frequência terrivelmente isolados; devido à sua angústia, não conseguem pensar em alguém que os ajude a ultrapassar este isolamento.

Na maioria dos casos quem tenta o suicídio escolheria outra forma de solucionar os seus problemas se não se encontrasse numa tal angústia que o incapacita de avaliar as suas opções objectivamente. A maioria das pessoas que opta pelo suicídio dá sinais de esperança de serem salvas, porque a sua intenção é parar a sua dor e não por termo à sua vida. A este facto dá-se o nome de ambivalência.



Os suicidas são loucos?

Não, ter pensamentos suicidas não implica ser-se “louco”, nem necessariamente ser doente mental. As pessoas que tentam o suicídio estão seriamente afligidas e deprimidas. Esta depressão pode ser reactiva, situação que é perfeitamente normal em circunstâncias difíceis, ou pode ser uma depressão endógena que é o resultado de uma doença mental diagnosticável com outras causas subjacentes. Também pode ser uma combinação das duas.

A questão da doença mental é difícil porque ambos os tipos de depressão podem ter sintomas e efeitos semelhantes. Além do mais, a definição exacta de depressão como doença mental diagnosticável (ex. depressão clínica) tende a ter diferentes matizes, assim o facto da pessoa que se sente afligida o suficiente para tentar o suicídio ser diagnosticada como sofrendo de depressão clínica pode variar de pessoa para pessoa e entre culturas.

É provavelmente mais útil distinguir entre estes dois tipos de depressão e tratá-los adequadamente do que tentar diagnosticar a depressão como forma de doença mental, mesmo que os sintomas apresentados pela depressão reactiva correspondam aos critérios da depressão clínica. Por exemplo, Appleby e Condonis escreveram:

"Pensamentos e actos suicidas podem ser o resultado de tensões e perdas com as quais não se consegue lidar.

Numa sociedade onde o estigma e ignorância acerca da doença mental é significativo, a pessoa que experimenta comportamentos suicidários pode temer que os outros a considerem "louca" se revelarem os seus sentimentos, tornando-se relutantes em pedir ajuda durante a crise que atravessam. De qualquer forma, descrever alguém como "louco", com fortes conotações negativas, não é, provavelmente, útil e o mais provável é dissuadir alguém de procurar ajuda o que se pode revelar bastante benéfico, independentemente de ser diagnosticada doença mental ou não.

As pessoas que sofrem de uma doença mental tal como a esquizofrenia ou depressão clínica têm índices significativamente mais altos de suicídio, embora sejam ainda uma minoria dos que tentam tal acto. Para estas pessoas, ter a sua doença correctamente diagnosticada, com um tratamento apropriado, pode ser uma forma de impedir o acto de suicídio."



Falar sobre suicídio não encoraja o acto?

Depende dos aspectos que se aborda na conversa. Falar sobre os sentimentos que cercam o suicídio pode levar ao entendimento e reduzir grandemente a angústia imediata de uma pessoa suicida. Não é um erro perguntar-se a alguém se equaciona a ideia de suicídio como uma opção válida se suspeita que essa pessoa não está a conseguir lidar com o seu tormento. Se a pessoa o confessa, pode ser um grande alívio ver que outra pessoa tem uma ideia de como se sente.

Esta pode ser uma pergunta difícil, pelo que aqui se deixam algumas abordagens possíveis:

"Nesse teu sofrimento, estarás a considerar o suicídio?"
"Parece-me muita coisa para ser suportada; pensaste no suicídio como forma de fuga?"
"Toda a dor que sentes fez alguma vez pensar em magoares-te?"
"Alguma vez pensaste em deixar tudo?"

O modo mais apropriado de abordar o assunto difere de acordo com a situação, e com a confiança entre as pessoas envolvidas. É, também, importante ter em consideração a totalidade da resposta dada pois a pessoa angustiada tende a dizer "não", mesmo que queira dizer "sim". A pessoa que não se sente atraída pelo comportamento suicidário é, normalmente, capaz de transmitir um “não” seguro prosseguindo a conversa apresentando os motivos que a levam a querer viver. Também pode ser útil perguntar-lhe o que faria se estivesse a considerar, seriamente, cometer suicídio, para o caso de, futuramente, apresentar comportamentos suicidários ou caso os tenha e não se sinta à vontade para os revelar.

Falar exclusivamente sobre formas de como cometer suicídio pode dar ideias às pessoas que tenham comportamentos suicidários, mas que ainda não pensaram em como os concretizar. Os relatos de imprensa que se concentram unicamente nos métodos usados e ignoram o panorama emotivo que está por detrás do acto podem tender a encorajar à imitação de métodos suicidas.

Então que tipo de factores pode contribuir para alguém ter pensamentos suicidários?
Normalmente consegue-se lidar razoavelmente bem com problemas de stress e isolamento ou acontecimentos e experiências traumáticas, mas quando há uma acumulação de tais acontecimentos a capacidade de lidar com tais situações é levada ao limite.

A tensão ou trauma gerado por um dado acontecimento variará de pessoa para pessoa dependendo da sua experiência e de como lida com esse trauma em particular. Umas pessoas são mais ou menos vulneráveis a acontecimentos particulares de trauma, e outras podem considerar determinados acontecimentos como traumáticos que outros verão como uma experiência positiva. Além do mais, cada indivíduo lida com a tensão e o trauma de formas diferentes; a presença de múltiplos factores de risco não implica necessariamente que uma pessoa cometa o suicídio.

Dependendo da resposta individual da pessoa, os factores de risco que podem contribuir para o comportamento suicidário são:

Psicopatológicos
1. Depressão endógena, esquizofrenia, alcoolismo, toxicodependência e distúrbios de personalidade;
2. Modelos suicidários: familiares, pares sociais, histórias de ficção e/ou notícias veiculadas pelos média;
3. Comportamentos suicidários prévios;
4. Ameaça ou ideação suicida com plano elaborado;
5. Distúrbios alimentares (bulimia).

Pessoais
1. Ter entre 15 e 24 anos ou mais de 45;
2. Pertencer ao sexo masculino e raça branca;
3. Morte do cônjuge ou de amigos íntimos;
4. Escolaridade elevada;
5. Presença de doenças de prognóstico reservado (HIV, cancro etc.);
6. Hospitalizações frequentes, psiquiátricas ou não;
7. Família actual desagregada: por separação, divórcio ou viuvez.

Psicológicos
1. Ausência de projectos de vida;
2. Desesperança contínua e acentuada;
3. Culpabilidade elevada por actos praticados ou experiências passadas;
4. Perdas precoces de figuras significantes (pais, irmãos, cônjuge, filhos);
5. Ausência de crenças religiosas.

Sociais
1. Habitar em meio urbano;
2. Ser rural ao sul do Tejo;
3. Desemprego;
4. Mudança de residência;
5. Emigração;
6. Falta de apoio familiar e/ou social;
7. Reforma;
8. Acesso fácil a agentes letais, tais como armas de fogo ou pesticidas;
9. Estar preso.



Como saberei se alguém com quem me preocupo tem pensamentos suicidários?

É frequente as pessoas com comportamentos suicidários darem sinais de alarme, consciente ou inconscientemente, esses sinais que indicam a necessidade de ajuda e a esperança de poderem ser salvas. Estes sinais aparecem usualmente agrupados e geralmente são bastante perceptíveis. A presença de um ou mais destes sinais não é uma garantia de que a pessoa pretende cometer o suicídio: a única forma de ter a certeza é perguntando. Noutros casos, o suicida pode não querer ser salvo, e pode evitar dar sinais de alarme.

Alguns sinais de alarme que frequentemente são exibidos pelas pessoas que têm a intenção de cometer suicídio são:

• Afastar-se dos amigos e da família.
• Depressão, de uma maneira geral; não necessariamente a presença de uma doença mental diagnosticável, tal como a depressão clínica, mas indicada por sinais tais como:
• Dor psicológica intolerável (por falta das necessidades psicológicas elementares);
• Perda da auto-estima (com incapacidade para aguentar a dor psicológica);
• Constrição da mente (menos horizontes e menos tarefas);
• Isolamento (sensação de vazios e de falta de amparo);
• Desesperança (sensação de nada valer a pena);
• Egressão (fuga como única solução para acabar com a dor intolerável);

Esta lista não é definitiva: algumas pessoas podem não mostrar sinais e ainda assim terem ideias de suicídio, outros podem mostrar vários sinais mas enfrentarem bem as situações; a única forma de saber com certeza é perguntando. Em conjunção com os factores de risco acima listados, esta lista pretende ajudar na identificação daqueles que podem ter necessidade de apoio.
Se uma pessoa se encontra fortemente perturbada, imaginou um plano potencialmente letal para cometer suicídio e tem formas ou meios disponíveis de o executar imediatamente, é considerado como um forte potencial suicida, isto é, em elevado risco.



Sinto-me pouco à vontade com o assunto. Como lidar com a situação?

O suicídio era, tradicionalmente, um tema de tabu nas sociedades ocidentais, que levou ao seu encobrimento só piorando o problema. Mesmo após as suas mortes, as vítimas de suicídio não eram enterradas próximo das outras nos cemitérios, como se tivessem cometido um pecado.

Podemos dar grandes passos no contributo para a redução das taxas de suicídio começando por aceitar as pessoas tal como elas são, acabando com os tabus sociais falando sobre as ideias de suicídio, e dizendo às pessoas que é legítimo equacionarem o suicídio quando se sentem no limite. Só o facto de falarem sobre o que sentem ajuda a reduzir a sua angústia, começando a ver outras opções e reduzindo as probabilidades de tentativa de suicídio.



Se acha que é um potencial suicida

Existem pessoas a quem um suicida pode recorrer para pedir ajuda; se sabe de alguém com comportamentos suicidários, ou se se sente um potencial suicida, procure quem possa prestar ajuda não desistindo nunca antes de alguém o ouvir. Uma vez mais, a única forma de saber se alguém tem comportamentos suicidários é perguntando e analisando a sua resposta. Consulte a página de Telefones SOS aqui.

Os suicidas, como todas as restantes pessoas, necessitam de amor, compreensão e apoio. Por norma, mas erradamente não se pergunta de forma directa "Sentes-te tão mal que já pensaste no suicídio?". Afastarem-se dos outros aumenta o isolamento que sentem e a probabilidade de tentativa de suicídio. Perguntar se pensam em comportamentos suicidários tem, como efeito, permitir o direito a sentirem tais ideias, reduzindo o seu isolamento; se têm comportamentos suicidários, verificam que outras as pessoas entendem a forma como se sentem, que compreendem os seus sentimentos e a sua dor psicológica.

Se alguém que conhece lhe diz que tem intenção de cometer suicídio, acima de tudo, escute-o. Depois escute mais. Diga-lhe "eu não quero que morras". Esteja disponível para ouvir os seus sentimentos, e tente estabelecer um "pacto de não-suicídio": peça-lhe que prometa que não vai cometer suicídio, e que quando sentir que tem vontade de se magoar que não faça nada sem antes falar consigo ou com alguém que o possa apoiar. Leve-os a sério, e fale deles a alguém com habilitações para os ajudar, tal como um médico, no Centro de Saúde da comunidade, a um Psicólogo, a uma assistente social, etc. Se apresentarem fortes indícios suicidas e falarem consigo poderá necessitar de os levar a um departamento de emergência hospitalar. Clique aqui para obter a listagem dos departamentos de psiquiatria e consultas especializadas em Portugal.

Não tente "salvá-los" nem transpor para si as suas responsabilidades, nem tente ser herói tentando resolver a situação por conta própria. Pode prestar uma ajuda mais preciosa referindo estes casos a quem está habilitado a proporcionar-lhes a ajuda de que necessitam, podendo continuar a prestar-lhes o seu apoio e lembrando-lhes que o que lhes acontecer é inteiramente da responsabilidade deles. Procure, também, algum apoio para si ao tentar obter apoio para eles; não tente salvar o mundo sozinho.

Se não sabe para onde se virar, há sempre uma linha telefónica anónima ou o Número Nacional de Socorro 112 que funciona 24 horas por dia com pessoal habilitado na prevenção do suicídio que poderá ajudá-lo. Consulte a página de Telefones SOS aqui.



Conversar, conversar, conversar. Como pode uma conversa ajudar?

Embora não sendo solução, perguntar a alguém e fazê-lo falar sobre o que sente atenua significativamente os seus sentimentos de isolamento e angústia, reduzindo, assim, o risco imediato de tentativa de suicídio. Quem se interessa pode ter relutância em falar sobre o suicídio por ser um assunto tabu.

É importante procurar ajuda para a resolução dos problemas, o quanto mais rápido melhor; sejam eles emotivos ou psicológicos. Quem já tentou o suicídio corre o risco de o voltar a tentar, pelo que é importante o tratamento de sequelas antigas, com a ajuda de profissionais médicos ou apoio.

Alguns assuntos poderão nunca ser completamente resolvidos com o apoio, mas um psicoterapeuta poderá ajudar a lidar pela positiva com os problemas presentes e ensinar a desenvolver métodos e estratégias para lidar com problemas futuros.



Como funcionam os serviços de apoio telefónico?

Os serviços de atendimento telefónico variam entre si, mas na sua generalidade garantem o anonimato e oferecem a possibilidade de falar sobre o problema do suicídio com voluntários escutantes, sem a pressão de uma conversa face-a-face.

Falar sobre o problema com alguém desconhecido que se interessa pode ser um grande auxílio em situações de crise ou se preocupa com alguém que se encontra nesta situação. Os voluntários escutantes estão habilitados e podem dar indicações acerca dos locais especializados onde poderá dirigir-se para obter a ajuda ou tratamento específico. Não tem que esperar até que a crise se agudize ou até que haja uma tentativa real de suicídio para procurar este tipo de serviços.

A procura deste tipo de apoios telefónicos varia, por isso é importante que se não conseguir falar com um tente outro e outro até conseguir o que pretende. Normalmente conseguirá à primeira obter ajuda, mas não desista pois é uma vida que está em jogo.

Muitos suicidas não imaginam que a ajuda pode estar tão perto, ou não lhes ocorre ligar para o apoio porque a sua angústia é de tal forma elevada que lhes tolda a visão desta opção.



E eu, corro este risco?

É bem possível que algumas pessoas que lêem isto poderão, um dia, tentar o suicídio, eis, então, um exercício rápido de prevenção de suicídio: elabore uma lista de 5 pessoas com quem poderá conversar quando se encontrar em situação de desespero colocando a pessoa preferida no topo da lista. Elabore um “pacto de não-suicídio! Consigo próprio prometendo que se alguma vez estiver em risco de cometer suicídio procurará cada uma das pessoas mencionadas na sua lista e falar-lhes-á do que está a sentir; e que se alguém não o ouvir continuará a falar com os restantes até que haja alguém que o ouça. Muitas pessoas que tentam o suicídio encontram-se em situação de desespero tal que não conseguem, no meio da crise, encontrar alguém a quem procurar ajuda, pensar antecipadamente num leque de pessoas próximas que podem ouvir e proporcionar essa ajuda é uma vantagem em futuras situações de angústia.



Como o suicídio afecta amigos e familiares?

O suicídio é sempre uma experiência extremamente traumática para os amigos e familiares, mesmo que quem tente o suicídio pense que ninguém se preocupa com elas.

Além dos sentimentos de mágoa normalmente associados com a morte da pessoa, podem existir sentimentos de culpa, cólera, ressentimento, remorso, dúvidas e grande angústia acerca de situações não esclarecidas. O estigma que cerca o suicídio pode fazer com que seja extremamente difícil para os que sobrevivem lidar com a sua mágoa podendo-lhes causar, também, situações de isolamento extremo.

É frequente acharem que são tratados de forma diferente após o suicídio e um familiar ou amigo tornando-se-lhes difícil falar sobre o problema devido ao estigma da condenação. Normalmente sentem que fracassaram por alguém que tanto amavam ter optado pelo suicídio, e a construção de novos relacionamentos é extremamente difícil devido à dor que sentem.

Os familiares ou amigos de vitimas de suicídio podem procurar ajuda nos "grupos de sobrevivência", onde encontrarão pessoas com os mesmos problemas e experiências semelhantes à sua, onde não correm o risco de serem julgados e ou condenados. Os “grupos de sobrevivência”, o apoio poderá ser um enorme auxílio no aliviar de um imenso fardo que o suicídio sempre acarreta.

O grupo de sobrevivência "A nossa âncora", presta apoio a pais e irmãos em luto e seus familiares através de auxílio psicológico, sociológico, médico, psiquiátrico, religioso, jurídico e promover iniciativas que possam concorrer para a plena realização dos seus objectivos. Ver "Ajuda / Telefones



O suicídio é ilegal?

Isso não impede as pessoas de o cometerem? O facto de ser ilegal ou não, não possui qualquer importância para quem está tão desesperado que equaciona a própria morte. Não é possível legislar sobre a dor pelo que tornar o suicídio ilegal não impede que quem esteja desesperado tenha sentimentos suicidas ou atente contra a sua própria vida. O facto de ser um acto ilegal só poderia deixar mais isolado quem o equaciona, já que a maioria das tentativas de suicídio são mal sucedidas, deixando assim quem o tenta numa posição ainda pior sendo agora considerados também criminosos. Em alguns países o suicídio é considerado um acto ilegal e noutros não o é.
Em Portugal, o "incitamento ou ajuda ao suicídio" e "propaganda do suicídio" é considerado crime. Até 1961, o suicídio era considerado crime em Inglaterra.



As pessoas têm o direito de se matar?

Sim, e deverá sempre ser uma escolha da sua responsabilidade. No entanto, ajudar alguém a lidar melhor com os problemas, ver as opções com maior clareza, ajudá-las a fazerem a melhor escolha evitando algo que lamentariam, reforça os direitos de alguém, não lhos retirando.

Lembre-se de uma regra importante: realçar, sempre, o facto de o suicídio constituir uma solução permanente para um problema temporário, lembrando a pessoa de que existe ajuda e que os seus problemas e a sua dor irá melhorar.



O suicídio é pecado?

Para o Direito Canónico e para o Novo Catecismo é pecado. "Somos administradores e não proprietários da vida que Deus nos confiou; não podemos dispor dela".

Concílio de Arles (452) – suicídio como o maior dos pecados.
Concílio de Orleães (533) – proibição de funeral religioso para os suicidas.
Concílio de Braga (561) – ausência de ritos funerários se o suicida na posse de si mesmo.

Concílio de Toledo (693) – excomunhão de suicida frustrado.
Sínodo de Nimes (1284) – reforço das restrições nos funerais de suicidas.
Papa Bento XV (1918) – ritos funerários se suicidas loucos ou arrependidos à hora da morte.

http://www.spsuicidologia.pt/

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