quinta-feira, 8 de abril de 2010

Somos aquilo que pensamos


Todos conhecemos esta expressão e a sua questão filosófica (De onde viemos? Para onde vamos?), ainda talvez procuremos as resposta e vai também a ela dissertar sobre as várias teorias, sabemos assim de onde viemos pelo nosso passado e o que cumprimos, onde vamos de encontro aos nossos objectivos a que nos propomos, então nesta linha reflecte tudo que faz parte do seguimento da vida.

No meio disto existe uma coisa em falta, quem somos nós e esse caminho é feito por nós, pelo que para ser uma verdade é necessário uma vida para realizar isso e assim dizer a sua significância, que tem nossa vida num universo global.

O que somos? É o que define o nosso caminho. Somos nós. Bem sabemos o que somos pela nossa personalidade até seremos capazes de responder a esta questão, reflectir e perspectivar as nossas coisas e o que somos nós é que assim conseguimos responder a estas questões; todos na nossa maneira diferente, pelas nossas visões, praticamos aquilo que nós somos, o nosso caminho e o mundo, é este o nosso percurso de vida. E para construir isso é necessária a nossa vida; única!

Mas também cabe a uma disciplina filosófica responder e encontrar respostas ao que nos questionamos e aquilo que nós somos, feitos na nossa matéria, na nossa individualidade, por compostos únicos, mas encontrados nas demais coisas, assim que deveremos estudar o que tudo isto significa; construir aquilo que…

De onde viemos, quem somos, para onde vamos?...

Então o que somos é aqui o centro da questão, o papel principal para dar vida a este caminho que percorremos, a sua figura central ao que nós somos reflecte a cada passo que compõe a caminhada que vamos dando a um andamento sempre mais objectivo de encontro ao que desejamos, mas isto pode ir de encontro ao que queremos ser, então que isto que é um caminho muito pessoal que nos vai enriquecendo a nossa pessoa e construindo o que somos assim na nossa plenitude.

Assim somos tudo, realisticamente falando, o que desejamos, conforme os nossos desejos podemos construir o nosso perfil de pessoa, o que queremos e como desejamos ser, por muitas características variáveis, o aspecto que lhe damos é a unicidade de nós próprios, assim somos nós.

Mas há momentos, nunca o pensaste?, há momentos em que tudo se nos abisma até à fadiga. O desânimo sem fundo. A vertigem para lá de qualquer significação. Nós somos o artifício de nós. Mas é aí que construímos a legitimação de se existir. Somos duplos do que somos e por baixo da camada que nos torna plausíveis há uma outra realidade que revela o plausível em ficção. O que somos não é. O que somos é o que resta depois de tudo se dissipar. O falso de nós é que é verdadeiro. Ou ao contrário, não sei.

Vergílio Ferreira, in Pensar

Somos aquilo que desejamos ser, do que fomos ao que iremos, o nosso presente faz-se daquilo que somos.















































2 comentários:

  1. O que somos é aquilo que a maior parte de nós evita pensar, pois não é fácil descobrir um enorme ponto de interrogação ou realidades dentro de nós sobre as quais ainda não nos tínhamos quedado a pensar.
    As pessoas são racionais, mas muitas vezes agem de modo diferente sem pensarem em si e nos outros. As pessoas esquecem-se de parar para pensar o que realmente são com medo de, depois de despidas do folclore materialista que as envolve, se sentirem nuas em frente ao espelho e não gostarem daquilo que vêem.

    A questão é complexa mas por muitos, evitada.
    A auto-reflexão e a meditação são extremamente importantes na compreensão de nós enquanto seres e na relação que estabelecemos com o ambiente que nos envolve. Só é pena nós, no mundo civilizado, não termos estes hábitos salutares observados nos povos orientais.
    É preciso parar e olhar para trás e em redor antes de voltar a dar novos passos para termos a certeza de estarmos a caminhar na direcção certa. Mas numa sociedade em que as pessoas cada vez estão menos habituadas a pensar pela própria cabeça, começa a encontrar-se cada vez mais gente perdida no meio da multidão sem saber quem são na realidade.

    Eu sou aquilo que penso porque perco muito tempo a pensar naquilo que sou. Tudo o resto é casca e senso comum que se perderá na efemeridade da minha existência.

    Já agora, belos vídeos que colocaste aqui;)

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  2. Concordo contigo, e só me falta chamar louco por pensar!... :) eheh

    Deve-se olhar para grandes mentes e pensar assim que não tinham nada na vida para fazer, mas se não fizessem isso e não meditassem sobre tudo o que por eles foi levantado, teriamos nós evoluidos, teriam nos feito questio-nar a nós, aos nossos pensamentos e ao mundo tudo o que merece ser? Por certo não. O que seriamos de nós se não pensassemos.

    Nós para desempenhar algum acto teremos de passar por isso, mas, pelo que fizemos assim também o temos de fazer para tirar as nossas conclusões e assim vêmos a importância de pensar e que seja em simples actos ou tarefas estamos a trabalhar o nosso pensamento, ou quando necessitamos de ir mais profundamente questionar o que é necessário é importante, mas como bem dizes evitamos isso, ou talvez seja o nosso medo.

    Se calhar com isto até estamos loucos, para mim assim que o seja, o mal maior seria se não o fizessemos, e que o fiquemos, pensando nos que se diz que... de loucos tenhamos um pouco! :)

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